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quarta-feira, 6 de junho de 2012

Neoliberalismo: a negação da autonomia ao indivíduo


[...] o neoliberalismo reduz o homem a um simples objeto da técnica, em vez de autônomo transforma o ser humano em autômato. Sendo autômato, não tem determinação própria, é determinado por outro e assim, [...]

"[...] o indivíduo cessa de ser ele mesmo; adota inteiramente o tipo de personalidade que lhe é oferecido pelos padrões culturais e, por conseguinte, torna-se exatamente como todos os demais são e como estes esperam que ele seja" (FROMM, 1977, p. 150). Transformando-se em autômato, vive na ilusão de que possui vontade própria, de que possui estilo, opiniões e sentimentos próprios.






3.7 - NEOLIBERALISMO E A ÉTICA DE MERCADO
      As concepções de Paulo Freire me levam a pensar que hoje o neoliberalismo é algo que nega a autonomia, na medida em que promove uma crescente desigualdade social e, dessa forma, deixa a maioria das pessoas e nações em condições econômicas de pobreza. Situações de pobreza e miséria limitam a autonomia na medida em que restringem o poder de realizar. Ainda, a ideologia neoliberal amacia a verdadeira realidade, promove modos de pensar massificados, o que nega a liberdade de cada qual pensar por si mesmo, negando assim, a autonomia. Paulo Freire (2000a, p. 142) dá alguns exemplos desse amaciamento ideológico: o desemprego que é considerado pelos neoliberais uma desgraça da época, o pragmatismo pedagógico que treina em vez de formar afirmando que os sonhos morreram e o importante é preparar para o mercado de trabalho, etc. A globalização neoliberal é posta como uma evolução natural da economia, como se não houvesse outra opção, os países têm que se adaptar, independente das condições históricas com as quais o capitalismo se desenvolveu neles. Isso nega a autonomia das nações.
      "O discurso da globalização que fala da ética esconde, porém, que a sua ética é a ética do mercado e não a ética universal do ser humano, pela qual devemos lutar bravamente se optamos, na verdade, por um mundo de gente" (idem, p. 144). Paulo Freire identifica uma "ditadura do mercado" (ibid) que impõe uma ética do lucro, bem diversa da ética universal defendida por ele. "A liberdade de comércio não pode estar acima da liberdade do ser humano" (ibid, p. 146). Para que tenhamos um homem autônomo, a liberdade e a dignidade humana não podem ser desrespeitadas ou esquecidas em favor dos interesses de grupos econômicos.
      Os neoliberais possuem um discurso pragmático que sugere a simples adaptação, em vez da intervenção.
      [...] negando à prática educativa qualquer intenção desveladora, reduzem-na à pura transferência de conteúdos 'suficientes' para a vida feliz das gentes. Consideram feliz a vida que se vive na adaptação ao mundo sem raivas, sem protestos, sem sonhos de transformação. (FREIRE, 1995, p. 27).
      A visão de História contida nesse pensamento imobiliza, leva ao determinismo. Freire (2003a, p. 33-34) destaca duas dessas visões deterministas, a primeira considera o futuro como pura repetição do presente, pensamento típico dos dominadores. Na segunda, o futuro é um pré-dado, uma espécie de sina, não é problemático, é inexorável, típico do povo que perdeu a esperança, a capacidade de sonhar. Esses pensares negam a História como possibilidade e negam o caráter criativo, criador, libertador da educação e a autonomia que os sujeitos devem conquistar por meio dela.
      Para Freire (1995, p. 32), a perspectiva neoliberal procura reforçar a "pseudo-neutralidade da prática educativa, reduzindo-a a transferência de conteúdos", reduzindo a formação ao treino de técnicas e procedimentos. Considera toda prática educativa que vai além disso, que procura superar a dicotomia leitura do mundo/leitura da palavra, leitura do texto/leitura do contexto, como mera ideologia (cf. idem, p. 32-33). Ainda, a educação de caráter neoliberal procura promover o individualismo com um discurso que incentiva os alunos a subir na vida por si mesmos, a terem sucesso material e profissional, e assim ensina as pessoas a desistirem de seus direitos à autonomia e pensamento crítico (cf. FREIRE e SHOR, 1987, p. 150). É o discurso da educação para a ética do mercado: bom é o mais forte. Essas concepções educacionais neoliberais mantêm e agravam uma situação social que nega a dignidade e limita a autonomia de grande parte da população mundial.
      Pelo tecnicismo, o neoliberalismo reduz o homem a um simples objeto da técnica, em vez de autônomo transforma o ser humano em autômato. Sendo autômato, não tem determinação própria, é determinado por outro e assim, é heterônomo. "[...] o indivíduo cessa de ser ele mesmo; adota inteiramente o tipo de personalidade que lhe é oferecido pelos padrões culturais e, por conseguinte, torna-se exatamente como todos os demais são e como estes esperam que ele seja" (FROMM, 1977, p. 150). Transformando-se em autômato, vive na ilusão de que possui vontade própria, de que possui estilo, opiniões e sentimentos próprios. O medo da liberdade e as dúvidas são substituídos pela ilusão de uma individualidade que possui sua segurança em uma autoridade externa. O autômato vive da ilusão da autonomia, mas na verdade é heterônomo.
      Os tecnicistas, "Deformados pela acriticidade, não são capazes de ver o homem na sua totalidade, no seu quefazer-ação-reflexão, que sempre se dá no mundo e sobre ele" (FREIRE, 1981, p. 23). É a racionalidade fria e calculista da civilização ocidental sobrepondo interesses egoístas e individualistas sobre os valores humanos e o bem estar comum. A civilização ocidental "Degenerada num projeto de mundo identificado com o des-amor da ganância fratricida, da posse, do lucro e da especulação financeira, conduziu a humanidade à beira da destruição total" (ANDREOLA, 2000, p. 24). Penso que as configurações atuais do mundo ocidental são um alerta; o projeto neoliberal está negando às pessoas do mundo, a possibilidade de viver com mais dignidade e autonomia. Em vez disso, está levando o mundo à beira da autodestruição. 
Fragmento do livro:


via Blog Luis Nassif sob post "O humano reduzido a objeto da técnica"






terça-feira, 8 de novembro de 2011

O Supercomputador Nacional - Grifo04 da Petrobrás

O Centro de Processamento de Dados (CPD) da Petrobrás mudou o paradigma em matéria de computação, nas palavras de membros da equipe de tecnologia de informação da unidade. Há cerca de seis meses, a companhia colocou em operação o Grifo04, um supercomputador com capacidade de processamento de 1 petaflop – ou 1 quatrilhão de operações matemáticas por segundo.O equipamento deve constar no próximo ranking do 500 supercomputadores mais potentes do mundo, atualizado semestralmente pela organização americana Top 500.

Luiz Rodolpho Rocha Monnerat, analista de sistemas sênior da Petrobrás, que encabeçou o projeto, afirma que a nova tecnologia permitirá à Petrobrás aumentar em dez vezes a capacidade de processamento de imagens de áreas com potencial de produção de gás e óleo. Para obter um desempenho semelhante com um cluster que usa processadores comuns, a estatal teria de desembolsar R$ 180 milhões. “E teríamos que construir um novo CPD para receber um conjunto de equipamentos desse.”

O Grifo04 foi projetado pela equipe de tecnologia da informação (TI) da Petrobrás, em parceria com o grupo de exploração e produção (E&P) e custou para a estatal R$ 15 milhões. “O que motivou a busca por outra tecnologia foi perceber que o espaço estava acabando e o consumo de energia já estava alto”, afirma Carlos Henrique de Albrecht, analista de sistemas sênior da Petrobrás. Ele diz que o Grifo04 consome 90% menos energia que um supercomputador vendido no mercado atualmente.

O supercomputador da Petrobrás consiste, na verdade, em um conjunto de computadores de grande porte que operam em conjunto (cluster). Ele é composto por 544 servidores, com 500 mil núcleos de processamento de memória, somando uma capacidade de memória de 16 Terabytes (16 milhões de megabytes). A estatal desenvolveu ainda softwares de algoritmo para que o Grifo04 seja capaz de processar mais de 6 trilhões de amostras sísmicas por segundo.

Para comprar os equipamentos, a Petrobrás abriu uma concorrência em 2010, que a Itautec venceu. “O processo foi demorado porque a tecnologia é nova e não havia oferta no Brasil”, afirma Monnerat.

A tecnologia solicitada pela Petrobrás e que mudou o paradigma da computação é a de processadores gráficos (GPUs), especializados em manipular imagens, vídeos e gráficos. Eles são capazes de realizar vários cálculos matemáticos de forma simultânea. Além disso, as informações são processadas sem passar pelo processador central (CPU). Com isso, os equipamentos são mais velozes que computadores que só usam a CPU.

Atualmente, os processadores gráficos estão presentes em três dos cinco supercomputadores mais potentes do mundo, de acordo com o ranking da organização Top 500. O líder da lista divulgada em junho é o Fujitsu K, localizado no Riken Advanced Institute for Computational Science, no Japão. O supercomputador tem capacidade de processamento de 8,16 petaflops (8,2 quatrilhões de cálculos por segundo).

Montar o supercomputador brasileiro foi difícil não só por conta da pouca oferta de componentes no país. A estatal também enfrentou problemas para instalar o conjunto de softwares, afirma Bernardo Fortunato Costa, analista de sistemas júnior da Petrobrás.

Esse foi um dos fatores que levaram a companhia a desenvolver os programas internamente. “Os softwares comerciais ainda não estão adaptados para operar em GPUs”, observa Costa. “Mas é provável que nos próximos editais todos os pedidos sejam de softwares adaptados para funcionar com GPUs.” Esse não é o primeiro projeto de cluster desenvolvido pela Petrobrás. Em 1997, a estatal começou a desenvolver conjuntos de equipamentos usando sistema operacional Linux, com processadores x86, substituindo o sistema Risc Unix, que naquele período era adotado como padrão no mercado empresarial. “Tivemos um ganho de dez vezes em desempenho, mas não houve redução do consumo de energia”, compara Monnerat.  

O analista observa que o parque de computação de alto desempenho tem saltos tecnológicos a cada dez anos. A mudança atual é a substituição de CPUs pelas GPUs. “Nossa meta é acompanhar esses saltos tecnológicos”, diz. A Petrobrás começou a testar GPUs em 2006. O primeiro cluster foi feito em 2008, com 180 placas gráficas.

No Brasil, é o mais veloz

O Grifo04, desenvolvido pela Petrobrás, é o primeiro supercomputador no país a alcançar a capacidade de processamento de 1 petaflop (1 quatrilhão de operações por segundo). Com essa marca, ele torna-se o supercomputador com maior potência e velocidade em funcionamento no Brasil, deixando para trás o Tupã, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que estreou em janeiro e é capaz de realizar 258 trilhões de cálculos por segundo.

É considerado oficialmente um supercomputador um grupo de máquinas que operam em conjunto e que tem capacidade de processamento acima de 25 teraflops (ou 25 trilhões de cálculos por segundo). O ranking elaborado pela organização americana TOP500 inclui atualmente em sua lista apenas dois supercomputadores brasileiros.

Um deles é o Tupã, do Inpe, e outro pertence ao Núcleo de Computação de Alto Desempenho (Nacad) da Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ), com capacidade 64,63 teraflops.

Fonte: Petrobrás Fatos e dadosPlano Brasil

sexta-feira, 1 de abril de 2011

EUA e China na ótica da Rússia

29/3/2011,
por MK Bhadrakumar,

via blog viomundo

Tradução do Coletivo da Vila Vudu

“Tempos de Dificuldades” [ing. Times of Troubles] é imagem arquetípica na consciência dos russos. A expressão evoca memórias coletivas da dolorosa história russa, quando, por longos períodos de tempo, às vezes por décadas a fio, o “centro” não conseguiu manter a própria coesão interna e tudo se tornou volátil e o país, de certo modo, fundiu-se. Também faz a Rússia lembrar a também dolorosa história das invasões estrangeiras. Por tudo isso, quando figura de destaque da comunidade estratégica russa fala de “Tempos de Dificuldades” que haveria à vista, no futuro dos russos, a expressão pesa toneladas e dá peso equivalente a todo o discurso; muito mais, se aparece em discurso do general Makhmud Gareyev, presidente da Academia de Ciências Militares da Rússia.

Em relatório que apresentou à academia militar no sábado passado em Moscou, em sessão da qual participou o mais alto escalão militar russo (dentre outros, Nikolai Makarov, chefe do comando do estado-maior da Rússia), Garyev alertou que a Rússia enfrenta hoje ameaças e desafios, no futuro próximo, que são as mais graves de sua história desde os “Tempos de Dificuldades” de 1612. [Os tempos de anarquia que a Rússia viveu entre 1598 e 1613, quando o país foi conquistado por poloneses e lituanos e um terço da população morreu de inanição e fome.]

As palavras de Garyev foram:
“No que tenha a ver com segurança, a Rússia jamais viveu época de tais e tantas ameaças como as se veem crescer nesse início do século 21, desde talvez 1612.”
E prosseguiu:
“Nosso país enfrentará terríveis pressões geopolíticas nos próximos anos, basicamente vindas de EUA e China. E temos de fazer o que for possível para não enveredar por qualquer tipo de rota de colisão com EUA e China.”

Recomendou que Moscou otimize todas suas competências e habilidades diplomáticas para evitar os perigos que se avizinham.

Gareyev destacou “o caráter global” que a guerra contemporânea está assumindo, agora que exércitos dos EUA já ocupam por terra territórios no Iraque e no Afeganistão e, por enquanto apenas por ar, também a Líbia.

Gareyev também chamou a atenção – detalhe importante – para o fato de que a China jamais parou de fortalecer-se militarmente, embora em idas e vindas, mas sempre com claros objetivos estratégicos. Em janeiro, por exemplo, a China fez coincidir um teste de voo (bem sucedido) de seu avião bombardeiro J-20 (com tecnologia “stealth” [invisível para os radares]) com a visita ao país do Secretário de Defesa dos EUA Robert Gates.

Na opinião de Garyev, os futuros conflitos absolutamente não serão conflitos só regionais ou locais.
“As forças militares dos EUA já estão presentes e ativas em todas as direções estratégicas – norte, sul, oriente e ocidente –, por todo o planeta ”.

Para comprovar que essa ameaça é real e crescente, Gareyev recomendou que a Rússia avalie os riscos realisticamente e com a máxima objetividade.

Criticou diretamente os think-tanks ultraliberais russos que “continuam a enganar a opinião pública”, fazendo crer que não haveria nuvens à vista.
A Rússia enfrenta ameaças graves, reais, no campo da defesa. Se essas ameaças não forem neutralizadas politicamente, não serão neutralizadas de modo algum (…)  e o inimigo, como em 1941, descarregará sobre nossas costas o peso maior.”

A Rússia está iniciando programa massivo de modernização militar que custará cerca de 650 bilhões de dólares. Mas é evento raríssimo que os estrategistas militares russos falem abertamente sobre ameaças que pressintam ou conheçam vindas da China.

Ainda que se deva conceder que é provável que Garyev estivesse argumentando, sobretudo, a favor de aumento drástico nos gastos militares, sua fala atraiu atenção em todo o mundo, como fala autorizada do mais alto comando estratégico russo.

Além disso, a publicidade dada ao discurso de Garyev na mídia russa indica que visa a ecoar também na opinião pública russa a qual, até agora foi seduzida exclusivamente para aprovar as políticas manifestas de “reset” com os EUA e de “parceria estratégica” com a China.

Fonte: Blog Viomundo - Luiz Carlos Azenha

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

PIG - Mais uma do grupo Globo

Para quem "ainda" não sabe o portal G1 pertence ao grupo Globo.

Agora veja como ela trata um blecaute em dois momentos e tire suas conclusões... vai! você consegue...


1 - O blecaute no Nordeste

Clique na imagem para ampliar



2 - O blecaute em São Paulo

Clique na imagem para ampliar

Está aí a Globo velha de guerra, sempre armando das suas...


Leia mais sobre armações e manipulações:


Fonte: Blog Luis Nassif

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

WikiLeaks - EUA é contra programa Brasileiro de Foguetes

“EUA tentaram impedir programa brasileiro de foguetes, revela WikiLeaks"

José Meirelles Passos
o globo via conversa afiada

RIO – Ainda que o Senado brasileiro venha a ratificar o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas EUA-Brasil (TSA, na sigla em inglês), o governo dos Estados Unidos não quer que o Brasil tenha um programa próprio de produção de foguetes espaciais. Por isso, além de não apoiar o desenvolvimento desses veículos, as autoridades americanas pressionam parceiros do país nessa área – como a Ucrânia – a não transferir tecnologia do setor aos cientistas brasileiros.

A restrição dos EUA está registrada claramente em telegrama que o Departamento de Estado enviou à embaixada americana em Brasília, em janeiro de 2009 – revelado agora pelo WikiLeaks ao GLOBO. O documento contém uma resposta a um apelo feito pela embaixada da Ucrânia, no Brasil, para que os EUA reconsiderassem a sua negativa de apoiar a parceria Ucrânia-Brasil, para atividades na Base de Alcântara no Maranhão, e permitissem que firmas americanas de satélite pudessem usar aquela plataforma de lançamentos.


Base de alcântara - Maranhão

Além de ressaltar que o custo seria 30% mais barato, devido à localização geográfica de Alcântara, os ucranianos apresentaram uma justificativa política: “O seu principal argumento era o de que se os EUA não derem tal passo, os russos preencheriam o vácuo e se tornariam os parceiros principais do Brasil em cooperação espacial” – ressalta o telegrama que a embaixada enviara a Washington.

A resposta americana foi clara. A missão em Brasília deveria comunicar ao embaixador ucraniano, Volodymyr Lakomov, que “embora os EUA estejam preparados para apoiar o projeto conjunto ucraniano-brasileiro, uma vez que o TSA (acordo de salvaguardas Brasil-EUA) entre em vigor, não apoiamos o programa nativo dos veículos de lançamento espacial do Brasil”. Mais adiante, um alerta: “Queremos lembrar às autoridades ucranianas que os EUA não se opõem ao estabelecimento de uma plataforma de lançamentos em Alcântara, contanto que tal atividade não resulte na transferência de tecnologias de foguetes ao Brasil”.

O Senado brasileiro se nega a ratificar o TSA, assinado entre EUA e Brasil em abril de 2000 [na era FHC], porque as salvaguardas incluem concessão de áreas, em Alcântara, que ficariam sob controle direto e exclusivo dos EUA. Além disso, permitiriam inspeções americanas à base de lançamentos sem prévio aviso ao Brasil. Os ucranianos se ofereceram, em 2008, para convencer os senadores brasileiros a aprovarem o acordo, mas os EUA dispensaram tal ajuda.

Os EUA não permitem o lançamento de satélites americanos desde Alcântara, ou fabricados por outros países mas que contenham componentes americanos, “devido à nossa política, de longa data, de não encorajar o programa de foguetes espaciais do Brasil”, diz outro documento confidencial.

Viagem de astronauta brasileiro é ironizada


Sob o título “Pegando Carona no Espaço”, um outro telegrama descreve com menosprezo o voo do primeiro astronauta brasileiro, Marcos Cesar Pontes, à Estação Espacial Internacional levado por uma nave russa ao preço de US$ 10,5 milhões – enquanto um cientista americano, Gregory Olsen, pagara à Rússia US$ 20 milhões por uma viagem idêntica.

A embaixada definiu o voo de Pontes como um gesto da Rússia, no sentido de obter em troca a possibilidade de lançar satélites desde Alcântara. E, também, como uma jogada política visando a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Num ano eleitoral, em que o presidente Lula sob e desce nas pesquisas, não é difícil imaginar a quem esse golpe publicitário deve beneficiar.

Essa pode ser a palavra final numa missão que, no final das contas, pode ser, meramente ‘um pequeno passo’ para o Brasil” – diz o comentário da embaixada dos EUA, numa alusão jocosa à célebre frase de Neil Armstrong, o primeiro astronauta a pisar na Lua, dizendo que seu feito se tratava de um pequeno passo para um homem, mas um salto gigantesco para a Humanidade.

sábado, 15 de janeiro de 2011

PIG - Enchentes - Hipocrisia da Globo

Dinheiro das enchentes foi para Fundação Roberto Marinho

Figura: ConversaAfiada, acessada em 15jan2011


A hipocrisia das Organizações Globo na hora da tragédia

Extraído do blog do Nassif
e do Blog do Garotinho, via
ConversaAfiada - PHA

Numa hora dessas o mais importante é a solidariedade. Não é hora de fazer política. Mas também é uma indignidade usar de hipocrisia, como fazem os veículos das Organizações Globo.

Clique na imagem para ampliar
A capa de O Globo mostra a demagogia numa hora dessas. Cobra das autoridades federais verbas para a prevenção de tragédias, para a contenção de encostas. Essa cobrança mereceria os meus aplausos se fosse pra valer.

[Esta cobrança deveria ser feita aos entes Federativos e os seus respectivos órgãos competentes conforme figura ao lado]

Mas não dá pra esconder, que em outubro do ano passado, o governador Sérgio Cabral desviou R$ 24 milhões do FECAM (Fundo Estadual de Conservação do Meio Ambiente), para a contenção de encostas e obras de drenagem e deu para a Fundação Roberto Marinho, conforme poderão relembrar, na reprodução abaixo. Eu fiz [Garotinho] a denúncia no blog, no dia 20 de outubro de 2010 e não saiu uma linha na imprensa.

Clique na figura para ampliar

Então não venham de hipocrisia. Os mesmos veículos das Organizações Globo que estão cobrando investimentos públicos – o que é emergencial, é claro – escondem que a fundação dos seus patrões, a família Marinho pegou R$ 24 milhões, dados por Cabral, que era para terem sido usados na prevenção de enchentes e contenção de encostas. É tudo lastimável.


Fonte: Blog Conversa Afiada de PHA


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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

O iminente esgotamento do petróleo

El Inminente Agotamiento del Petróleo


* Manuel Casal Lodeiro

Se denomina peak-oil (cénit, techo o pico del petróleo, en castellano) al momento en que la producción mundial de petróleo alcanza su máximo y comienza su declive irreversible: cada año se producirá menos petróleo. O deberíamos decir en rigor seextraerá, ya que el petróleo no se produce en el sentido en que podemos producir patatas o zapatos, ya que es una sustancia que se formó en la corteza del planeta hace millones de años y que los humanos no podemos producir. No existe un consenso sobre cuándo llegaremos a ese punto: las opiniones son diversas entre los estudiosos y no se podrá comprobar hasta varios años después de producirse eltecho. Según las fuentes que considero más fiables —por prestigio e independencia con respecto a gobiernos y multinacionales petroleras— o bien lo acabamos de pasar o bien estamos a punto de hacerlo en los próximos años.

La fecha exacta en realidad no tiene demasiada relevancia: la cuestión realmente crítica es que es un hecho irreversible que tenemos encima en términos históricos y que sus consecuencias en todas las esferas de las actividades humanas a nivel planetario serán desastrosas. Lógicamente el impacto será mayor en aquellos sectores más dependientes de esta sustancia tan especial, este verdadero tesoro geológico que tardó millones de años en formarse y que estamos dilapidando en apenas 150 años, revirtiendo de paso de manera suicida el proceso de secuestro de carbono que realizaron las algas prehistóricas y que permitió el desarrollo de las especies que hoy conocemos, incluida la nuestra.

Es fundamental tener en cuenta que no sólo menguará el número de barriles de petróleo que se pongan cada año a disposición de la economía mundial, sino que ese petróleo será cada vez de peor calidad, más costoso y difícil de extraer y refinar, y —lo que en definitiva cuenta— con un valor energético cada vez más bajo. Me refiero a lo que se conoce como Tasa de Retorno Energético (TRE), aspecto crítico de la cuestión: para extraer petróleo hace falta energía, y la relación entre la energía que obtenemos de cada barril y la que necesitamos gastar para obtenerlo, está cayendo en picado. Se calcula que para mantener una sociedad de tipo industrializado como la nuestra, cuya complejidad es altamente dependiente de este combustible fósil, se necesita obtener al menos un rendimiento de 5 barriles de petróleo por cada barril equivalente consumido en la extracción (Cutler Cleveland, Universidad de Boston). Hoy en día las tasas rondan los 10:1 (10 barriles obtenidos por cada 1) y puesto que dependemos cada vez más de los petróleos no convencionales como los obtenidos de las arenas bituminosas de Canadá o los de aguas profundas, esa tasa seguirá cayendo. Es algo muy alarmante y que nos hace ver hasta qué punto está desesperada esta civilización industrial adicta al petróleo por rascarle a la Tierra los últimos restos del combustible que la mantiene en marcha.

Y esto sin mencionar los ruinosos rendimientos energéticos de los agrocombustibles, que algunos presentan como sustitutos del petróleo, y que según diversos estudios no llegan ni al 1:1 (véanse por ejemplo los incluidos en el libro publicado por Icaria El final de la era del petróleo barato), y que muestran lo delirante que es gastar un barril de petróleo para cultivar soja —por ejemplo— con la que fabricar biodiesel para sustituir… ¡ese mismo barril que hemos gastado! Cuando cueste más energía extraer un barril que la que ese barril nos va a proporcionar, lógicamente el petróleo dejará de extraerse, pero bastante antes de llegar a ese punto, la sociedad industrial habrá dejado de existir y habremos vuelto a un tipo de sociedad mucho más simple y con menor consumo energético, posiblemente de tipo agrario y muy local.

Un modelo alimentario con los días contados 

Cuando a cualquier urbanita se le plantea que pronto escaseará el petróleo, lo primero que piensa es que no podrá llenar el depósito de su coche o que le saldrá demasiado caro; es decir, pensará que el principal impacto será sobre su movilidad. Aun siendo esta una consecuencia cierta y muy importante —dada la dependencia casi absoluta del trasporte mundial con respecto a los combustibles derivados del petróleo—, donde tendrá una repercusión más grave el Cénit del petróleo será sobre el modelo agroalimentario, por dos factores principales: el modelo de producción y el modelo de distribución/comercialización.

El modelo de producción agroganadera actualmente predominante es sumamente dependiente del petróleo. Si nos paramos a analizar qué necesita una explotación industrializada convencional para producir alimentos veremos que su lista de insumos incluye una larga serie de productos vitales directa o indirectamente dependientes de los combustibles fósiles: gasóleo para la maquinaria y los sistemas de bombeo e irrigación; pesticidas, herbicidas y plásticos elaborados por la industria petroquímica; fertilizantes derivados del gas natural (otro combustible fósil cuyo agotamiento seguirá al del petróleo); y otros diversos productos que deben llegar a la granja trasportados por camiones desde cientos o incluso miles de kilómetros, incluyendo la mayor parte de los alimentos para los animales (piensos industriales). De hecho los cálculos realizados sobre esta dependencia nos indican que para producir cada caloría de alimento hoy en día se consumen de media 10 calorías de energía fósil (Giampietro y Pimentel, datos referidos a los EE.UU.).

En algunos lugares los altos precios que alcanzaron los combustibles en el verano de 2008 llevaron a aparcar los tractores y a retomar la tracción animal. También surgen ganaderos pioneros en el abandono de los piensos importados industriales y en la vuelta a los pastos locales en extensivo, un camino que sin duda a medio/largo plazo todos los demás deberán recorrer si pretenden subsistir.

En este sentido la sobredimensión, la mecanización, el monocultivo y la dependencia de la exportación, son factores críticos de vulnerabilidad que afectan a muchas explotaciones agrícolas y ganaderas convencionales, y que deberán ser corregidos, mejor ahora de manera anticipada y previsora que más adelante cuando los elevados precios de los insumos fósiles no dejen otra opción.

Esos factores fueron impuestos por políticas agrarias que nos vendían una perpetua disponibilidad creciente de energía y por mercados falseados que no tenían en cuenta los costes reales de los diferentes tipos de producción. Si no abandonamos ese barco en el que nos hicieron subir nos hundiremos con él y —lo que es más grave—arrastraremos a la población mundial con nosotros al hacerse imposible seguir produciendo alimentos por el sistema habitual.

Pero la situación a la que nos enfrentamos es aún más difícil puesto que el problema no radica sólo en el modo de producción y sus costes. A la hora de distribuir y comercializar los alimentos producidos por esas explotaciones convencionales, dependemos absolutamente de que toda la cadena de la distribución moderna centralizada funcione correctamente y sea capaz de trasportar los productos a grandes distancias, los procese mediante sistemas mecánicos de elevado consumo energético, los mantenga refrigerados, los empaquete con diversos tipos de plásticos y los deposite just in time en las estanterías de los supermercados de las ciudades. Imaginemos por un momento que esa gran distribución falla; no es un ejercicio mental demasiado difícil pues las huelgas del trasporte nos suelen poner por unos días en una situación similar: en menos de una semana las estanterías de los supermercados urbanos quedan vacías y comienza el caos. Debemos ver este tipo de situaciones como anticipos a pequeña escala de lo que podemos vivir en pocos años a escala mundial y permanente y extraer de ahí ciertas conclusiones. La más clara de ellas debería ser que cuanto mayor es la distancia de la que procede nuestra comida, más vulnerables somos a una interrupción o encarecimiento del trasporte y que sólo la producción local puede asegurarnos el suministro de alimentos y otros productos de primera necesidad.

El cambio de modelo es imprescindible 

Si volviésemos a circuitos mucho más cortos de producción, trasformación y consumo, seríamos más resilientes, es decir más capaces de resistir este tipo de problemas. Algunos países ya están apostando por esta vuelta a la comida local, como Escocia, cuyo parlamento aprobó en 2008 una resolución en apoyo de las cadenas de suministro local para asegurar la alimentación de su población a la vista de la inminencia del Cénit del petróleo y de las crisis alimentarias. En los Estados Unidos en los últimos 10 años los mercados agrícolas locales han resurgido, aumentando su número en más de un 200% y superando ya los 6.000. El mismo fenómeno se está impulsando en mayor o menor medida en otros lugares, en ocasiones de la mano de movimientos de activistas por la soberanía alimentaria, la relocalización económica, la agroecología, la slow food o las Transition Towns.

La clave del cambio de modelo está en buscar la máxima autosuficiencia de las explotaciones. Cuando los costes de una explotación se disparan porque suben los combustibles, considero una estrategia miope reclamar subsidios a los combustibles, que no serán sino pan para hoy y hambre para mañana. Debemos reconocer que es un indicador de un problema estructural: esos costes nos dicen que dependemos totalmente de una sustancia y de un modelo que no son sostenibles, que en pocos años ya no estarán a nuestro alcance. Nuestra responsabilidad es cambiarahora para buscar la máxima autosuficiencia, dependiendo mucho menos del exterior y en todo caso sólo de aquellas otras explotaciones o industrias que estén próximas y sean también sostenibles. Para esta reconversión impostergable sí que serían útiles ayudas públicas como las que planteó el parlamento escocés: por contra, subsidiar el gasoil sólo servirá para prolongar la agonía de un modelo sin salida. También será muy útil apoyarse en el saber tradicional actualizado: la recuperación de los modos de producción integrada tradicional (policultivos agroganaderos), del abono animal, de la rotación de los cultivos, de la pesca tradicional a vela, etc. mejoradas con aportaciones de técnicas ecológicas y de diseño de sistemas sostenibles más recientes: agricultura biointensiva, permacultura, etc.

En paralelo será imprescindible que nos replanteemos nuestro mercado. Para ello busquemos nuestra clientela en la proximidad, pensemos qué alimentos es necesario producir en nuestra comunidad o cuáles pueden faltar si fallan las importaciones, y no pensemos tanto en exportaciones que ahora pueden parecer atractivas y competitivas pero que son totalmente dependientes de un trasporte artificialmente barato. Busquemos la distribución en comercios de proximidad o en la venta directa. Es decir,reestructuremos nuestra producción en torno a la autosuficiencia y la comunidad. Los cambios pueden ser dolorosos pero si los acometemos anticipadamente evitaremos cambios mucho más traumáticos en el futuro y una probable ruina. Puede que ahora lo veamos como una reducción de los ingresos, pero si lo hacemos con buen criterio la reducción de los costes compensará esos menores ingresos y estaremos haciendo nuestra explotación más resistente a futuros cortes de suministros.

Otras claves de esta trasformación nos las da Lidia Senra, del Sindicato Labrego Galego: “Potenciar el consumo de productos frescos, de temporada y a granel”. Eso lógicamente implica que los/las consumidores/as deben modificar sus hábitos—incluyendo una vuelta a un menor consumo de carne, cuya producción exige grandes cantidades de energía— y que el cambio ha de venir por ambas partes, con una concienciación mutua y un diálogo permanente en la búsqueda de alianzas sostenibles entre el campo y la ciudad para ser capaces de sobrevivir a un decrecimiento forzoso. «El camino está en la información, en el debate social sobre las consecuencias de las políticas agrarias y alimentarias que tenemos y en el compromiso de la ciudadanía para luchar por un cambio profundo de las mismas y también para que todas y todos tengamos información suficiente para ser más conscientes de que comprar es un acto político y que no tiene las mismas implicaciones comprar productos alimentarios procedentes de la agricultura industrial y de la gran distribución, que comprar productos del país en los mercados», reclama Senra.

Sin duda tenemos una descomunal lucha por delante, en primer lugar contra las políticas agrarias que nos obligan a sacrificar producción ecológica local para dar entrada a producción industrial extranjera, a perder pequeñas industrias trasformadoras y pequeños comercios de proximidad para favorecer la deslocalización y las grandes superficies. En pocos años, puede que menos de una década, el Cénit del petróleo hará muy difícil alimentarnos por esos canales y debemos hacer todo lo posible para mantener vivos los únicos de que dispondremos: los locales tradicionales y ecológicos.

Nos va la vida en esta lucha, que no sólo es contra el mercado agrícola capitalista actual sino también contra la regulación impuesta por las administraciones públicas que perjudica la viabilidad y supervivencia de esas cadenas cortas de producción, al poner demasiados obstáculos, regulaciones o tasas a la comercialización local y a la producción a pequeña escala. Es necesaria una profunda revisión de toda la normativa de producción y comercialización de alimentos a la luz de una situación energética que los gobiernos se niegan a reconocer públicamente, mientras van dejando que muera todo aquello que nos permitiría alimentarnos en un futuro sin petróleo.

Si caminamos en esta indispensable y urgente vuelta a una producción sostenible, estaremos de paso contribuyendo a luchar contra el cambio climático, pues ya sabemos que la producción y distribución de alimentos en el modelo agrícola y comercial actualmente hegemónico es uno de los principales factores del calentamiento planetario (hasta el 50% de las emisiones según datos de GRAIN en el nº 1 de ‘Soberanía Alimentaria, Biodiversidad y Culturas’).

En este sentido es importante también hacer una autocrítica y reevaluar lo que consideramos ecológico. ¿Son realmente ecológicas unas manzanas producidas en ecológico en Chile pero que viajan miles de kilómetros para ser consumidas en España? Algunos activistas apuestan por la dieta de los 100 Km, por ejemplo, y rechazan cualquier producto que venga de una distancia mayor. Otros sólo consumen aquellos producidos en su biorregión. Es una propuesta difícil dado que la mundialización ha destruido ya muchos sectores productivos y por ejemplo es casi impensable vestirse sólo con prendas de lana, algodón o lino local. Pero en el futuro será de lo único que dispongamos a precios asequibles así que cuanto antes luchemos por recuperar esas vías de sustento local y compatibles con los límites naturales, más preparadas estarán nuestras comunidades para el impacto del Cénit del petróleo, un momento crítico para nuestra especie, que nos llevará a una gran Revolución de vuelta a la sostenibilidad o nos abocará, como advierte el experto en ecología humana William Catton, a un cuello de botella evolutivo en el que tal vez sólo logren sobrevivir unos pocos miles de personas.

* Manuel Casal Lodeiro,
activista y divulgador sobre
la cuestión del Cénit del
petróleo, miembro fundador
de la asociación Véspera
de Nada.

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La trampa mortal de la Revolución Verde 

(Datos extraídos del artículo del científico Dale Allen Pfeiffer “Comiendo combustibles fósiles”)

La denominada Revolución Verde trasformó profundamente la agricultura mundial mediante su industrialización y mecanización. Entre 1950 y 1984, la producción de grano mundial aumentó en un 250%, y por tanto la energía disponible para nuestra alimentación. Esta energía adicional no procedía de un incremento de la luz solar anual que hace posible la fotosíntesis, ni de poner a cultivar nuevas tierras. La energía de la Revolución Verde fue proporcionada por los combustibles fósiles en forma de fertilizantes (gas natural), pesticidas (petróleo) e irrigación alimentada por hidrocarburos. Este cambio aumentó la demanda de energía de la agricultura en una media de 50 veces la energía invertida en la agricultura tradicional. Para hacernos una idea de la intensidad energética de la agricultura intensiva moderna, baste citar que la producción de un kilo de fertilizante de nitrógeno requiere la energía equivalente a litro y medio de gasóleo o que en los EE.UU. se necesitaban ya en 1990 más de 6 barriles de petróleo al año por cada hectárea agrícola productiva.

Sin embargo, debido a las leyes de la termodinámica, en el proceso agrícola industrial hay una marcada pérdida de energía. Entre 1945 y 1994, la inversión energética en la agricultura aumentó 120 veces, mientras que los rendimientos de las cosechas sólo se multiplicaron por 90. Desde entonces, el coste energético ha continuado incrementándose sin un aumento correspondiente en la productividad. Hemos alcanzado el punto de los retornos marginales decrecientes: la Revolución Verde está entrando en quiebra energética y amenaza con arrastrarnos con ella.

Fontes:


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Estatais-Multinacionais compram ex-Estatais Brasileiras

O Neoliberal e príncipe dos príncipes o Sr FHC (inteligentemente apelidado por Paulo Henrique Amorim de "Farol de Alexandria") sob a tutela dos também neoliberais, mídia nativa - mais conhecida como PIG - e parte da elite empresarial brasileira, doou a ambos quase todas as Estatais Nacionais sob o discurso do Estado minimo e que este não teria competência em gerir tais empresas.
Agora, os "competentes e jênios" empresários estão vendendo estas empresas - na gíria do mercado financeiro isso é chamado de "realizar lucros" - a várias Estatais... Colombiana, Chinesa...
Hoje, grande parte de nossa infraestrutura está nas mãos de multinacionais, privadas e Estatais, de outros países. É como se estivéssemos sendo geridos por outros governos. Para entender a gravidade disto, se hoje quisessem invadir o Brasil, o fariam com a maior facilidade, pois todo o nosso sistema de comunicações, boa parte de nossa rede de distribuição de energia estão nas mãos de multinacionais, sejam elas Privadas ou Estatais.
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Estatal chinesa compra 7 companhias energéticas brasileiras por US$ 1 bi

A empresa chinesa State Grid Coorporation anunciou nesta terça-feira a compra de sete companhias de energia elétrica brasileiras por US$ 1 bilhão.

A aquisição foi divulgada no site da Comissão Chinesa para a Supervisão e a Administração de Ativos Estatais (www.sasac.gov.cn).

A Grid adquiriu a licença para explorar, por 30 anos, linhas de transmissão e outros tipos de intraestrutura no sudoeste do país. A companhia também fornecer quadros de distribuição de energia para cidades como Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo.

A compra faz parte de uma série de investimentos que a empresa vem fazendo na América Latina, apostando no crescimento do consumo de energia elétrica na região.


Influência

Essa é a segunda maior aquisição feita pela Grid fora da China, depois da compra de linhas transmissoras nas Filipinas, em 2009.

Com o acordo, a State Grid deverá ter mais de US$ 110 milhões em lucros anuais, segundo o comunicado no site da comissão.

“A operação vai ajudar a promover o desenvolvimento econômico da região, ampliar a influência das empresas chinesas e promover as relações estratégicas bilaterais entre os dois países”, dizia a nota.

O ambiente político estável é citado pela empresa como uma vantagem de se investir no Brasil, assim como “um grande potencial de desenvolvimento e um mercado gigantesco, com uma demanda de energia elétrica que vem aumentando”.

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), estão na lista das sete empresas compradas pelo grupo chinês: Ribeirão Preto Transmissora de Energia, Poços de Caldas Transmissora de Energia, Serra Paracatu Transmissora de Energia, Itumbiara Transmissora de Energia, Serra da Mesa Transmissora de Energia, Expansion Transmissão Itumbiara Marimbondo e Expansion Transmissão de Energia Elétrica.


Fontes:
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Leia mais:
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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

WikiLeaks - A imprensa que fiscalizava o poder está morta

“A imprensa que fiscalizava o poder está morta.O que resta hoje no lugar daquela imprensa é WikiLeaks”

06/12/2010, Glenn Greenwald,
via blog viomundo

O professor de Jornalismo Jay Rosen tem análise como sempre radical, criativa e provocadora de WikiLeaks, que expressou num vídeo de 14 minutos (em http://vimeo.com/17393373). Sobre por qual razão fontes valiosas preferem enviar seus documentos e outros vazamentos a WikiLeaks, em vez de enviar à imprensa-empresa tradicional, diz ele:

“No caso dos EUA [no Brasil também, manda quem paga], uma das razões é que a própria legitimidade da imprensa está sob suspeita, aos olhos dos vazadores. E há pelo menos uma boa razão para isso. Porque, enquanto temos o que se apresenta como “imprensa cão de guarda de valores democráticos”, temos aí – à nossa frente, para quem queira ver – o claro fracasso daquela imprensa, que evidentemente não faz o que diz que faz, que seria fiscalizar o poder; a imprensa que conhecemos não faz outra coisa além de tentar ocultar os compromissos e os objetivos do poder.

Por isso, acho que é erro desqualificar o que WikiLeaks faz sem, simultaneamente, incluir no quadro os espetaculares fracassos da imprensa que conhecemos nos últimos 10, 20, 30, 40 anos – mas sobretudo nos anos recentes. Sem a crise de legitimidade que atinge o jornalismo-empresa nos EUA, os vazadores não tenderiam a confiar tanto numa ‘estrela’ global como Julian Assange e numa organização sombria como WikiLeaks…

Eventos amplíssimos, cataclísmicos (como a guerra do Iraque) considerados dentro do regime de legitimidade, estão por trás do caso de WikiLeaks, porque, não fosse por aqueles eventos, os vazadores não teriam o apoio que têm, não teriam operado de modo solidário como operaram, nem teriam a força moral que mobilizaram para expor o que o governo Obama está de fato fazendo. A imprensa que fiscalizava o poder está morta. O que resta hoje no lugar daquela imprensa é WikiLeaks”.


Fonte: Blog Viomundo - Luiz Carlos Azenha


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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

WikiLeaks - O Artigo de Julian Assenge escrito antes dele ser preso.

via blog luisnassif,07/12/2010-17:04


Por baarbaaraa

Texto de Julian Assange escrito horas antes de sua prisão

Em 1958 um jovem Rupert Murdoch, então proprietário e editor do “The News” de Adelaide(Austrália), escreveu: “Na corrida entre o segredo e a verdade, parece inevitável que a verdade sempre vença.”

Sua observação talvez tenha sido um reflexo da revelação de seu pai, Keith Murdoch, sobre o sacrifício desnecessário de tropas australianas nas costas de Gallipoli, por parte de comandantes britânicos incompetentes. Os britânicos tentaram calá-lo, mas Keith Murdoch não seria silenciado e seus esforços levaram ao termino da desastrosa campanha de Gallipoli.


Foto: Luiz Nassif, acessado em 07dez2010
O fundador do site WikiLeaks, o australiano Julian Assange
Quase um século depois, o Wikileaks também publica sem medo fatos que precisam ser tornados públicos. Eu cresci numa cidade do interior do estado de Queensland, onde as pessoas falavam de maneira curta e grossa aquilo que pensavam. Eles desconfiavam do governo (‘big government’) como algo que poderia ser corrompido caso não fosse vigiados cuidadosamente. Os dias sombrios de corrupção no governo de Queensland, que antecederam a investigação Fitzgerald, são testemunhos do que acontece quando políticos impedem a mídia de reportar a verdade.

Essas coisas ficaram comigo. O Wikileaks foi criado em torno desses valores centrais. A ideia concebida na Austrália era usar as tecnologias da internet de maneira a reportar a verdade. O Wikileaks cunhou um novo tipo de jornalismo: o jornalismo científico. Nós trabalhamos com outros suportes de mídia para trazer as notícias para as pessoas, mas também para provar que essas notícias são verdadeiras. O jornalismo científico permite que você leia as notícias, e então clique num link para ver o documento original no qual a notícia foi baseada. Desta maneira você mesmo pode julgar: Esta notícia é verdadeira? Os jornalistas a reportaram de maneira precisa?

Sociedades democráticas precisam de uma mídia forte e o Wikileaks faz parte dessa mídia. A mídia ajuda a manter um governo honesto. Wikileaks revelou algumas duras verdades sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão, e notícias defeituosas (‘broken stories’) sobre corrupção corporativa.

As pessoas afirmaram que sou anti-guerra: que fique registrado, eu não sou. Algumas vezes, nações precisam ir à guerra, e simplesmente há guerras. Mas não há nada mais errado do que um governo mentir à sua população sobre estas guerras, e então pedir a estes mesmos cidadãos que coloquem suas vidas e o dinheiro de seus impostos a serviço destas mentiras. Se uma guerra é justificável, então diga a verdade e a população dirá se deve apoiá-la ou não.

Se você leu qualquer um dos relatórios de guerra sobre o Afeganistão e o Iraque, qualquer um dos telegramas das embaixadas estadunidense ou qualquer uma das notícias sobre as coisas que o Wikileaks tem reportado, considere quão importante é que toda a mídia possa reportar tais fatos livremente.

O Wikileaks não é o único que publicou os telegramas das embaixadas dos Estados Unidos. Outros suportes de mídia, incluindo o britânico The Guardian, o The New York Times, o El País e o Der Spiegel na Alemanha publicaram os mesmos telegramas. Porém é o Wikileaks como coordenador destes outros grupos, que tem sido alvo dos mais virulentos ataques e acusações por parte do governo estadunidense e seus acólitos. Eu tenho sido acusado de traição, mesmo sendo cidadão australiano e não estadunidense. Tem havido inúmeros sérios clamores nos EUA para que eu seja capturado por forças especiais estadunidenses. Sarah Palin diz que eu deveria ser “caçado como Osama Bin Laden”. Uma lei republicana tramita no senado norte-americano buscando declarar-me uma “ameaça transnacional” e tratar-me correspondentemente. Um assessor do gabinete do primeiro-ministro canadense clamou em rede nacional de televisão que eu fosse assassinado. Um blogueiro americano clamou para que o meu filho de 20 anos de idade aqui na Austrália fosse sequestrado e ferido por nenhum outro motivo além de um meio de chegar até mim.

E os australianos devem observar sem orgulho a desgraçada anuência a estes sentimentos por parte da Primeira ministra australiana Guillard e a secretária do Estado dos EUA Hillary Clinton, as quais não emitiram sequer uma palavra de crítica às demais organizações midiáticas. Isto por que o The Guardian, The New York Times e Der Spiegel são velhos e grandes, enquanto o Wikileaks é ainda jovem e pequeno.

Nós somos os vira-latas. O governo Guillard está tentanto atirar no mensageiro porque não quer que a verdade seja revelada, incluindo informações sobre as suas próprias negociações diplomáticas e políticas.

Houve alguma resposta por parte do governo australiano às inúmeras ameaças públicas de violência contra mim e outros colaboradores do Wikileaks? Não me parece absurdo supor que a primeira ministra australiana deveria estar defendendo os seus cidadãos de ações dessa natureza, porém, de sua parte, tem havido apenas alegações infundadas de ilegalidade. A Primeira ministra e especialmente o Procurador-Geral deveriam levar a cabo suas obrigações com dignidade e acima das disputas. Que fique claro que esses dois pretendem salvar a própria pele. Eles não conseguirão.

Toda vez que o Wikileaks publica a verdade sobre abusos cometidos pelas agências dos EUA, políticos australianos entoam o coro provavelmente falso com o Departamento de Estado: “Você colocará vidas em risco! Segurança nacional! Você colocará em perigo as nossas tropas!” E então eles dizem que não há nada de importante no que o Wikileaks publica.

Mas as nossas publicações estão longe de serem desimportantes. Os telegramas diplomáticos dos EUA revelam alguns fatos inquietantes:

Os EUA pediram a sua diplomacia para que roubassem material humano (“personal human material”) e informações de oficiais da ONU e grupos de direitos humanos, incluindo DNA, impressões digital, scans de íris, números de cartão de crédito, senhas da internet e fotos de identificação, em violação a tratados internacionais. É provável que diplomatas australianos da ONU também sejam alvos.

O Rei Abdullah da Arabia Saudita pediu aos oficiais dos EUA na Jordânia e Bahrein que interrompam o programa nuclear iraniano a qualquer custo.

A investigação britânica sobre o Iraque foi adulterada para proteger “interesses dos EUA”

A Suécia é um membro secreto da OTAN e a Inteligência dos EUA não divulga suas informações ao parlamento.

Os EUA está forçando a barra para tentar fazer com que outros países recebam detentos libertados de Guantanamo. Barack Obama concordou em encontrar o presidente esloveno apenas se a Eslovênia recebesse um prisioneiro. Nosso vizinho do Pacífico, Kiribati, foi oferecido milhões de dólares para receber detentos.

Em sua decisão histórica no caso dos Documentos do Pentágono, a Suprema Corte Americana disse: “ apenas uma impresa livre e sem amarras pode eficientemente expor fraudes no governo”. A tempestade turbulenta em torno do Wikileaks hoje reforça a necessidade de defender o direito de toda a mídia de revelar a verdade.

Julian Assange é o editor-chefe do Wikileaks
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WikeLeaks provoca mudanças em Embaixadas dos EUA no mundo

“Terremoto” WikiLeaks sacode embaixadas dos EUA em todo o mundo

6/12/2010
por Guy Adams
e Kim Sengupta,

Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu


Atacado por escândalo que a cada dia parece gerar nova fornada de embaraços e incômodos, o governo dos EUA está sendo forçado a empreender ampla reforma em todos os seus cargos diplomáticos, pessoal militar e agentes de inteligência, cujo trabalho afinal está exposto aos olhos do mundo, depois dos vazamentos, pela página WikiLeaks, dos telegramas diplomáticos dos EUA.

Ontem, o governo Obama enfrentava grave crise em seu serviço diplomático, entre ondas sucessivas de provas de que a continuada publicação de comunicados pressupostos confidenciais e protegidos tornará impossível – se não perigoso – o trabalho diplomático como feito até aqui por funcionários do Departamento de Estado em todo o mundo.

Apenas 1.100 dos cerca de 250 mil documentos sigilosos que WikiLeaks recebeu e divulgou já foram publicados. Portanto, aumenta o medo de que prosseguirá, nos próximos meses, a divulgação de revelações que podem desestabilizar as relações dos EUA com praticamente todos os seus aliados-chave, inflamando as tensões com governos já hostis no Oriente Médio, no Extremo Oriente e em outras regiões.

“No curto prazo, já estamos paralisados, sem poder dar um passo” – disse à Agência Reuters um diplomata sênior dos EUA. Para a mesma fonte, serão necessários no mínimo cinco anos para reconstruir relações de confiança em todo o mundo.

“A situação está péssima. Dificilmente poderia estar pior. Não há exagero algum no que lhe digo. Falando claramente, ninguém quer falar conosco. (…) Há gente que continua obrigada a falar conosco, sobretudo governos e representantes oficiais. Mas mesmo esses perguntam antes de qualquer contato: “Vocês vão escrever sobre o que discutirmos aqui?”

Há informes de que o Pentágono, a CIA e o Departamento de Estado estão listando todos os funcionários do serviço diplomático que assinaram os telegramas mais comprometedores e que mais problemas criaram, dentre os que já foram publicados por WikiLeaks. Todos esses terão de ser removidos dos postos em que estão, em todos os casos os postos mais estrategicamente importantes da diplomacia norte-americana.

Dentre os diplomatas cujas opiniões privadas foram divulgadas para o mundo, para grande embaraço dos EUA, está Gene Cretz – embaixador dos EUA na Líbia, que, em 2009, escreveu o hoje já famosíssimo telegrama no qual informa ao governo dos EUA que Muammar Gaddafi não viaja sem a companhia de “uma voluptuosa loura”, sua enfermeira ucraniana.

O atual enviado dos EUA à ONU também tem sido criticado, depois da revelação de que Hillary Clinton instruiu-o a coletar números de cartões de crédito, de passes para viagens aéreas, números de telefones celulares, endereços de e-mails, senhas e outros dados de diplomatas estrangeiros e altos funcionários da ONU, inclusive do secretário-geral Ban Ki-moon.

A dificuldade para o serviço diplomático dos EUA é que os autores de vários dos mais importantes telegramas divulgados pela organização WikiLeaks são os mais experientes do corpo diplomático norte-americano, e será difícil, se não impossível, substituí-los. Até agora, nenhum dos países afetados pelos vazamentos solicitou a remoção de qualquer diplomata ou funcionário do serviço diplomático dos EUA.

“Essa é outra face dessa tragédia”, disse alto funcionário da segurança nacional ao Blog The Daily Beast [http://www.thedailybeast.com/blogs-and-stories/2010-12-04/wikileaks-cable-disaster-spurs-obama-plan-to-shake-up-key-personnel/full/full/] que, na 6ª.-feira, detalhou a extensão da crise nas embaixadas dos EUA e noticiou que a realocação dos diplomatas afetados já está planejada e acontecerá ao longo dos próximos meses.

“Teremos de deslocar alguns dos nossos melhores servidores, que sempre representaram muito bem os EUA, capazes das melhores análises –, só porque se atreveram a escrever a verdade sobre países nos quais servem.” Dentre governos estrangeiros que já se manifestaram ofendidos pelo conteúdo de um ou outro dos telegramas divulgados estão supostos aliados como França, Itália e Turquia, cujo primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan ameaçou processar o ex-embaixador dos EUA Eric Edelman por telegrama no qual o embaixador sugere que Erdogan teria dinheiro em bancos suíços.

Velhos inimigos dos EUA também estão gravemente incomodados. O presidente Dmitry Medvedev, da Rússia, é descrito num dos telegramas como “o Robin do Batman [primeiro-ministro da Rússia Vladimir] Putin”. Cuba e Venezuela são reunidas num “Eixo da Falsidade” em documento divulgado no fim de semana. Quando os primeiros telegramas foram divulgados, a Casa Branca condenou a divulgação, sob o argumento de que “poria em risco nossos diplomatas, profissionais de segurança e todos que, em todo o mundo, aproximam-se dos EUA para promover a democracia e governos mais transparentes”.

Apesar de até agora nenhum país ter requerido a expulsão dos diplomatas responsáveis pelos telegramas que mais incômodos provocaram, espera-se que comece em breve um movimento de declará-los “Persona Non Grata” – os governos declaram que um ou outro funcionário estrangeiro não é bem-vindo a um ou outro país; é ação que, na prática, leva à remoção.

“Pela nossa avaliação, é só questão de tempo”, disse um funcionário do Departamento de Estado ao Blog The Daily Beast. Fontes diplomáticas disseram ao The Independent que não há planos para remover pessoal diplomático, porque a remoção sugeriria que tivessem cometido algum erro e comprometeria a carreira dos diplomatas.

Tensões com os Estados árabes


Um dos telegramas recentemente divulgados revela que Hillary Clinton criticou o governo saudita, dizendo que o país é a principal fonte de financiamento para grupos militantes islâmicos, e que os políticos sauditas não se decidem a interromper o fluxo de dinheiro.

Em telegrama de dezembro de 2009, a secretária de Estado diz a diplomatas norte-americanos que “a ação de Riad tem sido limitada” [para interromper os fluxos de dinheiro para os Talibãs e outros grupos que atacam no Afeganistão, no Paquistão e na Índia]. E acrescentou que o Hamás conseguiu milhões na Arábia Saudita, sobretudo de peregrinos que vêm para o Hajj e o Ramadã.

A nota também fala de Qatar, Kuwait e Emirados Árabes Unidos como fonte de dinheiro para os militantes; com destaque para o Qatar – “o pior da região” –, por não cooperar com o Washington.

domingo, 5 de dezembro de 2010

O império contra-ataca 3 - Wikileaks

A ameaça a quem divulgar a Wikileaks

Enviado por luisnassif,
dom, 05/12/2010-09:14
Por Edson Joanni

O Depto. de Estado rasgou de vez a primeira emenda. Agora são os estudantes que se veem ameaçados caso divulguem ou comentem arquivos do Wikileaks em e-mails, facebook ou outras redes sociais:

State Dept. Bars Staffers from WikiLeaks, Warns Students


The U.S. State Department has imposed an order barring employees from reading the leaked WikiLeaks cables. State Department staffers have been told not to read cables because they were classified and subject to security clearances. The State Department’s WikiLeaks censorship has even been extended to university students. An email to students at Columbia University’s School of International and Public Affairs says: "The documents released during the past few months through Wikileaks are still considered classified documents. [The State Department] recommends that you DO NOT post links to these documents nor make comments on social media sites such as Facebook or through Twitter. Engaging in these activities would call into question your ability to deal with confidential information, which is part of most positions with the federal government."

Tradução literal via Google:
Os EUA do Departamento de Estado impôs uma ordem que proibia os funcionários de ler os cabos vazou WikiLeaks. funcionários do Departamento de Estado ter sido dito para não ler os cabos porque eles foram classificados e sujeito a aprovações de segurança. censura do Departamento de Estado WikiLeaks sequer foi estendido para estudantes universitários. Um e-mail para os alunos da Escola da Universidade de Columbia de Assuntos Internacionais e Públicos diz: "Os documentos divulgados durante os últimos meses através Wikileaks ainda são considerados documentos classificados [O Departamento de Estado] recomenda que você faça ligações não postar esses documentos, nem fazer comentários. em sites de mídia social como o Facebook ou no Twitter. participam nestas actividades que põem em causa a sua capacidade de lidar com informações confidenciais, que faz parte da maioria dos cargos com o governo federal. "

Fonte: Luis Nassif

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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Os ataques ao WikiLeakes - Fazendo um seguro de vida?

Criador do WikiLeaks divulga arquivo que pode ser seu "seguro de vida"

O fundador do site Wikileaks, Julian Assange, postou na internet há algumas semanas um misterioso arquivo intitulado "insurance.aes256", que pode conter todos seus segredos para o caso de lhe ocorrer algo, dizem várias páginas especializadas.

O motivo da existência do arquivo e seu conteúdo se transformou em um acalorado debate em muitas páginas da internet, especialmente depois de o WikiLeaks revelar durante esta semana mais de 251 mil documentos confidenciais dos Estados Unidos.

O arquivo, que foi inicialmente colocado na página do WikiLeaks sobre os documentos da guerra do Afeganistão e que pode ser baixado como arquivo "torrent", pesa 1,4 Gigabytes e está codificado com AES256, o sistema de encriptação mais avançado e adotado pelo Governo dos EUA.

O WikiLeaks e Assange não deram praticamente nenhuma explicação sobre o conteúdo do arquivo e a razão pela qual ele está sendo disseminado.

No final de julho, pouco depois de o arquivo aparecer em seu site, Assange foi questionado sobre o tema pela jornalista americana Amy Goodman.

"Bom, acho que é melhor não comentarmos sobre isso. Mas já sabe, alguém poderia imaginar em uma situação similar que valeria a pena assegurar as partes importantes da história para que não desaparecessem", explicou.

O site "Cryptome" especulou então que se algo acontecesse com o "Wikileaks" ou com Assange seus voluntários revelariam a contra-senha para abrir o arquivo.


Fonte: Luis Nassif Online


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O império contra-ataca 2

[Como ainda não conseguiram prender o responsável pelo site Wikeleaks agora estão tentando outros caminhos. enquanto isso os informes das embaixadas dos EUA mundo à fora continuam sendo reveladas pelo site WikeLeaks]

O WikiLeaks anunciou nesta terça-feira, 1, que a Amazon parou de hospedar o site em seus servidores . O serviço da empresa americana havia sido alugado para evitar um ataque hacker que tornava o serviço do site intermitente.

A desistência foi confirmada pelo senador americano Joe Lieberman (Independente/Connecticuit) em entrevista à Fox News. “Nesta manha, a Amazon informou minha equipe que parou de hospedar o website do WikiLeaks”, afirmou Lieberman.

Em sua conta no Twitter, o WikiLeaks confirmou que não está mais hospedado nos servidores da Amazon. “Nosso dinheiro será gasto agora para empregar pessoas na Europa”, disse o site. “Se a Amazon está tão desconfortável com a liberdade de expressão, deveria desistir também de vender livros”.

O acesso à página do WikiLeaks está instável desde domingo, quando os telegramas diplomáticos foram vazados por jornais da Europa e dos EUA.

O site disse estar sobre ataque de hackers em dois de seus servidores, o que o levou a alugar o serviço da Amazon . A empresa não confirmou nem negou que o WikiLeaks tenha usado seus servidores

“Eu acredito que a Amazon tomou essa ação mais cedo, baseada nas publicações anteriores de informações classificadas do WikiLeaks”, disse Lieberman, que elogiou a decisão.

Segundo o WikiLeaks, o ‘ataque de negação de serviço’, do qual foi vítima é normalmente usado para derrubar sites, ou torná-los mais lentos.

“A decisão da empresa em cortar o WikiLeaks é a decisão certa e deveria fixar o padrão para outras empresas que o WikiLeaks usa para distribuir material que é capturado ilegalmente”, concluiu o senador americano.


Fonte: Blog Viomundo - Luiz carlos Azenha


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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O império contra-ataca 1

[Começaram a perseguição... agora vão achar todo tipo de crime contra ele, principalmente as que ele não cometeu. O importante, para eles é claro, é tirá-lo de circulação antes que divulgue mais fatos dos bastidores das tramas internacionais, via correspondências oficiais das embaixadas dos EUA...]

Interpol procura o criador da Wikileaks
Enviado por luisnassif, ter, 30/11/2010 - 23:49

Criador do Wikileaks entra para lista de procurados da Interpol

UOL Notícias-SP


Mandado de prisão contra Assange
Clique na foto para ampliar
O australiano Julian Assange, o principal nome por trás da organização especializada em divulgar documentos secretos Wikileaks, entrou para a lista de "procurados" da Interpol, acusado de "crimes sexuais".

Segundo ficha disponível no site da agência policial internacional (veja a cima), o mandado de prisão contra Assange teria origem em Gothenburg, na Suécia. Na mesma página, a Interpol solicita informações sobre o australiano.

Segundo agências de notícias, Assange apelou nesta terça-feira (30) à Suprema Corte da Suécia para impugnar a ordem de prisão emitida pela Justiça sueca contra ele por acusações de agressão sexual.

Em 18 de novembro, a Justiça sueca emitiu uma ordem de prisão contra Assange para interrogá-lo por "suspeitas razoáveis de violação, agressão sexual e coerção" por fatos ocorridos em agosto.

O advogado do fundador do WikiLeaks recorreu da decisão, mas esta foi confirmada na apelação. A única alternativa que restava era a Suprema Corte.

Os advogados sueco e britânico de Assange haviam criticado a ordem de prisão, formulada pela promotora encarregada do caso, Marianne Ny, alegando que haviam proposto em vão várias datas para que Assange fosse interrogado.

Defensores de Assange denunciam uma perseguição judicial, motivada pelos vazamentos de material secreto que o Wikileaks realiza.

Também hoje, Kintto Lucas, vice-ministro do Exterior equatoriano, disse à imprensa local que o Equador está tentando contatar Julian Assange, o responsável pelo WikiLeaks, a fim de convidá-lo a se radicar no país, elogiando o trabalho investigativo que ele realiza.

"Estamos convidando Assange para fazer palestras e, se desejar, lhe ofereceremos cidadania equatoriana", disse Lucas em entrevista publicada na terça-feira pelo jornal local "Hoy".

O paradeiro atual de Assange é desconhecido; acredita-se que se desloque de país a país, para despistar as ações judiciais movidas contra ele por diversos países.



Fonte: Blog Luis Nassif

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terça-feira, 30 de novembro de 2010

DOCUMENTOS DIVULGADOS POR WikiLeaks DESNUDAM "MODUS OPERANDI" DOS EUA

Documentos revelam infiltrações políticas dos EUA em diferentes países
 
JULIAN ASSANGE PARA A FOLHA
via blog Leituras Favre


Esses documentos mostram a verdadeira história do império americano de 1966 a 2010, da maneira como foi relatada pelas embaixadas de todo o mundo.

São cerca de 285 milhões de palavras sobre intriga diplomática. Se fossem impressas, daria para preencher mais de 3.000 livros.

Os documentos mostram infiltrações políticas dos Estados Unidos em quase todos os países, mesmo naqueles considerados “neutros”, como a Suécia e a Suíça. As embaixadas observam de perto a mídia local, o serviço de inteligência, a indústria de armas e de petróleo e fazem forte lobby para todo tipo de empresas americanas.

Os telegramas das embaixadas dos EUA são a coisa mais interessante que eu já li e o vazamento de informações secretas mais importante da história.

É uma riquíssima documentação sobre como o mundo funciona de fato. Antes mesmo do lançamento do Cablegate, os EUA alertaram quase todos os governos do mundo, tal é o medo que regimes abusivos e relações escusas sejam expostos.

CENSURA
O Reino Unido emitiu uma notificação à imprensa, o DA-notice (um pedido oficial para revisar todo material sobre o tema antes da publicação), o que pode ser visto como uma censura velada.

Assim, nas próximas semanas, vamos poder julgar o clima político em dezenas de países através da maneira como eles respondem.

Será que vão se empenhar numa campanha para desviar as atenções ou será que vão fazer uma campanha para mudar a maneira como as coisas são feitas?

Para esse lançamento, começamos a produzir também reportagens em português no nosso site, porque o WikiLeaks tem muitos apoiadores no Brasil.

A filosofia da nossa organização é compartilhada pelos grupos brasileiros que lutam por liberdade na mídia, na imprensa e na internet.

Temos parceria com o “New York Times” e o “Guardian” para chegar ao público que fala inglês, o “El Pais” para os que falam espanhol, o “Le Monde” para francês e “Der Spiegel” para alemão.

PORTUGUÊS

Mas o português também é uma língua muito importante, e a publicação deste material é de grande interesse para os brasileiros; e de grande interesse para definir os rumos do novo governo.

Desde o começo o WikiLeaks foi construído para ajudar a todo o mundo. Injustiça em qualquer lugar é injustiça em todo lugar.

Nós acreditamos que a internet é uma ferramenta que permite que pessoas corajosas se reúnam para lutar por justiça e vencer. Com a ajuda dos internautas, podemos exigir que a nação superpoderosa preste contas a todos.


Fonte: Blog Leituras Favre


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