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terça-feira, 8 de novembro de 2011

O Supercomputador Nacional - Grifo04 da Petrobrás

O Centro de Processamento de Dados (CPD) da Petrobrás mudou o paradigma em matéria de computação, nas palavras de membros da equipe de tecnologia de informação da unidade. Há cerca de seis meses, a companhia colocou em operação o Grifo04, um supercomputador com capacidade de processamento de 1 petaflop – ou 1 quatrilhão de operações matemáticas por segundo.O equipamento deve constar no próximo ranking do 500 supercomputadores mais potentes do mundo, atualizado semestralmente pela organização americana Top 500.

Luiz Rodolpho Rocha Monnerat, analista de sistemas sênior da Petrobrás, que encabeçou o projeto, afirma que a nova tecnologia permitirá à Petrobrás aumentar em dez vezes a capacidade de processamento de imagens de áreas com potencial de produção de gás e óleo. Para obter um desempenho semelhante com um cluster que usa processadores comuns, a estatal teria de desembolsar R$ 180 milhões. “E teríamos que construir um novo CPD para receber um conjunto de equipamentos desse.”

O Grifo04 foi projetado pela equipe de tecnologia da informação (TI) da Petrobrás, em parceria com o grupo de exploração e produção (E&P) e custou para a estatal R$ 15 milhões. “O que motivou a busca por outra tecnologia foi perceber que o espaço estava acabando e o consumo de energia já estava alto”, afirma Carlos Henrique de Albrecht, analista de sistemas sênior da Petrobrás. Ele diz que o Grifo04 consome 90% menos energia que um supercomputador vendido no mercado atualmente.

O supercomputador da Petrobrás consiste, na verdade, em um conjunto de computadores de grande porte que operam em conjunto (cluster). Ele é composto por 544 servidores, com 500 mil núcleos de processamento de memória, somando uma capacidade de memória de 16 Terabytes (16 milhões de megabytes). A estatal desenvolveu ainda softwares de algoritmo para que o Grifo04 seja capaz de processar mais de 6 trilhões de amostras sísmicas por segundo.

Para comprar os equipamentos, a Petrobrás abriu uma concorrência em 2010, que a Itautec venceu. “O processo foi demorado porque a tecnologia é nova e não havia oferta no Brasil”, afirma Monnerat.

A tecnologia solicitada pela Petrobrás e que mudou o paradigma da computação é a de processadores gráficos (GPUs), especializados em manipular imagens, vídeos e gráficos. Eles são capazes de realizar vários cálculos matemáticos de forma simultânea. Além disso, as informações são processadas sem passar pelo processador central (CPU). Com isso, os equipamentos são mais velozes que computadores que só usam a CPU.

Atualmente, os processadores gráficos estão presentes em três dos cinco supercomputadores mais potentes do mundo, de acordo com o ranking da organização Top 500. O líder da lista divulgada em junho é o Fujitsu K, localizado no Riken Advanced Institute for Computational Science, no Japão. O supercomputador tem capacidade de processamento de 8,16 petaflops (8,2 quatrilhões de cálculos por segundo).

Montar o supercomputador brasileiro foi difícil não só por conta da pouca oferta de componentes no país. A estatal também enfrentou problemas para instalar o conjunto de softwares, afirma Bernardo Fortunato Costa, analista de sistemas júnior da Petrobrás.

Esse foi um dos fatores que levaram a companhia a desenvolver os programas internamente. “Os softwares comerciais ainda não estão adaptados para operar em GPUs”, observa Costa. “Mas é provável que nos próximos editais todos os pedidos sejam de softwares adaptados para funcionar com GPUs.” Esse não é o primeiro projeto de cluster desenvolvido pela Petrobrás. Em 1997, a estatal começou a desenvolver conjuntos de equipamentos usando sistema operacional Linux, com processadores x86, substituindo o sistema Risc Unix, que naquele período era adotado como padrão no mercado empresarial. “Tivemos um ganho de dez vezes em desempenho, mas não houve redução do consumo de energia”, compara Monnerat.  

O analista observa que o parque de computação de alto desempenho tem saltos tecnológicos a cada dez anos. A mudança atual é a substituição de CPUs pelas GPUs. “Nossa meta é acompanhar esses saltos tecnológicos”, diz. A Petrobrás começou a testar GPUs em 2006. O primeiro cluster foi feito em 2008, com 180 placas gráficas.

No Brasil, é o mais veloz

O Grifo04, desenvolvido pela Petrobrás, é o primeiro supercomputador no país a alcançar a capacidade de processamento de 1 petaflop (1 quatrilhão de operações por segundo). Com essa marca, ele torna-se o supercomputador com maior potência e velocidade em funcionamento no Brasil, deixando para trás o Tupã, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que estreou em janeiro e é capaz de realizar 258 trilhões de cálculos por segundo.

É considerado oficialmente um supercomputador um grupo de máquinas que operam em conjunto e que tem capacidade de processamento acima de 25 teraflops (ou 25 trilhões de cálculos por segundo). O ranking elaborado pela organização americana TOP500 inclui atualmente em sua lista apenas dois supercomputadores brasileiros.

Um deles é o Tupã, do Inpe, e outro pertence ao Núcleo de Computação de Alto Desempenho (Nacad) da Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ), com capacidade 64,63 teraflops.

Fonte: Petrobrás Fatos e dadosPlano Brasil

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Supercomputador: China ultrapassa EUA

China ultrapassa EUA em desempenho de supercomputador

Foto: Ebdig.com, acessado 15nov2010
O Tianhe-1A tem 262 terabytes de memória e
está alocado em 140 gabinetes, além
da capacidade de rodar 2.507 petaflops
Era um rumor, mas agora é oficial. O sistema chinês Tianhe-1A, no Centro Nacional de Supercomputadores, em Tianjin, alcançou um nível de desempenho de 2,57 petaflops / s (quatrilhões de cálculos por segundo). "Isso coloca-o na primeira colocação do TOP500, o supercomputador mais poderoso da lista", disse a organização neste domingo.

Com o resultado, o antigo vencedor da lista, o Cray XT5 "Jaguar", do sistema do Departamento de Energia dos EUA (DOE), de Oak Ridge Leadership Computing Facility em Tennessee, agora é classificado em segundo lugar, com uma pontuação de 1,75 petaflop / s .

As outras três posições no TOP500 são:
  • Nebulae, um sistema chinês de Shenzhen avaliado em 1,27 petaflop / s; 
  • Tsubame 2.0, um sistema no Instituto de Tecnologia de Tóquio, que atingiu 1,19 petaflop / s;
  • Hopper, um sistema Cray XE6 no Centro Nacional de Pesquisa de Energia Computação Científica (NERSC), na Califórnia, que atinge 1,05 petaflop / s.

Fontes:


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terça-feira, 9 de novembro de 2010

Ubuntu deverá trocar o servidor gráfico X pelo Wayland

Na semana passada Mark Shuttlewort anunciou uma grande mudança no servidor gráfico das futuras versões do Ubuntu: a troca do X pelo Wayland.

O Wayland é um projeto de servidor gráfico ainda pouco conhecido e não totalmente perfeito no estado em que se encontra, mas parece atender os objetivos do Ubuntu: oferecer melhor experiência em desempenho com alta qualidade visual. Para Mark é difícil fazer algumas coisas no X, como efeitos gráficos e animações bastante suavizadas - não é impossível, mas é difícil. Já no Wayland isso tudo fica mais fácil por causa da integração nativa com OpenGL. De certa forma ele é um servidor mais moderno, embora ainda incompleto, precisando de ajuda no desenvolvimento.

O trabalho será imenso, fica difícil falar em prazos. Talvez em alguns meses ou mesmo anos isso começará a aparecer no Ubuntu. Apesar de estarem confiantes e terem praticamente certeza da mudança, pode ser que ela seja abandonada se as dificuldades forem muito grandes.

A compatibilidade com as aplicações atuais não deverá ser afetada, visto que poucas delas dependem de recursos exclusivos do X - é possível manter um modo de compatibilidade. O pessoal do Ubuntu irá trabalhar também para garantir o funcionamento do KDE e Gnome no sistema.

É uma situação complicada à primeira vista, já que irão substituir uma peça fundamental que serviu (bem?) por tantos anos. É... Botões das janelas do outro lado, nova interface Unity para desktops em vez do Gnome Shell, agora a adoção de um novo servidor gráfico (que por sinal não é usado em nenhuma grande distribuição ainda)... O Ubuntu tenta se diferenciar bastante das outras distros. Por mais que muita gente critique, não concorde ou exija mudanças, ele é um exemplo claro de que não basta nos acostumarmos com o que existe e vivermos como se essas coisas fossem as únicas. Sempre há novas possibilidades, especialmente no mundo open source. E isso não é necessariamente ruim, já que temos a liberdade de programar qualquer coisa e distribui-la. Julgar antes do tempo não é uma atitude tão bonita, então vale a pena esperar para ver.

Algumas das dificuldades já imaginadas começaram a aparecer: aparentemente a Nvidia não tem planos de suportar o Wayland. Talvez isso não faça muita diferença, já que segundo o texto dele a mudança seria boa para quem tem bons drivers open source - entra aí o Nouveau, que embora não tenha todo o desempenho do driver proprietário, é uma das opções abertas que mais chama a atenção.