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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Projeto Aquarius - A tentativa de criar a plataforma de dados abertos

Do Estadão
via, blog Luis Nassif
Mercadante, ministro da Ciência e Tecnologia, se reúne com hackers em São Paulo para definir padrões para o projeto Aquarius
SÃO PAULO – “Isso aqui está parecendo mais o Penha-Lapa”, disse o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Aloízio Mercadante, ao buscar um lugar para se sentar. A sala estava tomada por programadores, hackers, ativistas e jornalistas na Casa de Cultura Digital, espaço que abriga várias empresas de tecnologia em São Paulo.
O ministro esteve lá na tarde desta segunda-feira, 5, para apresentar aos hackers o Projeto Aquarius, uma plataforma de dados abertos do ministério. A ideia do projeto é criar um espaço para abrigar desde dados administrativos – como gastos das instituições – até detalhes sobre a concessão de bolsas.
O plano do MCTI é criar uma pataforma em software livre que possa ser readapatada e utilizada em outras instâncias do governo, e até mesmo por governos de outros países.
Há poucas definições sobre como exatamente será o projeto. Foi por isso que o ministro, cumprindo a promessa de”ouvir os hackers”, organizou um encontro com os ativistas que trabalham criando software e aplicativos sobre os dados do governo. “Nós queremos contornar a visão preconceituosa que tenta criminalizar quem tem essa visão libertária”, disse ele sobre os hackers. “O Brasil precisa reconhecer que parte do conhecimento não está nas empresas, e nem sempre nas universidades. Está numa comunidade que se relaciona na rede”. E completou afirmando que “o movimento hacker foi o que deu a alma para a internet”.
Passada meia hora de reunião, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) apareceu para assistir a apresentação. Ele se acomodou em uma almofada no chão até que lhe fosse cedida uma cadeira.
O projeto Aquarius terá integração com outros sistemas, como o IBGE e o Finep, e possibilitará uma “melhor fiscalização das despesas”. Os hackers colaborarão não só com a utilização dos dados para criação de apps, mas também com a própria plataforma.
“Haverá abertura total para a colaboração de vocês”, afirmou Paulo Henrique Santana, responsável por criar a plataforma Lattes em 1998 e hoje responsável pelo projeto. O Ministério ainda não sabe qual será o padrão de abertura, mas “haverá abertura total para a colaboração de vocês”.
A plataforma, porém, não é 100% livre – há alguns pontos em que foi preciso utilizar softwares proprietários, o que provocou preocupação entre os presentes. Pedro Markun, criador da comunidade Transparência Hacker, sugeriu que o governo disponibilizasse o código-fonte para que a comunidade encontre o que é proprietário e trabalhe com alternativas. O sociólogo e ativista Sérgio Amadeu sugeriu a abertura de editais para a conversão desses softwares.
Os programadores também sugeriram que o governo adotasse a linguagem de programação Python, mais aberta, em lugar da Java. O Ministério, porém, disse que isso não é mais possível. “Sempre que se começa com software proprietário, é difícil conseguir migrar depois”, disse o programador Diego Rabatone, criticando a restrição.
Mercadante garantiu que o governo se esforçará para adotar o software livre na plataforma. Segundo ele, os primeiros dados serão disponibilizados no final deste ano. E a conversa, prometeu, deve continuar na lista que reúne os hackers.
“Vamos ter que modernizaer as instituições, a administração pública se sente insergura com isso, há um risco no processo político, mas esse é um caminho sem volta”, disse o ministro.

Fonte: Blog Luis Nassif

terça-feira, 8 de novembro de 2011

O Supercomputador Nacional - Grifo04 da Petrobrás

O Centro de Processamento de Dados (CPD) da Petrobrás mudou o paradigma em matéria de computação, nas palavras de membros da equipe de tecnologia de informação da unidade. Há cerca de seis meses, a companhia colocou em operação o Grifo04, um supercomputador com capacidade de processamento de 1 petaflop – ou 1 quatrilhão de operações matemáticas por segundo.O equipamento deve constar no próximo ranking do 500 supercomputadores mais potentes do mundo, atualizado semestralmente pela organização americana Top 500.

Luiz Rodolpho Rocha Monnerat, analista de sistemas sênior da Petrobrás, que encabeçou o projeto, afirma que a nova tecnologia permitirá à Petrobrás aumentar em dez vezes a capacidade de processamento de imagens de áreas com potencial de produção de gás e óleo. Para obter um desempenho semelhante com um cluster que usa processadores comuns, a estatal teria de desembolsar R$ 180 milhões. “E teríamos que construir um novo CPD para receber um conjunto de equipamentos desse.”

O Grifo04 foi projetado pela equipe de tecnologia da informação (TI) da Petrobrás, em parceria com o grupo de exploração e produção (E&P) e custou para a estatal R$ 15 milhões. “O que motivou a busca por outra tecnologia foi perceber que o espaço estava acabando e o consumo de energia já estava alto”, afirma Carlos Henrique de Albrecht, analista de sistemas sênior da Petrobrás. Ele diz que o Grifo04 consome 90% menos energia que um supercomputador vendido no mercado atualmente.

O supercomputador da Petrobrás consiste, na verdade, em um conjunto de computadores de grande porte que operam em conjunto (cluster). Ele é composto por 544 servidores, com 500 mil núcleos de processamento de memória, somando uma capacidade de memória de 16 Terabytes (16 milhões de megabytes). A estatal desenvolveu ainda softwares de algoritmo para que o Grifo04 seja capaz de processar mais de 6 trilhões de amostras sísmicas por segundo.

Para comprar os equipamentos, a Petrobrás abriu uma concorrência em 2010, que a Itautec venceu. “O processo foi demorado porque a tecnologia é nova e não havia oferta no Brasil”, afirma Monnerat.

A tecnologia solicitada pela Petrobrás e que mudou o paradigma da computação é a de processadores gráficos (GPUs), especializados em manipular imagens, vídeos e gráficos. Eles são capazes de realizar vários cálculos matemáticos de forma simultânea. Além disso, as informações são processadas sem passar pelo processador central (CPU). Com isso, os equipamentos são mais velozes que computadores que só usam a CPU.

Atualmente, os processadores gráficos estão presentes em três dos cinco supercomputadores mais potentes do mundo, de acordo com o ranking da organização Top 500. O líder da lista divulgada em junho é o Fujitsu K, localizado no Riken Advanced Institute for Computational Science, no Japão. O supercomputador tem capacidade de processamento de 8,16 petaflops (8,2 quatrilhões de cálculos por segundo).

Montar o supercomputador brasileiro foi difícil não só por conta da pouca oferta de componentes no país. A estatal também enfrentou problemas para instalar o conjunto de softwares, afirma Bernardo Fortunato Costa, analista de sistemas júnior da Petrobrás.

Esse foi um dos fatores que levaram a companhia a desenvolver os programas internamente. “Os softwares comerciais ainda não estão adaptados para operar em GPUs”, observa Costa. “Mas é provável que nos próximos editais todos os pedidos sejam de softwares adaptados para funcionar com GPUs.” Esse não é o primeiro projeto de cluster desenvolvido pela Petrobrás. Em 1997, a estatal começou a desenvolver conjuntos de equipamentos usando sistema operacional Linux, com processadores x86, substituindo o sistema Risc Unix, que naquele período era adotado como padrão no mercado empresarial. “Tivemos um ganho de dez vezes em desempenho, mas não houve redução do consumo de energia”, compara Monnerat.  

O analista observa que o parque de computação de alto desempenho tem saltos tecnológicos a cada dez anos. A mudança atual é a substituição de CPUs pelas GPUs. “Nossa meta é acompanhar esses saltos tecnológicos”, diz. A Petrobrás começou a testar GPUs em 2006. O primeiro cluster foi feito em 2008, com 180 placas gráficas.

No Brasil, é o mais veloz

O Grifo04, desenvolvido pela Petrobrás, é o primeiro supercomputador no país a alcançar a capacidade de processamento de 1 petaflop (1 quatrilhão de operações por segundo). Com essa marca, ele torna-se o supercomputador com maior potência e velocidade em funcionamento no Brasil, deixando para trás o Tupã, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que estreou em janeiro e é capaz de realizar 258 trilhões de cálculos por segundo.

É considerado oficialmente um supercomputador um grupo de máquinas que operam em conjunto e que tem capacidade de processamento acima de 25 teraflops (ou 25 trilhões de cálculos por segundo). O ranking elaborado pela organização americana TOP500 inclui atualmente em sua lista apenas dois supercomputadores brasileiros.

Um deles é o Tupã, do Inpe, e outro pertence ao Núcleo de Computação de Alto Desempenho (Nacad) da Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ), com capacidade 64,63 teraflops.

Fonte: Petrobrás Fatos e dadosPlano Brasil

sábado, 20 de agosto de 2011

A HP e suas escolhas erradas na "era Pós-PC"

Por Ilustre BOB
via blog Luis Nassif

Embora a HP seja a maior vendedora de PCs do mundo, ela praticamente não tem lucrado nesse mercado. Ou seja, ela se degladia com dezenas de outras empresas por margens de lucro pequeníssimas. O problema reside justamente no modelo de licenciamento do sistema operacional; no caso, o Windows.

A Apple, por sua vez, escapa dessa batalha por migalhas já que ela tem controle total da combinação hardware+software. Sendo assim, ela se dá o luxo de ter apenas 7% do market share de PCs, mas ser a empresa que mais lucra no ramo. "Claro, os Macs são caros!", diriam alguns. No entanto, a afirmação não explica o caso. Veja o exemplo da Sony e seus caríssimos Sony Vaio, que no fim das contas dão pouquíssimo (ou nenhum) lucro para a gigante japonesa. O caso aqui é de otimização e controle do todo.

A HP acordou para a situação quando decidiu comprar o webOS e usá-lo como sistema operacional padrão da empresa. O plano inicial era começar usando-o em tablets e celulares e, em seguida, passar a usá-los em PCs numa espécie de transição onde o Windows (e seu dispendioso licenciamento) seria deixado de lado.


No entanto, para o susto da HP, o TouchPad (primeiro e último tablet da empresa) simplesmente não saiu das prateleiras. Apesar da elegância e excelente funcionalidade do webOS, a HP fez um hardware de segunda categoria. O TouchPad foi lançado com uma tela menor, um processador pior e com muito menos apoio dos desenvolvedores de apps que o iPad. E pior: mais caro!

A aposta no mercado de tablets saiu mais arriscada do que o planejado. O público simplesmente não entendeu por que deveriam pagar mais caro num produto pior que o objeto de desejo lançado pela Apple. A HP, então cortou o preço do seu tablet. Duas vez. Sem resultado. Então, lojas de departamento começaram a devolver os milhares de TouchPads não vendidos para a HP. Foi a gota d'água.

Já estamos na era pós-PC e o iPad está dominando o mercado não só porque tem uma excelente integração entre hardware e software, mas também (e principalmente) porque ele oferece um ecossistema completo para o usuário: hardware de ponta, sistema operacional maduro, iTunes, App Store, iBookstore, etc. Alguns o chamam de presídio de luxo. Há um toque de verdade aí. No entanto, esse modelo (de integração total via um ecossistema robusto) tem agradado a grande maioria das pessoas. Mais do que um presídio de luxo: um belíssimo condomínio fechado.


Fonte: Blog Luis Nassif


quinta-feira, 21 de julho de 2011

Alternativas aos Agrotóxicos

do blog Luis Nassif

Prezado,

Eu conheço plantações em larga escala até de monoculturas como cana de açúcar em regime estritamente orgânico, usando somente controle biológico de pragas, combinado com adubação equilibrada e plantio direto em palha, sem necessidade de usar nem mesmo herbicida e com uma produtividade mais alta que a convencional. Eu sou agrônomo e lhe digo que usando a inteligência e tendo vontade de fazer, tudo é possível. Só não é possível quando se sucumbe ao determinismo fácil de que só há uma maneira de resolver as coisas.

Existem muitas tecnologias que poderiam desde já minimizar o uso de agrotóxicos, apenas para exemplificar algumas bem conhecidas:

  1. Rotação de culturas para controle de pragas e melhorar estrutura do solo;
  2. Plantio consorciado usando plantas companheiras;
  3. Usar a alelopatia para controlar ervas daninhas;
  4. Manejo ecológico do solo, mantendo a estrutura e grumosidade, com cobertura morta (palhada) para proteger da insolação e erosão e com reposição de matéria orgânica constante, necessária em clima tropical. O solo é uma estrutura viva. Quando você mata o solo ele perde a estrutura e a planta fica desequilibrada e se desenvolve mal;
  5. Adubação equilibrada do solo sem excessos de nitrogênio e com micronutrientes essenciais à defesa da planta contra as pragas. Imagine que você coma somente arroz, ou somente carne, seu sistema imunológico ficará vulnerável a doenças porque você precisa de outras vitaminas, minerais, aminoácidos que um só alimento não te dará. O mesmo acontece com as plantas se você der a elas somente a adubação comercial de NPK. A planta precisa de outros macro e micro nutrientes para se desenvolver de forma saudável;
  6. Controle biológico de pragas e doenças;
  7. Manter faixas de mata nativa interligada por corredores para não isolar espécies animais. A vegetação nativa é uma reserva de inimigos naturais das pragas;
  8. Utilização de plantas antagônicas que exudam substâncias tóxicas nas raízes para controle de pragas como fitonematóides. Um exemplo é a Crotalária que também é um excelente adubo verde. Outro é a mucuna-preta, que é uma planta armadilha para nematóides, um subsolador natural para o solo e um excelente adubo orgânico.

Com uma boa educação e extensão rural, com vontade real do governo em mudar este quadro investindo em pesquisa em alternativas ecológicas, em variedades resistentes não a determinado herbicida como as multinacionais fazem nos transgênicos, mas resistentes a determinadas pragas; incentivando a adoção de técnicas de agricultura ecológica, combinando essas várias tecnologias com inteligência e um forte apoio técnico aos agricultores (universidades e extensão rural) é possível reverter quase completamente este quadro, em muitas culturas eliminando completamente o uso de agrotóxicos.

Acredite: já há culturas em escala industrial aqui no Brasil que não usam mais agrotóxicos. Já passou a época em que a agricultura orgânica era restrita a pequenas propriedades. Não deixe a indústria do agrotóxico, que é tão poderosa quanto a do cigarro, fazer você acreditar que a única maneira possível de produzir em larga escala é usar agrotóxicos.


Fonte: Blog Luis Nassif

sábado, 12 de fevereiro de 2011

A Educação no mundo contemporâneo

A educadora Viviane Mosé trata dos desafios da educação no mundo contemporâneo. A escola dividida em disciplinas e grades curriculares, está cada vez mais e distante da vida dos professores e alunos diante de um mundo cada vez mais global



Fonte: Café Filosófico

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O Piraí Digital - Como se mudou a História de uma cidade via novas tecnologias

Planejamento e internet mudam história de cidade

Por Lilian Milena
via blog do Luis Nassif

Piraí, município localizado ao sul do estado do Rio de Janeiro, com pouco mais de 25 mil habitantes, vem chamando atenção pelo bom desempenho educacional e social atingidos nos últimos anos, tudo graças a um programa de desenvolvimento voltado para atração de empresas e universalização da internet, iniciado no final da década de 1990.
Em 1997, o desemprego em massa obrigou a cidade a desenvolver às pressas um plano de desenvolvimento local. O atual secretário de Planejamento, Ciência e Tecnologia, do município, Fábio Marcelo Silva, conta que as demissões foram causadas pelo processo de privatização da Companhia de Energia Elétrica do Rio de Janeiro, Light, que empregava, então, cerca de 1,5 mil das 22 mil pessoas que moravam na cidade.

No mesmo ano, o programa de desenvolvimento começou a ser estruturado. A proposta se baseou na construção de condomínios industriais atraindo empreendimentos com incentivos fiscais. “O objetivo era trazer empresas e suprir o déficit gerado de desemprego, e melhorar a renda da população, já que as demissões tiveram o efeito cascata no comércio local muito grande, uma vez que essas pessoas [desempregadas] tinham um salário razoável e consumiam em Piraí”, explica Silva.

Desde então, cerca de 20 empresas se instalaram no município. Em 2001, graças ao sucesso do plano de desenvolvimento, Piraí recebeu o Prêmio de Gestão Pública de Cidadania, concedido pela Fundação Ford, Fundação Getúlio Vargas (FGV) e BNDES.

Até chegar à internet grátis

A partir desse reconhecimento, os governantes de Piraí tiveram uma nova ideia para manter o interessa das empresas que já tinha atraído para a região: tornar o acesso à internet barato na região. “Não tínhamos acesso à internet, principalmente em banda larga. E isso é uma demanda de qualquer indústria. O Piraí Digital começou a ser pensando nesse seguimento”, lembra o secretário.

Foto: educacaopolitica.com.br,14jan2011
A rede de Internet gratuita de Piraí
O município realizou parcerias com a iniciativa privada que contribuiu para a construção do primeiro projeto. Silva conta que mais de 20 empresas ajudaram no plano. “A implantação do nosso primeiro desenho custou R$ 200 mil. É um sistema hibrido onde usamos tecnologia wirellss [de ondas de radio para propagação de sinal da internet] e também a cabo”.

Em 2004, foi inaugurada a primeira fase do projeto, com internet grátis disponível em escolas, prédios públicos, postos de saúde e telecentros, para acesso da população em geral. Silva explica que o objetivo do governo era, num segundo momento, levar o sinal da prefeitura para as residências e empresas há um custo 50% inferior do que os provedores privados cobravam na época, o que não foi feito, porque a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) não concedia licenças para que prefeituras operassem esse tipo de serviço.

Em março de 2007 o Conselho Diretor da Anatel autorizou prefeituras municipais a operarem diretamente serviços de telecomunicação. Para tanto, elas teriam que solicitar, a partir de então, uma licença de Serviço Limitado Privado (SLP), sob condição de não cobrarem pelo serviço prestado. Foi assim que Piraí liberou os serviços à toda população.

Segundo Silva, hoje o município gasta cerca de 75 mil reais ao mês com manutenção do programa e ampliação do sistema hibrido (banda larga e wireless). “Esse custo já faz parte do orçamento municipal”, completa.

Impactos

A cidade de Piraí investe 34% do seu orçamento na educação. Na época em que aguardava licença da Anatel para propagar o sinal de internet a toda população, o município se voltou para as escolas, disponibilizando o acesso a toda sua rede de ensino.

Em 2007, foi uma das quatro cidades escolhidas para o projeto piloto do Ministério da Educação “Um computador por Aluno”(UCA), quando foram cedidos 700 computadores ao colégio Professora Rosa da Conceição Guedes, que duplicou, em apenas dois anos, sua avaliação no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), de 2,2 pontos para 4,8 pontos.

Foto: Jornal o fato, acessada em 14jan2011
Visita do Presidente Lula e o Governador do Rio Sérgio Cabral às escolas que receberam os computadores UCA via MEC.

O sucesso do projeto levou o município a fechar um acordo com o estado do Rio de Janeiro para levar computadores a todos os alunos de toda a rede municipal de ensino.
“O estado investiu R$ 4 milhões para a compra dos laptops, e o município entrou com a contrapartida de R$ 1,2 milhão para estruturar a rede wireless nas escolas e também adquirir notebooks para os professores”, diz Silva.

E em 2009, Piraí se tornou a primeira cidade do mundo onde todos os estudantes trabalham com um micro em sala de aula. Ao todo são 5,5 mil equipamentos entregues, nas 21 escolas municipais, pelo governo do Estado e a pela empresa Intel, a um custo de R$ 700 cada.

Foto: Imprensa.rj.gov.br, acessado em 14jan2011
Ampliação do Projeto Piraí Digital
(clique na figura para ver a foto em tamanho maior)

Em 2004, Piraí foi mais uma vez reconhecida com o Prêmio de Gestão Pública, o mesmo conquistado em 2001, e concedido pelas entidades Fundação Ford, FGV e BNDES. No mesmo ano, receberam o Prêmio Latino Americano de Cidades Digitais, em Bogotá, capital da Colômbia, na categoria cidade de pequeno porte, além de serem formalmente elogiados pela UNESCO pela relevância do projeto Piraí Digital.
Um estudo realizado pela Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro) e que resulta no Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) destaca Piraí no 116º lugar entre os 5.564 municípios brasileiros. O trabalho foi divulgado em 2010, com base em dados do ano de 2007. De acordo com o levantamento, Piraí está entre os 4% dos mais de 5.500 municípios brasileiros que possuem IFDM acima de 0,8 – índice que leva em consideração alto desenvolvimento.
Em 2005, foi a vez de levar o prêmio TOP Seven, Intelligence Community, em Nova York, por serem considerados uma das sete cidades mais inteligentes do mundo. Também, no mesmo ano, receberam o Prêmio CONIP – Congresso Nacional de Informática Pública.

Ouça a entrevista do Secretário de Planejamento de Piraí, Fábio Marcelo Silva, ao Brasilianas.org na íntegra.


Para baixar a íntegra da entrevista concedida pelo secretário de Planejamento, Ciência e Tecnologia, do município, Fábio Marcelo Silva, ao Brasilianas.org, clique aqui. (formato mp3).

Fonte: Blog Luis Nassif

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