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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Censura no jornalismo hoje é empresarial, portanto, "privada"...

Por Marcos Costa
Da Carta Maior
via Blog Luis Nassif
O direito de ver

Se a censura oficial deixou de existir, a empresarial cresceu de forma assustadora. Hoje quem impede o brasileiro de saber muito do que ocorre no país e no mundo são os grandes grupos de comunicação. Mostram um recorte da realidade produzido segundo seus interesses e escondem o que não lhes convêm.
Laurindo Lalo Leal Filho*


Quem viveu a ditadura militar no Brasil sabe o que é censura. Jornais publicavam poemas e receitas de bolo no lugar dos textos cortados pelos censores. Nas redações temas proibidos estavam nos murais para nenhum jornalista tocar naqueles assuntos. Felizmente isso acabou e o Estado agora é responsável pela garantia da liberdade de expressão.

Mas se a censura oficial deixou de existir, a empresarial cresceu de forma assustadora. Hoje quem impede o brasileiro de saber muito do que ocorre no país e no mundo são os grandes grupos de comunicação. 

Mostram um recorte da realidade produzido segundo seus interesses e escondem o que não lhes convêm. Como são poucos, com orientações editoriais semelhantes, a diversidade de notícias e de interpretações da realidade desaparecem.

Em política e economia a prática é diária. Basta ver o alinhamento do noticiário com os partidos conservadores e a exaltação da eficiência do mercado. Na televisão, a censura vai mais longe e chega até ao esporte.

De disputas esportivas, quase todas as competições foram sendo transformadas em programas de televisão, subordinados aos interesses comerciais das emissoras.

Tornaram-se produtos vendidos por clubes e federações às TVs que, em muitos casos, compram e não transmitem os eventos, só para evitar que os concorrentes o façam.

Há um caso exemplar ocorrido em Pernambuco. Enquanto a Rede Globo transmitia para o Estado jogos de clubes do Rio ou de São Paulo, a TV Universitária local colocava no ar as partidas do campeonato estadual.

Claro que estas despertavam maior interesse, elevando a audiência da emissora. A Globo, sentindo-se incomodada, comprou os direitos de transmissão do campeonato para não transmiti-lo, retirando do torcedor local o direito de ver o seu time jogar.

Quando passamos do regional para o global a disputa fica ainda mais acirrada, como vimos com o recente duelo travado entre Globo e Record em torno dos jogos Panamericanos de Guadalajara.

Salvo em raros momentos, a emissora da família Marinho nunca deixou de ditar a pauta esportiva nacional. Além das transmissões de eventos, seus noticiários foram sempre contaminados por exaustivas coberturas das competições.

Quantas vezes o Jornal Nacional dedicou mais tempo à seleção de futebol ou a uma corrida de carros do que a assuntos de relevante interesse político ou social?

Com a ascensão da Record o quadro mudou. E o Pan do México ficará na história da televisão brasileira como o momento de ruptura do monopólio das transmissões esportivas no país.

Se há o lado positivo da entrada de um novo ator em cena, há a constatação de que o direito de ver segue sendo usurpado do telespectador.

No caso da Globo, seus decantados “princípios editoriais”, segundo os quais “tudo aquilo que for de interesse público, deve ser publicado, analisado, discutido” foram, outra vez, ignorados.

Nos primeiros dias de disputa o Pan não existiu para a Globo e, depois, ficou restrito a míseros segundos no ar. Na concepção da emissora, por serem transmitidos pela concorrente, deixaram de ter “interesse público”.

Por outro lado a Record não fez por menos e de olho na audiência, em muitos momentos, não transmitiu os jogos – e só ela podia fazer isso – para manter no ar sua programação normal.

Frustrou inúmeros telespectadores que num domingo foram em busca do Pan e se viram diante do Gugu.

A aplicação das leis de mercado, sem controle, ao mundo da TV é a causa desse desconforto. Não há como mudar a situação sem a inteferência do Estado, colocando algumas regras para proteger o telespectador.

No caso específico do futebol, o governo argentino resolveu o problema comprando os direitos de transmissão dos jogos do campeonato nacional, passando a transmiti-los em sinal aberto pelo Canal 7, a emissora pública do país. Não é uma boa ideia para começar?

*Laurindo Lalo Leal Filho, sociólogo e jornalista,
é professor de Jornalismo da ECA-USP.
Twitter: @lalolealfilho.
Fonte: Blog Luis Nassif

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

PIG - Mais uma do grupo Globo

Para quem "ainda" não sabe o portal G1 pertence ao grupo Globo.

Agora veja como ela trata um blecaute em dois momentos e tire suas conclusões... vai! você consegue...


1 - O blecaute no Nordeste

Clique na imagem para ampliar



2 - O blecaute em São Paulo

Clique na imagem para ampliar

Está aí a Globo velha de guerra, sempre armando das suas...


Leia mais sobre armações e manipulações:


Fonte: Blog Luis Nassif

sábado, 15 de janeiro de 2011

PIG - Enchentes - Hipocrisia da Globo

Dinheiro das enchentes foi para Fundação Roberto Marinho

Figura: ConversaAfiada, acessada em 15jan2011


A hipocrisia das Organizações Globo na hora da tragédia

Extraído do blog do Nassif
e do Blog do Garotinho, via
ConversaAfiada - PHA

Numa hora dessas o mais importante é a solidariedade. Não é hora de fazer política. Mas também é uma indignidade usar de hipocrisia, como fazem os veículos das Organizações Globo.

Clique na imagem para ampliar
A capa de O Globo mostra a demagogia numa hora dessas. Cobra das autoridades federais verbas para a prevenção de tragédias, para a contenção de encostas. Essa cobrança mereceria os meus aplausos se fosse pra valer.

[Esta cobrança deveria ser feita aos entes Federativos e os seus respectivos órgãos competentes conforme figura ao lado]

Mas não dá pra esconder, que em outubro do ano passado, o governador Sérgio Cabral desviou R$ 24 milhões do FECAM (Fundo Estadual de Conservação do Meio Ambiente), para a contenção de encostas e obras de drenagem e deu para a Fundação Roberto Marinho, conforme poderão relembrar, na reprodução abaixo. Eu fiz [Garotinho] a denúncia no blog, no dia 20 de outubro de 2010 e não saiu uma linha na imprensa.

Clique na figura para ampliar

Então não venham de hipocrisia. Os mesmos veículos das Organizações Globo que estão cobrando investimentos públicos – o que é emergencial, é claro – escondem que a fundação dos seus patrões, a família Marinho pegou R$ 24 milhões, dados por Cabral, que era para terem sido usados na prevenção de enchentes e contenção de encostas. É tudo lastimável.


Fonte: Blog Conversa Afiada de PHA


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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

WikiLeaks - A imprensa que fiscalizava o poder está morta

“A imprensa que fiscalizava o poder está morta.O que resta hoje no lugar daquela imprensa é WikiLeaks”

06/12/2010, Glenn Greenwald,
via blog viomundo

O professor de Jornalismo Jay Rosen tem análise como sempre radical, criativa e provocadora de WikiLeaks, que expressou num vídeo de 14 minutos (em http://vimeo.com/17393373). Sobre por qual razão fontes valiosas preferem enviar seus documentos e outros vazamentos a WikiLeaks, em vez de enviar à imprensa-empresa tradicional, diz ele:

“No caso dos EUA [no Brasil também, manda quem paga], uma das razões é que a própria legitimidade da imprensa está sob suspeita, aos olhos dos vazadores. E há pelo menos uma boa razão para isso. Porque, enquanto temos o que se apresenta como “imprensa cão de guarda de valores democráticos”, temos aí – à nossa frente, para quem queira ver – o claro fracasso daquela imprensa, que evidentemente não faz o que diz que faz, que seria fiscalizar o poder; a imprensa que conhecemos não faz outra coisa além de tentar ocultar os compromissos e os objetivos do poder.

Por isso, acho que é erro desqualificar o que WikiLeaks faz sem, simultaneamente, incluir no quadro os espetaculares fracassos da imprensa que conhecemos nos últimos 10, 20, 30, 40 anos – mas sobretudo nos anos recentes. Sem a crise de legitimidade que atinge o jornalismo-empresa nos EUA, os vazadores não tenderiam a confiar tanto numa ‘estrela’ global como Julian Assange e numa organização sombria como WikiLeaks…

Eventos amplíssimos, cataclísmicos (como a guerra do Iraque) considerados dentro do regime de legitimidade, estão por trás do caso de WikiLeaks, porque, não fosse por aqueles eventos, os vazadores não teriam o apoio que têm, não teriam operado de modo solidário como operaram, nem teriam a força moral que mobilizaram para expor o que o governo Obama está de fato fazendo. A imprensa que fiscalizava o poder está morta. O que resta hoje no lugar daquela imprensa é WikiLeaks”.


Fonte: Blog Viomundo - Luiz Carlos Azenha


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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Como o Wikileaks chegou ao Brasil

Do blog Conversa Afiada
Paulo Henrique Amorim

O Conversa Afiada reproduz o texto da jornalista Natália Viana, responsável pela introdução da “transparência radical” no Brasil.

Note-se que o noticiário da Folha (*) de hoje tentou inutilmente preservar a escandalosa responsabilidade do ministro Serrista Nelson Johnbim, clique aqui para ler “Escândalo ! Ministro da Defesa (dos Estados Unidos) ataca política externa brasileira”.
Conversa Afiada - PHA

Por dentro do Wikileaks: a democracia passa pela transparência radical

Natália Viana

Fui convidada por Julian Assange e sua equipe para trazer ao público brasileiro os documentos que interessam ao nosso país. Para esse fim, o Wikileaks decidiu elaborar conteúdo próprio também em português. Todos os dias haverá no site matérias fresquinhas sobre os documentos da embaixada e consulados norte-americanos no Brasil.

Por trás dessa nova experiência está a vontade de democratizar ainda mais o acesso à informação. O Wikileaks quer ter um canal direto de comunicação com os internautas brasileiros, um dos maiores grupos do mundo, e com os ativistas no Brasil que lutam pela liberdade de imprensa e de informação. Nada mais apropriado para um ano em que a liberdade de informação dominou boa parte da pauta da campanha eleitoral.

Buscando jornalistas independentes, Assange busca furar o cerco de imprensa internacional e da maneira como ela acabada dominando a interpretação que o público vai dar aos documentos. Por isso, além dos cinco grandes jornais estrangeiros, somou-se ao projeto um grupo de jornalistas independentes. Numa próxima etapa, o Wikileaks vai começar a distribuir os documentos para veículos de imprensa e mídia nas mais diversas partes do mundo.

Assange e seu grupo perceberam que a maneira concentrada como as notícias são geradas – no nosso caso, a maior parte das vezes, apenas traduzindo o que as grandes agências escrevem – leva um determinado ângulo a ser reproduzido ao infinito. Não é assim que esses documentos merecem ser tratados: “São a coisa mais importante que eu já vi”, disse ele.

Não foi fácil. O Wikileaks já é conhecido por misturar técnicas de hackers para manter o anonimato das fontes, preservar a segurança das informações e se defender dos inevitáveis ataques virtuais de agências de segurança do mundo todo.

Assange e sua equipe precisam usar mensagens criptografadas e fazer ligações redirecionados para diferentes países que evitam o rastreamento. Os documentos são tão preciosos que qualquer um que tem acesso a eles tem de passar por um rígido controle de segurança. Além disso, Assange está sendo investigado por dois governos e tem um mandado de segurança internacional contra si por crimes sexuais na Suécia. Isso significou que Assange e sua equipe precisam ficar isolados enquanto lidam com o material. Uma verdadeira operação secreta.


Documentos sobre Brasil

No caso brasileiro, os documentos são riquíssimos. São 2.855 no total, sendo 1.947 da embaixada em Brasília, 12 do Consulado em Recife, 119 no Rio de Janeiro e 777 em São Paulo.

Nas próximas semanas, eles vão mostrar ao público brasileiro histórias pouco conhecidas de negociações do governo por debaixo do pano, informantes que costumam visitar a embaixada norte-americana, propostas de acordo contra vizinhos, o trabalho de lobby na venda dos caças para a Força Aérea Brasileira e de empresas de segurança e petróleo.

O Wikileaks vai publicar muitas dessas histórias a partir do seu próprio julgamento editorial. Também vai se aliar a veículos nacionais para conseguir seu objetivo – espalhar ao máximo essa informação. Assim, o público brasileiro vai ter uma oportunidade única: vai poder ver ao mesmo tempo como a mesma história exclusiva é relatada por um grande jornal e pelo Wikileaks. Além disso, todos os dias os documentos serão liberados no site do Wikileaks. Isso significa que todos os outros veículos e os próprios internautas, bloggers, jornalistas independentes vão poder fazer suas próprias reportagens. Democracia radical – também no jornalismo.

Impressões

A reação desesperada da Casa Branca ao vazamento mostra que os Estados Unidos erraram na sua política mundial – e sabem disso. Hillary Clinton ligou pessoalmente para diversos governos, inclusive o chinês, para pedir desculpas antecipadamente pelo que viria. Para muitos, não explicou direto do que se tratava, para outros narrou as histórias mais cabeludas que podiam constar nos 251 mil telegramas de embaixadas.

Ainda assim, não conseguiu frear o impacto do vazamento. O conteúdo dos telegramas é tão importante que nem o gerenciamento de crise de Washington nem a condenação do lançamento por regimes em todo o mundo – da Austrália ao Irã – vai conseguir reduzir o choque.

Como disse um internauta, Wikileaks é o que acontece quando a superpotência mundial é obrigada a passar por uma revista completa dessas de aeroporto. O que mais surpreende é que se trata de material de rotina, corriqueiro, do leva-e-traz da diplomacia dos EUA. Como diz Assange, eles mostram “como o mundo funciona”.

O Wikileaks tem causado tanto furor porque defende uma ideia simples: toda informação relevante deve ser distribuída. Talvez por isso os governos e poderes atuais não saibam direito como lidar com ele. Assange já foi taxado de espião, terrorista, criminoso. Outro dia, foi chamado até de pedófilo.

Wikileaks e o grupo e colaboradores que se reuniu para essa empreitada acreditam que injustiça em qualquer lugar é injustiça em todo lugar. E que, com a ajuda da internet, é possível levar a democracia a um patamar nunca imaginado, em que todo e qualquer poder tem de estar preparado para prestar contas sobre seus atos.

O que Assange traz de novo é a defesa radical da transparência. O raciocínio do grupo de jornalistas investigativos que se reúne em torno do projeto é que, se algum governo ou poder fez algo de que deveria se envergonhar, então o público deve saber. Não cabe aos governos, às assessorias de imprensa ou aos jornalistas esconder essa ou aquela informação por considerar que ela “pode gerar insegurança” ou “atrapalhar o andamento das coisas”. A imprensa simplesmente não tem esse direito.

É por isso que, enquanto o Wikileaks é chamado de “irresponsável”, “ativista”, “antiamericano” e Assange é perseguido, os cinco principais jornais do mundo que se associaram ao lançamento do Cablegate continuam sendo vistos como exemplos de bom jornalismo – objetivo, equilibrado, responsável e imparcial.

Uma ironia e tanto.

*Natália Viana é jornalista e
colaboradora do Opera Mundi


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
PHA




Fonte: Blog Conversa Afiada - PHA


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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O Apoio dos Professores ao Ministro Fernando Haddad - MEC

Abaixo-assinado de professores em apoio ao ministro Fernando Haddad
Nota de apoio ao Ministro da Educação Fernando Haddad

Há, com certeza, muito a ser feito para superar os efeitos de uma desatenção histórica, por parte das elites brasileiras, ao campo da educação no país. Não obstante, entre os esforços sérios e consistentes para alterar tal quadro, com justiça, deve figurar o papel desempenhado nos últimos anos pelo ministro Fernando Haddad. Sob sua gestão, o Ministério da Educação desenvolveu importantes iniciativas para a qualificação dos professores da rede de ensino fundamental, através do envolvimento da Capes, e reverteu o processo de redução do papel da universidade pública e federal no conjunto do ensino superior brasileiro.

Um passo significativo, no sentido da modernização e da democratização, foi materializado por meio da implantação de um sistema de avaliação de estudantes egressos do ensino médio. Tal sistema, organizado em escala nacional, mais do que avaliar a qualidade da formação dos estudantes, consolidou-se como modalidade de acesso à universidade pública. O experimento, pela sua magnitude e complexidade, deve retirar de suas eventuais falhas motivos para aperfeiçoamento. Essa é a direção responsável para a aplicação de políticas públicas com largo impacto social.

O sistema materializado no ENEM constitui um avanço na avaliação dos estudantes e na forma de seu acesso á universidade. Constitui-se, assim, como um patrimônio a ser preservado e aperfeiçoado. Deve ser, portanto, defendido da crítica oportunista e destrutiva dos que gostariam que a universidade pública no país seguisse o destino que a ela foi imposto no passado.

Os signatários do presente texto afirmam sua confiança na capacidade de gestão do ministro Fernando Haddad e, dessa forma, vêm de público a ele prestar a sua solidariedade.



Fonte: Blog Viomundo - Luiz Carlos Azenha



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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Escola do MST recebe melhor nota do Enem


(...)
Com sua cobertura enviesada e manipuladora, a mídia omite fatos curiosos do Enem. Um deles, que ela nunca divulgaria, é que a Escola Semente da Conquista, localizada no assentamento 25 de Maio, em Santa Catarina, foi o destaque do Exame Nacional em 2009, conforme noticiado na página oficial do Enem. Ela ocupou a primeira posição no município, com nota de 505,69.


Semente da Conquista

Nesta escola estudam 112 filhos de assentados, de 14 a 21 anos. Ela é dirigida por militantes do MST e os professores foram indicados pelos próprios assentados do município de Abelardo Luz, cidade com o maior número de famílias assentadas no estado. São 1.418 famílias, morando em 23 assentamentos. A primeira colocação no Enem foi comemorada pelas famílias de sem-terra.

A mídia, porém, nada falou sobre esta vitória. Segundo o sítio do MST, "essa conquista, histórica para uma instituição de ensino do campo, ficou fora da atenção da mídia, como também é pouco reconhecida pelas autoridades políticas de nosso estado. A engrenagem ideológica sustentada pela mídia e pelas elites rejeita todas as formas de protagonismo popular, especialmente quando esses sujeitos demonstram, na prática, que é possível outro modelo de educação".

"A Escola Semente da Conquista é sinal de luta contra o sistema que nada faz contra os índices de analfabetismo e êxodo rural. Vale destacar que vivemos numa sociedade em que as melhores bibliotecas, cinemas, teatros são para uma pequena elite... Mesmo com todas as dificuldades, a escola foi destaque entre as escolas do município. Este fato não é apenas mérito dos educandos, mas sim da proposta pedagógica do MST, que tem na sua essência a formação de novos homens e mulheres, sujeitos do seu processo histórico em construção e em constante aprendizado". 



Vídeo assustador: Globo de SC tem ódio de pobre


por Conceição Lemes
via blog viomundo

Em São Paulo, há muitos anos existe o rodízio de circulação de carros, baseado no final das placas.  Para driblá-lo, as famílias mais abastadas logo deram um jeito.  Passaram a ter dois, três, quatro carros na garagem, o que contribuiu, sem dúvida, para o aumento da frota nas ruas. Engraçado. 

Ninguém reclamou.

Porém, bastou o sonho do  veículo próprio (automóvel ou moto)  se tornar realidade para muita gente das camadas populares, para a chiadeira começar. A culpa? Ora, para a elite inconformada com o ascensão social dos pobres, é do presidente Lula, graças às facilidades de crédito.

O comentário  do jornalista Luis Carlos Prates (veja o vídeo abaixo) num dos telejornais da RBS, afiliada de TV Globo em Santa Catarina, é exemplo da intolerância e do  preconceito.  O que será que ele disse quando um “mauricinho”,  filho de um dos diretores da emissora em que trabalha, estuprou uma colega adolescente de Florianópolis (assista aqui)? Será que o abafamento do caso pela polícia e mídia locais também é culpa do Lula?
 

http://www.youtube.com/watch?v=uwh3_tE_VG4


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do Blog Conversa afiada - PHA

Amigo navegante viu, entre os comentários do post “Xenofobia e homofobia: onde isso vai parar?”, referência a esse comentário de um “comentarista” da Globo de Santa Catarina, a RBS, que despeja ódio contra a Classe “C”, que passou a ter carro.

Foi nisso que deu trazer o vaso sanitário para a sala de jantar onde, em Santa Catarina, alguns aparelhos de televisão ainda estão sintonizados na Globo.


O preconceito é a doença infantil do racismo.

Paulo Henrique Amorim


Fontes:


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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Unesco aponta falhas na regulação da mídia brasileira

Se o sistema de comunicação do Brasil passasse por um teste feito pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) é bem provável que seria reprovado. De acordo com os parâmetros da organização mundial, nosso país precisa melhorar em vários aspectos a sua legislação e sua regulação das leis. É o que ficou claro nas exposições de Toby Mendel e Wijayananda Jayaweera, os dois representantes da entidade presentes no Seminário Internacional Convergência de Mídias, que ocorre nesta terça (9) e quarta (10), em Brasília.

Toby Mendel é Consultor Internacional da Unesco e Wijayananda Jayaweera, diretor da Divisão de Desenvolvimento da Comunicação da organização. Com base em pesquisa desenvolvida em diversos países, os dois expuseram alguns indicadores desenvolvidos pelo órgão. O Brasil não cumpre na totalidade nenhum deles.



O modelo adotado no país de regulação da mídia foi alvo de várias críticas dos palestrantes. Diferente do que ocorre no país, a Unesco acredita que a concessão e renovação de outorgas deveria ser feita por um órgão regulador independente, como ocorre em Portugal. Por aqui, ele passa pelo governo Federal e pelo Congresso. “O sistema de licenças no país não atende os requisitos de independência”, disse Toby Mendel.

Além de achar o nosso sistema complexo, Toby também afirmou que ele é lento e pouco transparente. Ele lembrou que o momento de renovação de uma outorga (que dura 10 anos para rádios e 15 para televisões) deveria ser propício para que se avaliasse o serviço prestado pela emissora concessionária. No Brasil, a legislação praticamente faz com que as renovações sejam automáticas. Ela exige que para que uma outorga não seja renovada dois quintos do Congresso se manifeste contrário - e em votação nominal. Nem sequer audiências públicas ocorrem quando uma emissora tem sua outorga vencida.

A regulação de conteúdo – tão atacada pelas entidades midiáticas patronais no Brasil - também foi defendida pelos membros da Unesco, devido o impacto que os meios de comunicação têm na vida das pessoas. Essa regulação deve ser ainda mais forte, segundo Mendel, na proteção de grupos vulneráveis, como as crianças. Em caso de reclamações dos usuários sobre algum conteúdo, também é importante que exista um local para onde sejam encaminhadas reclamações. Esse mesmo organismo aplicaria sanções aos que cometerem abusos. [Aproveite e assista abaixo o vídeo do manifesto contra publicidade infantil]

http://www.youtube.com/watch?v=-d9LBho_s0E



Apesar de defender uma regulação externa, Toby Mendel também acredita ser positivo que as próprias emissoras criem seus códigos de conduta. “A autorregulamentação é uma alternativa que poderia ser adotada no país”, opinou. No entanto, ele fez uma ressalva de que esse sistema deve funcionar para qualificar os conteúdos e não para regular questões como a propriedade dos veículos.

O consultor da Unesco também teceu comentários sobre os sistemas público e comunitários de comunicação no país. Mendel qualificou o primeiro de pequeno, com financiamento limitado e não totalmente independente. Sobre as mídias comunitárias, Mendel avalia que elas ainda têm poucas frequências no país e sofrem de lentidão em seus processos de outorga.

Assim como várias entidades que atuam nessa área, o consultor acredita que o marco legal precisa rever a forma de financiamento dessas emissoras. Ele defendeu que os veículos comunitários, por exemplo, recebam algum tipo de publicidade, nem que seja restrita à localidade onde atuam.

Mesmo com todas as críticas, o consultor da Unesco afirmou que também há aspectos positivos no sistema de mídia brasileiro. Ele elogiou a programação dos meios de comunicação nacionais, o modelo de rede adotado pela radiodifusão (fortalece a identidade nacional) e a vontade que existe entre os setores da sociedade em discutir o assunto. 



A mídia contra o ENEM, via Paulo Henrique Amorim

Imagem:Blog Viomundo - Luiz Carlos Azenha

Desde domingo só ouço o tal "fracasso do ENEM"... passei segunda-feira só ouvindo sobre o tal "fracasso do ENEM"... então resolvi pesquisar sobre o tal "fracasso do ENEM" em solidariedade a vários parentes que fizeram as provas...
O que descobri é um absurdo... é um show midiático na tentativa de anular o ENEM deste ano sob o pretexto de estar cheio de erros e o pior, é que acabou por convencer até mesmo a OAB, e uma juíza federal do Ceará que quer cancelar o ENEM e obrigar que se aplique outra prova...
 Faço aqui apenas uma observação... Participei de vários vestibulares, seja como vestibulando ou como fiscal, e em todas houveram problemas deste tipo, mas nenhuma delas foi cancelada. No máximo houveram cancelamentos de questões que apresentaram problemas, seja por erro de grafia ou de gramática, por ter mais de uma resposta dentre outros problemas como prisão de pessoas que tentaram fraudar, ou que estavam fraudando.
De todas as leituras e vídeos que li e vi, fico com o divertidíssimo e irônico Paulo Henrique Amorim e que cito dois textos dele abaixo.
Só com as ironias dele para suportar o constante jogo sujo da mídia... 
Junto com os textos de PHA, vai também um vídeo com a entrevista do Ministro da Educação Fernando Haddad tratando do assunto. As perguntas dos "globais repórteres", como sempre, foram na tentativa de desqualificar o ENEM, mas foram nocauteados, educadamente "diga-se de passagem", pelo Ministro em cada uma delas.

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Do Conversa Afiada - PHA

Haddad: ENEM não será cancelado!


PiG (*) tenta o Golpe de Estado da Educação.

O PiG (*) está em pânico diante da bem sucedida batalha de que o Ministro Fernando Haddad desfechou para derrubar a senzala.

Numa serena entrevista coletiva Haddad anunciou que confia 100% na qualidade técnica do exame e que não há a menor possibilidade de cancelá-lo.

As provas foram 99,7% corretas num universo impressionante de 4,6 milhões de alunos que pretendem entrar em universidades públicas.

Em grande parte, pobres, nordestinos e negros.

Que horror !

Haddad explicou na entrevista que a gráfica assumiu a responsabilidade e refará o trabalho sem cobrar nada do Governo.[fica claro aqui que, assim como no ano passado, a falha, de novo, veio de uma gráfica... diga-se de passagem, da iniciativa privada como no ano passado, só que a desse ano foi de uma multinacional, a do ano passado foi a Plural, gráfica pertencente à Folha de SP]

Haddad disse que, até o momento, o número de prejudicados inicialmente previstos – 1.800 [0.3% do universo de 4,6 milhões]– deve ser até menor.

Um repórter mencionou que se dizia que a culpa era de um funcionário do Inep.

Haddad lembrou que no ENEM de 2009 o PiG (*) também disse que a culpa também era de um funcionário do Inep.

Depois, a investigação da Polícia Federal revelou que o vazamento tinha ocorrido dentro da gráfica da Folha de São Paulo.

Deve ser por isso que o UOL e a Folha odeiam tanto o ENEM.

Assista o vídeo da entrevista do Ministro Haddad clicando aqui ou assitindo abaixo via Youtube



A Casa Grande sente o rufar dos tambores que vem da senzala.

Viva o Brasil !

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Do Conversa Afiada - PHA


O Estadão de hoje dedica a capa e duas páginas – A15 e A16 a desmoralizar o ENEM.

Uma desmoralização arrasadora.

É porque 0,04% dos alunos VOLUNTARIAMENTE inscritos na prova talvez venham a refazê-la, por causa de uma troca do cabeçalho de alguns cartões de resposta.

0,04% !

Que horror!

Foram 4,6 milhões estudantes inscritos e talvez 2 mil tenham a possibilidade de refazer a prova.

Ontem, o UOL e a Folhaonline bradaram o dia inteiro contra a “inépcia” do ENEM.

A Folha (**), se entende.

Ano passado, as provas vazaram da gráfica da Folha, que foi devidamente afastada da concorrência deste ano.

O Estadão se acha na obrigação, todo ano, de desmoralizar o ENEM.

Como fez no ano passado, com a divulgação do vazamento.

Por que o Estadão, a Folha (**) e o Serra são contra o ENEM ?

Ano passado, com o vazamento na gráfica da Folha, o Serra, célere, tirou as universidades de São Paulo do ENEM – para acentuar o “fracasso” do Governo Lula.

Qual é o problema deles com o ENEM ?

O Governo Fernando Henrique instituiu o ENEM para copiar o SAT americano: o vestibular único em todo o país, para facilitar o acesso às universidades federais e o deslocamento de estudantes pelo país afora.

O que tem a vantagem de baratear dramaticamente o sistema.

Antes – como em São Paulo, hoje – cada “coronel” faz o seu vestibular e estimula a iniciativa privada – com os serviços do vestibular e os cursinhos o Di Gênio.

De Fernando Henrique para cá, o ENEM cresceu 30 vezes !

30 vezes, amigo navegante.

Saiu de 157 mil inscritos em 98 para 4,6 milhões de hoje.

É sempre assim.

O Bolsa Família da D. Ruth atendia "quatro famílias".

O do Lula, que virou “Bolsa Esmola”, segundo Mônica Serra, a grande estadista chileno-paulista, atende 40 milhões.

O que é o ENEM ?

É o passaporte do pobre à universidade pública.

É por isso que a Folha, o Estado e o Serra odeiam o ENNEM.

Porque esse negócio de pobre estudar é um problema.

Fica com mania de grandeza, de autonomia.

Pensa que pode mandar no seu destino.

E não acredita mais na fita adesiva do “perito” Molina.

Isso é um perigo.

Pobre é para ficar na senzala.

50 universidades públicas federais aderiram ao ENEM.

Isso significa que 47 mil vagas em universidades federais dependem do resultado do ENEM.

Em 2004, um milhão de estudantes se inscreveu no ENEM.

Aí, o Lula e o Ministro Haddad resolveram estabelecer o ENEM como critério para entrar no ProUni (para a elite branca – e separatista, no caso de São Paulo – não dizer que o ProUni é a “faculdade de pobre burro”).

Sabe o que aconteceu, amigo navegante ?

O ENEM passou de um ano para o outro de um milhão para 2,9 milhões de inscritos.

Quanto pobre !

[Formatura da primeira turma de medicina dos alunos do PROUNI]




Para o ano que vem, o ministro Haddad estabeleceu que o ENEM também será critério para receber financiamento do FIES.

Vai ser outro horror !

Mais pobre inscrito no ENEM para pagar a faculdade com financiamento público.

Um horror !

Tudo público.

ENEM, faculdade, financiamento …

“Público” quer dizer “de todos”.

Amigo navegante, sabe qual foi o contingente nacional que mais cresceu entre os inscritos no ENEM ?

Agora é que a elite branca – e separatista, no caso de São Paulo – vai se estrebuchar.

Foi o Nordeste !

Que horror !

Já imaginou, amigo navegante ?

Nordestino pobre com diploma de engenheiro ?

Nordestina pobre com diploma de médica ?

Vai faltar pedreiro.

Empregada doméstica.

Aí é que a elite branca – e separatista, no caso de São Paulo – vai se estrebuchar mesmo.


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.


Fontes do post:

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Como vai ficar o SBT? Governo Federal socorre o Banco de Silvio Santos

Engraçado, passou os oito anos do Governo Lula tentando o golpe não só contra o governo, mas também, contra o Estado dizendo que este não deveria intervir na economia... agora não faz nenhuma objeção em receber 2 Bilhões do Estado Brasileiro via o governo Lula...

Banco de Silvio pede socorro. Como fica o SBT ?
 
Conversa Afiada - PHA
 
Saiu no Estadão Online:

Silvio Santos levanta empréstimo de 2,5 bilhões de reais do Banco Central para salvar o seu Banco Panamericano.

É uma operação de emergência para cobrir o buraco de empréstimos fictícios.

Ou seja, o Banco do Silvio fraudava o balanço.

O empréstimo de emergência de um fundo especial do Banco Central é de 2,5 bilhões de reais, uma quantia que provavelmente ultrapassa, de longe, a capacidade de endividamento de uma empresa como o SBT, em terceiro lugar no mercado de televisão e dirigida por um empresário de 80 anos.

Quem vai comprar o Banco ?

A Caixa pagou recentemente 700 milhões de reais para ter 49% do Panamericano.

Ela se interessaria em assumir o controle total ?

Ou será que o grupo português do Banco Espírito Santo, aqui no Brasil representado pela empresa Ongoing, se interessaria pelo negócio ?

A Ongoing já comprou no Rio o jornal O Dia e abriu o concorrente do Valor, o Brasil Econômico.

Para desespero da Globo.

E o SBT ?

Interessa também à Ongoing ?

Ontem, este ordinário blogueiro ouviu que Eike Batista está interessado no SBT.

E no Panamericano, Eike também estaria interessado ?

A indústria da televisão começa a se mexer.


Paulo Henrique Amorim

Fonte: Conversa Afiada - Paulo Henrique Amorim


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Ficaram tentando derrubar a concorrência na TV aberta e nos blogs e esqueceram das Teles

Saiu no Blog Conversa Afiada de Paulo Henrique Amorim


O Conversa Afiada reproduz comentários do amigo navegante Tricolor das Laranjeiras


TRICOLOR DAS LARANJEIRAS disse:

PHA,

O senador biônico vitalício da Globo Evandro Guimarães (EG) não tem mais prestígio, seus senadores suplentes – Artur Vírgilo, Heráclito Fortes, Marco Maciel e Tasso Jereisatti – foram banidos do Senado. Outros aliados como Flexa de Lima, Collor e Álvaro Dias preferem atender a um pedido do Demo a encarar o EG. O concessionário Globo de plantão ACM Jr dará lugar ao combativo companheiro Walter Pinheiro que definitivamente não divide seu pão com a Globo.

Evandro já arrumou um clone para substituí-lo no Senado. O caudilho metido a promotor dos pampas, Tonet da RBS.

A Globo vai aceitar a regulação [dessa parte eu discordo, vai combater como sempre fez ao longo da história e a ABERT estará junto, é só ler aqui e aqui também]. Franklin pisou no calo e acertou no alvo quando disse que as teles irão engolir a radiodifusão.
[Aproveite e veja uma enquete sobre quem mais saiu perdendo nestas eleições, clique aqui]

A coisa está tão feia que mapeamento mostra que entre os parlamentares reeleitos e novos a bancada das teles conta com 115 parlamentares e a radiodifusão global terá 21 simpatizantes. Record e Band que jogam no time da Dilma elegeram – sem a turma do Garotinho – 46 [mas na hora do "vamo vê" eles correm para o lado da Globo, sempre foi assim].

A Oi negocia transmissão por demanda da Copa de 2014. A Record levou as Olimpíadas de 12. Os jornais cada vez vendem menos e tem dada para acabar, 2030. Viva a maravilhosa globosfera!

Fonte: Conversa Afiada - Paulo Henrique Amorim

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