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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Censura no jornalismo hoje é empresarial, portanto, "privada"...

Por Marcos Costa
Da Carta Maior
via Blog Luis Nassif
O direito de ver

Se a censura oficial deixou de existir, a empresarial cresceu de forma assustadora. Hoje quem impede o brasileiro de saber muito do que ocorre no país e no mundo são os grandes grupos de comunicação. Mostram um recorte da realidade produzido segundo seus interesses e escondem o que não lhes convêm.
Laurindo Lalo Leal Filho*


Quem viveu a ditadura militar no Brasil sabe o que é censura. Jornais publicavam poemas e receitas de bolo no lugar dos textos cortados pelos censores. Nas redações temas proibidos estavam nos murais para nenhum jornalista tocar naqueles assuntos. Felizmente isso acabou e o Estado agora é responsável pela garantia da liberdade de expressão.

Mas se a censura oficial deixou de existir, a empresarial cresceu de forma assustadora. Hoje quem impede o brasileiro de saber muito do que ocorre no país e no mundo são os grandes grupos de comunicação. 

Mostram um recorte da realidade produzido segundo seus interesses e escondem o que não lhes convêm. Como são poucos, com orientações editoriais semelhantes, a diversidade de notícias e de interpretações da realidade desaparecem.

Em política e economia a prática é diária. Basta ver o alinhamento do noticiário com os partidos conservadores e a exaltação da eficiência do mercado. Na televisão, a censura vai mais longe e chega até ao esporte.

De disputas esportivas, quase todas as competições foram sendo transformadas em programas de televisão, subordinados aos interesses comerciais das emissoras.

Tornaram-se produtos vendidos por clubes e federações às TVs que, em muitos casos, compram e não transmitem os eventos, só para evitar que os concorrentes o façam.

Há um caso exemplar ocorrido em Pernambuco. Enquanto a Rede Globo transmitia para o Estado jogos de clubes do Rio ou de São Paulo, a TV Universitária local colocava no ar as partidas do campeonato estadual.

Claro que estas despertavam maior interesse, elevando a audiência da emissora. A Globo, sentindo-se incomodada, comprou os direitos de transmissão do campeonato para não transmiti-lo, retirando do torcedor local o direito de ver o seu time jogar.

Quando passamos do regional para o global a disputa fica ainda mais acirrada, como vimos com o recente duelo travado entre Globo e Record em torno dos jogos Panamericanos de Guadalajara.

Salvo em raros momentos, a emissora da família Marinho nunca deixou de ditar a pauta esportiva nacional. Além das transmissões de eventos, seus noticiários foram sempre contaminados por exaustivas coberturas das competições.

Quantas vezes o Jornal Nacional dedicou mais tempo à seleção de futebol ou a uma corrida de carros do que a assuntos de relevante interesse político ou social?

Com a ascensão da Record o quadro mudou. E o Pan do México ficará na história da televisão brasileira como o momento de ruptura do monopólio das transmissões esportivas no país.

Se há o lado positivo da entrada de um novo ator em cena, há a constatação de que o direito de ver segue sendo usurpado do telespectador.

No caso da Globo, seus decantados “princípios editoriais”, segundo os quais “tudo aquilo que for de interesse público, deve ser publicado, analisado, discutido” foram, outra vez, ignorados.

Nos primeiros dias de disputa o Pan não existiu para a Globo e, depois, ficou restrito a míseros segundos no ar. Na concepção da emissora, por serem transmitidos pela concorrente, deixaram de ter “interesse público”.

Por outro lado a Record não fez por menos e de olho na audiência, em muitos momentos, não transmitiu os jogos – e só ela podia fazer isso – para manter no ar sua programação normal.

Frustrou inúmeros telespectadores que num domingo foram em busca do Pan e se viram diante do Gugu.

A aplicação das leis de mercado, sem controle, ao mundo da TV é a causa desse desconforto. Não há como mudar a situação sem a inteferência do Estado, colocando algumas regras para proteger o telespectador.

No caso específico do futebol, o governo argentino resolveu o problema comprando os direitos de transmissão dos jogos do campeonato nacional, passando a transmiti-los em sinal aberto pelo Canal 7, a emissora pública do país. Não é uma boa ideia para começar?

*Laurindo Lalo Leal Filho, sociólogo e jornalista,
é professor de Jornalismo da ECA-USP.
Twitter: @lalolealfilho.
Fonte: Blog Luis Nassif

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

PIG - Mais uma do grupo Globo

Para quem "ainda" não sabe o portal G1 pertence ao grupo Globo.

Agora veja como ela trata um blecaute em dois momentos e tire suas conclusões... vai! você consegue...


1 - O blecaute no Nordeste

Clique na imagem para ampliar



2 - O blecaute em São Paulo

Clique na imagem para ampliar

Está aí a Globo velha de guerra, sempre armando das suas...


Leia mais sobre armações e manipulações:


Fonte: Blog Luis Nassif

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

PIG - Caso Battisti

A velha mídia continua em sua campanha ridícula contra a soberania do Brasil

Celso Lungaretti, em seu blog
via Luis Nassif online

SÓ 11% DOS MEMBROS DO PARLAMENTO EUROPEU APÓIAM MOÇÃO ITALIANA

A Folha.com informa: "Os membros do Parlamento Europeu pediram nesta quinta-feira [19/01] que o Brasil reveja a decisão de não extraditar o ativista italiano Cesare Battisti".
Origem da Foto clique aqui
A verdadeira notícia é a seguinte: dos 736 membros do Parlamento Europeu, apenas 86 - 77 italianos e 9 de outros países - se dignaram a comparecer para votar a estapafúrdia, inconsequente e meramente propagandística moção apresentada pelo Governo Berlusconi.

Uma recomendação dessas só seria pertinente e cabível se endereçada a uma nação-membro... e o Brasil não integra a Europa, embora ela seja o continente do coração de alguns maus brasileiros, que não se vexam de assumir a defesa incondicional de interesses estrangeiros contra uma decisão soberana do governo de seu país.

Então, a grande imprensa vai trombetear a decisão e o placar (83 votos a favor, um contra e duas abstenções), mas esconderá que não se trata de assunto da alçada do Parlamento Europeu e que a votação se deu numa sessão fantasma, com risível comparecimento de 11,7% e anuência de 11,3% dos, repito, 736 membros.
Lembrando que 35,3% do Parlamento Europeu é controlado pelo partido de Berlusconi e o partido separatista fascista Liga Norte, aliado de Berlusconi, obteve outros 10,2%
confira no: O Globo
Não se mencionará a quanto montava o universo de delegados habilitados, nem se vai fazer referência nenhuma à participação ínfima e restrita quase que apenas aos diretamente empenhados no linchamento de Battisti.

Em 2009, Berlusconi exerceu idêntica pressão para arrancar do Parlamento Europeu qualquer coisa que parecesse um endosso à sua vendetta. Daquela vez, o quórum foi ainda menor: 7,6% do plenário.

Isto não impediu que utilizasse descaradamente esse rato parido pela montanha como trunfo goebbeliano; nem que a mídia fizesse seu jogo, omitindo uma informação que até o mais inexperiente dos focas se lembraria de colocar no seu texto.
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Aproveite e ouça o decano do Supremo Tribunal Federal - STF, Ministro Celso de Mello, sobre o pedido de extradição do italiano Cesare Battisti e sobre a possibilidade de Berlusconi recorrer ao tribunal de haia.



Para Baixar o áudio clique aqui.



Fontes do Post:

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

WikiLeaks - A imprensa que fiscalizava o poder está morta

“A imprensa que fiscalizava o poder está morta.O que resta hoje no lugar daquela imprensa é WikiLeaks”

06/12/2010, Glenn Greenwald,
via blog viomundo

O professor de Jornalismo Jay Rosen tem análise como sempre radical, criativa e provocadora de WikiLeaks, que expressou num vídeo de 14 minutos (em http://vimeo.com/17393373). Sobre por qual razão fontes valiosas preferem enviar seus documentos e outros vazamentos a WikiLeaks, em vez de enviar à imprensa-empresa tradicional, diz ele:

“No caso dos EUA [no Brasil também, manda quem paga], uma das razões é que a própria legitimidade da imprensa está sob suspeita, aos olhos dos vazadores. E há pelo menos uma boa razão para isso. Porque, enquanto temos o que se apresenta como “imprensa cão de guarda de valores democráticos”, temos aí – à nossa frente, para quem queira ver – o claro fracasso daquela imprensa, que evidentemente não faz o que diz que faz, que seria fiscalizar o poder; a imprensa que conhecemos não faz outra coisa além de tentar ocultar os compromissos e os objetivos do poder.

Por isso, acho que é erro desqualificar o que WikiLeaks faz sem, simultaneamente, incluir no quadro os espetaculares fracassos da imprensa que conhecemos nos últimos 10, 20, 30, 40 anos – mas sobretudo nos anos recentes. Sem a crise de legitimidade que atinge o jornalismo-empresa nos EUA, os vazadores não tenderiam a confiar tanto numa ‘estrela’ global como Julian Assange e numa organização sombria como WikiLeaks…

Eventos amplíssimos, cataclísmicos (como a guerra do Iraque) considerados dentro do regime de legitimidade, estão por trás do caso de WikiLeaks, porque, não fosse por aqueles eventos, os vazadores não teriam o apoio que têm, não teriam operado de modo solidário como operaram, nem teriam a força moral que mobilizaram para expor o que o governo Obama está de fato fazendo. A imprensa que fiscalizava o poder está morta. O que resta hoje no lugar daquela imprensa é WikiLeaks”.


Fonte: Blog Viomundo - Luiz Carlos Azenha


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