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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Projeto Aquarius - A tentativa de criar a plataforma de dados abertos

Do Estadão
via, blog Luis Nassif
Mercadante, ministro da Ciência e Tecnologia, se reúne com hackers em São Paulo para definir padrões para o projeto Aquarius
SÃO PAULO – “Isso aqui está parecendo mais o Penha-Lapa”, disse o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Aloízio Mercadante, ao buscar um lugar para se sentar. A sala estava tomada por programadores, hackers, ativistas e jornalistas na Casa de Cultura Digital, espaço que abriga várias empresas de tecnologia em São Paulo.
O ministro esteve lá na tarde desta segunda-feira, 5, para apresentar aos hackers o Projeto Aquarius, uma plataforma de dados abertos do ministério. A ideia do projeto é criar um espaço para abrigar desde dados administrativos – como gastos das instituições – até detalhes sobre a concessão de bolsas.
O plano do MCTI é criar uma pataforma em software livre que possa ser readapatada e utilizada em outras instâncias do governo, e até mesmo por governos de outros países.
Há poucas definições sobre como exatamente será o projeto. Foi por isso que o ministro, cumprindo a promessa de”ouvir os hackers”, organizou um encontro com os ativistas que trabalham criando software e aplicativos sobre os dados do governo. “Nós queremos contornar a visão preconceituosa que tenta criminalizar quem tem essa visão libertária”, disse ele sobre os hackers. “O Brasil precisa reconhecer que parte do conhecimento não está nas empresas, e nem sempre nas universidades. Está numa comunidade que se relaciona na rede”. E completou afirmando que “o movimento hacker foi o que deu a alma para a internet”.
Passada meia hora de reunião, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) apareceu para assistir a apresentação. Ele se acomodou em uma almofada no chão até que lhe fosse cedida uma cadeira.
O projeto Aquarius terá integração com outros sistemas, como o IBGE e o Finep, e possibilitará uma “melhor fiscalização das despesas”. Os hackers colaborarão não só com a utilização dos dados para criação de apps, mas também com a própria plataforma.
“Haverá abertura total para a colaboração de vocês”, afirmou Paulo Henrique Santana, responsável por criar a plataforma Lattes em 1998 e hoje responsável pelo projeto. O Ministério ainda não sabe qual será o padrão de abertura, mas “haverá abertura total para a colaboração de vocês”.
A plataforma, porém, não é 100% livre – há alguns pontos em que foi preciso utilizar softwares proprietários, o que provocou preocupação entre os presentes. Pedro Markun, criador da comunidade Transparência Hacker, sugeriu que o governo disponibilizasse o código-fonte para que a comunidade encontre o que é proprietário e trabalhe com alternativas. O sociólogo e ativista Sérgio Amadeu sugeriu a abertura de editais para a conversão desses softwares.
Os programadores também sugeriram que o governo adotasse a linguagem de programação Python, mais aberta, em lugar da Java. O Ministério, porém, disse que isso não é mais possível. “Sempre que se começa com software proprietário, é difícil conseguir migrar depois”, disse o programador Diego Rabatone, criticando a restrição.
Mercadante garantiu que o governo se esforçará para adotar o software livre na plataforma. Segundo ele, os primeiros dados serão disponibilizados no final deste ano. E a conversa, prometeu, deve continuar na lista que reúne os hackers.
“Vamos ter que modernizaer as instituições, a administração pública se sente insergura com isso, há um risco no processo político, mas esse é um caminho sem volta”, disse o ministro.

Fonte: Blog Luis Nassif

quarta-feira, 20 de julho de 2011

O mapa dos cabos submarinos utilizados nas Telecomunicações

O programador Greg Mahlknecht desenvolveu um mapa gratuito (www.cablemap.info/) que mostra praticamente todos os cabos de telecomunicações submarinos usados como base para o transporte de informações através da internet. O projeto, que levou vários meses até ser concluído, pode ser visto de maneira gratuita por qualquer usuário.

Mapa Mundi - Cabos Submarinos de Telecomunicações
Mahlknecht espera contar com a ajuda de usuários para eventuais correções e como forma de obter informações adicionais para os mapas. A esperança é que o projeto chegue ao ponto de se tornar mais completo que aquele disponibilizado pela Telegeography, que cobra US$ 250 de todos aqueles que desejam obter o mapa completo dos cabos submarinos que percorrem a Terra.

O novo mapa mostra com bastantes detalhes a grande quantidade de cabos que em breve devem trazer uma maior oferta de internet para o continente africano. Quanto maior a espessura do traçado feito, mais informações são transmitidas pela conexão representada.

Dados totalmente gratuitos O ponto de partida do projeto foram informações sobre cabos submarinos disponibilizadas na Wikipedia. A partir disso, Mahlknecht começou a acessar os sites das companhias responsáveis e a realizar buscas no Google para conferir as informações disponíveis e complementar os dados obtidos.

Todos os dados disponíveis no mapa estão disponíveis sob a General Public Licence (GPL), mesma licença usada por diversos governos e softwares opensource. Por enquanto, os dados só podem ser acessados através do site, situação que Mahlknecht espera corrigir em breve. Segundo ele, assim que os bugs do endereço forem corrigidos, o mapa será disponibilizado para download de forma totalmente gratuita.

Fonte: Portal Terra Tecnologia

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O Piraí Digital - Como se mudou a História de uma cidade via novas tecnologias

Planejamento e internet mudam história de cidade

Por Lilian Milena
via blog do Luis Nassif

Piraí, município localizado ao sul do estado do Rio de Janeiro, com pouco mais de 25 mil habitantes, vem chamando atenção pelo bom desempenho educacional e social atingidos nos últimos anos, tudo graças a um programa de desenvolvimento voltado para atração de empresas e universalização da internet, iniciado no final da década de 1990.
Em 1997, o desemprego em massa obrigou a cidade a desenvolver às pressas um plano de desenvolvimento local. O atual secretário de Planejamento, Ciência e Tecnologia, do município, Fábio Marcelo Silva, conta que as demissões foram causadas pelo processo de privatização da Companhia de Energia Elétrica do Rio de Janeiro, Light, que empregava, então, cerca de 1,5 mil das 22 mil pessoas que moravam na cidade.

No mesmo ano, o programa de desenvolvimento começou a ser estruturado. A proposta se baseou na construção de condomínios industriais atraindo empreendimentos com incentivos fiscais. “O objetivo era trazer empresas e suprir o déficit gerado de desemprego, e melhorar a renda da população, já que as demissões tiveram o efeito cascata no comércio local muito grande, uma vez que essas pessoas [desempregadas] tinham um salário razoável e consumiam em Piraí”, explica Silva.

Desde então, cerca de 20 empresas se instalaram no município. Em 2001, graças ao sucesso do plano de desenvolvimento, Piraí recebeu o Prêmio de Gestão Pública de Cidadania, concedido pela Fundação Ford, Fundação Getúlio Vargas (FGV) e BNDES.

Até chegar à internet grátis

A partir desse reconhecimento, os governantes de Piraí tiveram uma nova ideia para manter o interessa das empresas que já tinha atraído para a região: tornar o acesso à internet barato na região. “Não tínhamos acesso à internet, principalmente em banda larga. E isso é uma demanda de qualquer indústria. O Piraí Digital começou a ser pensando nesse seguimento”, lembra o secretário.

Foto: educacaopolitica.com.br,14jan2011
A rede de Internet gratuita de Piraí
O município realizou parcerias com a iniciativa privada que contribuiu para a construção do primeiro projeto. Silva conta que mais de 20 empresas ajudaram no plano. “A implantação do nosso primeiro desenho custou R$ 200 mil. É um sistema hibrido onde usamos tecnologia wirellss [de ondas de radio para propagação de sinal da internet] e também a cabo”.

Em 2004, foi inaugurada a primeira fase do projeto, com internet grátis disponível em escolas, prédios públicos, postos de saúde e telecentros, para acesso da população em geral. Silva explica que o objetivo do governo era, num segundo momento, levar o sinal da prefeitura para as residências e empresas há um custo 50% inferior do que os provedores privados cobravam na época, o que não foi feito, porque a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) não concedia licenças para que prefeituras operassem esse tipo de serviço.

Em março de 2007 o Conselho Diretor da Anatel autorizou prefeituras municipais a operarem diretamente serviços de telecomunicação. Para tanto, elas teriam que solicitar, a partir de então, uma licença de Serviço Limitado Privado (SLP), sob condição de não cobrarem pelo serviço prestado. Foi assim que Piraí liberou os serviços à toda população.

Segundo Silva, hoje o município gasta cerca de 75 mil reais ao mês com manutenção do programa e ampliação do sistema hibrido (banda larga e wireless). “Esse custo já faz parte do orçamento municipal”, completa.

Impactos

A cidade de Piraí investe 34% do seu orçamento na educação. Na época em que aguardava licença da Anatel para propagar o sinal de internet a toda população, o município se voltou para as escolas, disponibilizando o acesso a toda sua rede de ensino.

Em 2007, foi uma das quatro cidades escolhidas para o projeto piloto do Ministério da Educação “Um computador por Aluno”(UCA), quando foram cedidos 700 computadores ao colégio Professora Rosa da Conceição Guedes, que duplicou, em apenas dois anos, sua avaliação no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), de 2,2 pontos para 4,8 pontos.

Foto: Jornal o fato, acessada em 14jan2011
Visita do Presidente Lula e o Governador do Rio Sérgio Cabral às escolas que receberam os computadores UCA via MEC.

O sucesso do projeto levou o município a fechar um acordo com o estado do Rio de Janeiro para levar computadores a todos os alunos de toda a rede municipal de ensino.
“O estado investiu R$ 4 milhões para a compra dos laptops, e o município entrou com a contrapartida de R$ 1,2 milhão para estruturar a rede wireless nas escolas e também adquirir notebooks para os professores”, diz Silva.

E em 2009, Piraí se tornou a primeira cidade do mundo onde todos os estudantes trabalham com um micro em sala de aula. Ao todo são 5,5 mil equipamentos entregues, nas 21 escolas municipais, pelo governo do Estado e a pela empresa Intel, a um custo de R$ 700 cada.

Foto: Imprensa.rj.gov.br, acessado em 14jan2011
Ampliação do Projeto Piraí Digital
(clique na figura para ver a foto em tamanho maior)

Em 2004, Piraí foi mais uma vez reconhecida com o Prêmio de Gestão Pública, o mesmo conquistado em 2001, e concedido pelas entidades Fundação Ford, FGV e BNDES. No mesmo ano, receberam o Prêmio Latino Americano de Cidades Digitais, em Bogotá, capital da Colômbia, na categoria cidade de pequeno porte, além de serem formalmente elogiados pela UNESCO pela relevância do projeto Piraí Digital.
Um estudo realizado pela Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro) e que resulta no Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) destaca Piraí no 116º lugar entre os 5.564 municípios brasileiros. O trabalho foi divulgado em 2010, com base em dados do ano de 2007. De acordo com o levantamento, Piraí está entre os 4% dos mais de 5.500 municípios brasileiros que possuem IFDM acima de 0,8 – índice que leva em consideração alto desenvolvimento.
Em 2005, foi a vez de levar o prêmio TOP Seven, Intelligence Community, em Nova York, por serem considerados uma das sete cidades mais inteligentes do mundo. Também, no mesmo ano, receberam o Prêmio CONIP – Congresso Nacional de Informática Pública.

Ouça a entrevista do Secretário de Planejamento de Piraí, Fábio Marcelo Silva, ao Brasilianas.org na íntegra.


Para baixar a íntegra da entrevista concedida pelo secretário de Planejamento, Ciência e Tecnologia, do município, Fábio Marcelo Silva, ao Brasilianas.org, clique aqui. (formato mp3).

Fonte: Blog Luis Nassif

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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

A Educação à Distância no Contexto Digital

8º Fórum Brasilianas.org: educação à distância no contexto digital

Por Bruno de Pierro

O fortalecimento da chamada blogosfera tem desenhado um cenário inédito e ainda experimental, caracterizado pela descentralização dos produtores e emissores de informações. Mas a convergência entre as telecomunicações, informática, audiovisual e redes sociais na web, apesar de intensificada, abre novas possibilidades de criação ainda pouco exploradas no Brasil. O arsenal de ferramentas tecnológicas é vasto, mas limitado, e ainda são muitas as dúvidas com relação ao potencial democrático da internet. A oitava edição do Fórum de Debates Brasilianas.org, realizada ontem (08), em São Paulo, procurou discutir esse contexto que se configura na sociedade brasileira, ainda de maneira embrionária.

Para compreender como que as novas ferramentas da cibercultura interferem nas manifestações sociais e nas vidas das pessoas, tanto política quanto culturalmente, o primeiro painel trouxe a participação da professora Andréa Corrêa Silva, da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.
De acordo com a especialista, a mudança cultural, que acompanha os avanços da web, é representada pelas diversas possibilidades de aplicação, como a criação conjunta, a interação entre usuários e as plataformas de socialização, nas quais o compartilhamento de informações e aplicativos pode se dar pela própria internet.
Silva, que passou ou últimos três anos "vivendo" no mundo virtual para concluir uma pesquisa, destacou o fato das pessoas já não precisarem mais depender do computador pessoal para acessar arquivos, uma vez que há sistemas que permitem acessibilidade de dados de qualquer lugar – num processo de crescente virtualização de aplicativos e softwares. E como esses recursos geralmente estão inseridos em ambientes coletivos, torna-se mais fácil a troca de conhecimentos.

Durante a apresentação, a professora deu exemplos na área da educação à distância para mostrar como os ambientes virtuais podem representar uma revolução marcada, principalmente, pela desestabilização de antigas concepções sobre emissão e recepção de informações – não apenas para o campo da educação, como também para a comunicação.

Silva contou que, em um curso sobre licitação para funcionários públicos, realizado em 1999, cerca de quatro mil alunos se uniram em rede, por meio de fóruns na internet, o que gerou resultado satisfatório. "Vimos a hierarquia ser quebrada. O diretor da empresa falava de igual para igual com os funcionários, e havia uma troca de conhecimentos constante", disse.

Outro exemplo apresentado foi o ushahidi.com, site criado em 2008, no Quênia, para reunir relatos e testemunhos de pessoas sobre incidentes de violência causados após as eleições no início daquele ano. Em um mapa, como o disponibilizado pelo Google, os colaboradores identificavam os pontos críticos de violência, com demarcações na cor vermelha. O Ushahidi já possui 45 mil usuários, e pode ser usado por pessoas do mundo todo, com o objetivo de defender os direitos humanos.

Em relação à educação, a professora da FESPSP destacou o e-learning e o fato do conteúdo ficar dentro de um conteúdo aberto, sem precisar de senha e login ou inscrição. "Pode-se trabalhar com curso aberto, sem precisar de inscrição ou certificado. As pessoas querem aprender, não se dá mais tanto peso para o certificado daquilo que se quer ou não aprender", completou. Foram mencionados também os Open Access Initiative (OAI) e os repositórios institucionais, que visam promover o acesso livre de modo irrestrito a toda literatura científica e acadêmica.

Sobre a regulamentação, a especialista acredita que o Ministério da Educação deva estabelecer parâmetros de avaliação. "Não pode ser só uma fotografia do dia da avaliação, mas um acompanhamento da participação do aluno", disse Silva, que acredita que o MEC deva passar a apoiar o ensino aberto. Um argumento convincente seria o fato de muitas pessoas desejarem entrar numa universidade, mas, por motivos adversos, como distância, locomoção ou idade superior, não poderem ir fisicamente às aulas.

"Dentro do Second Life [rede social que simula, virtual e tridimensionalmente a vida real], há uma ilha onde fazem construção de pontes, pensando na resistência de materiais. Fazem todo o projeto técnico em conjunto entre alunos e professores, o que facilita a troca de conhecimentos", enfatizou a professora. 



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Web deu ao público o controle da informação

A empresária Arianna Huffington, de 60 anos, inicia em 18 de dezembro uma viagem de quatro dias ao Brasil para “aprender sobre sua economia vibrante” e sobre as medidas adotadas pelo País para “reduzir a desigualdade social”. O tema lhe é caro por causa de seu mais recente livro, “Third World America”, em que alerta que a redução da mobilidade social e o declínio da classe média nos EUA vêm dizimando o chamado “sonho americano” e arriscam transformar o país em uma nação do Terceiro Mundo.

A ateniense radicada nos EUA, autora de outros 12 livros – incluindo biografias de Maria Callas e Picasso e obras de autoajuda -, não limitou a discussão da perda de poder dos EUA ao “Third World America”. Ela a expandiu para o fenômeno do jornalismo online Huffington Post, site de notícias e opinião lançado em 2005 e do qual é editora-chefe e cofundadora. No site, conhecido simplesmente como HuffPost, Arianna batizou uma seção com o nome do livro, com a proposta de que os leitores e internautas mapeiem iniciativas sendo empregadas nos EUA para ajudar na recuperação econômica e social do país.

A seção se encaixa na visão de Arianna de que o público não é mais um receptor passivo da informação, um mero espectador. Com a liberdade dada pela internet de poder comentar, interagir, compartilhar e de buscar qualquer conteúdo, as pessoas agora detêm seu controle. “Com o crescimento explosivo da mídia social, nos engajamos com as informações, reagimos a elas e as compartilhamos. Tornou-se algo que compilamos, conectamos e discutimos. Em resumo, as notícias se tornaram sociais”, disse Arianna ao iG.

Essa ideia, somada a 195 empregados, à colaboração voluntária de 6 mil blogueiros – que atraem 4 milhões de comentários por mês – e a um habilidoso uso do SEO (sigla em inglês para “Otimização da Ferramenta de Busca”, que melhora os resultados no Google), transformou o HuffPost em um sucesso do jornalismo online. Atualmente o site só perde em audiência para o do New York Times.

No Brasil, a 28ª mulher mais poderosa do mundo, segundo a revista Forbes, deve se encontrar com a presidenta eleita Dilma Rousseff [a 3ª mulher, leia aqui, e 16ª pessoa mais poderosa do mundo, leia aqui] e com a senadora Marta Suplicy (PT-SP), e participar de um jantar promovido pelo publicitário Nizan Guanaes em São Paulo.

iG: Considerando o sucesso do modelo do HuffPost, qual é o futuro dos jornais tradicionais?

Arianna: Acredito em um futuro jornalístico híbrido em que os jornais tradicionais adotem os melhores elementos do jornalismo online e em que os sites de mídia façam cada vez mais a reportagem investigativa usualmente associada somente às empresas tradicionais. E ao contrário do derrotismo relacionado à mídia como negócio, acredito que vivemos a Era Dourada para aqueles que consomem informação, que podem navegar na internet, usar sistemas de buscas, acessar as melhores histórias de todas as partes do mundo e ser capazes de comentar, interagir e formar comunidades. A Web nos deu o controle sobre a informação que consumimos. E agora o crescimento explosivo da mídia social também está mudando fundamentalmente nosso relacionamento com a notícia. Não é mais algo que aceitamos passivamente. Agora nos engajamos com as informações, reagimos a elas e as compartilhamos. Tornou-se algo que compilamos, conectamos e discutimos. Em resumo, as notícias se tornaram sociais.

[clique aqui para acessar o texto completo]



Fonte: Blog Viomundo - Luiz Carlos Azenha

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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

WikiLeaks: os hackers "compram" a briga

WikiLeaks: os hackers entram na guerra
Enviado por luisnassif,
Um grupo de ativistas auto denominados "Operation Payback" derrubou ontem o site do banco PostFinance em retaliação ao bloqueio da conta que Assange mantinha aí, com cerca de 31.000 euros.
Eles se responsabilizaram pelo feito através de uma conta no twitter, dizendo também que "atirarão em qualquer um que tentar censurar Wikileaks". Na manhã de segunda o site do banco ficou indisponível.
Eles prometeram também atacar outros sites, como do PayPal, que na semana passada deixou de intermediar as doações para Wikileaks. O grupo postou também um video no youtube sobre suas ações e intenções, segue aqui também.

Segue o texto original e completo:


A group of Internet activists calling themselves Operation Payback have taken credit for shutting down the website of a bank that earlier Monday froze funds belonging to WikiLeaks.

Announcing its successful hack on a Twitter account, the group declared, "We will fire at anyone that tries to censor WikiLeaks."

Earlier in the day, Swiss bank PostFinance issued a statement announcing that it had frozen 31,000 euro ($41,000 US) in an account set up as a legal defense fund for WikiLeaks founder Julian Assange.

The bank said it had frozen the account because, in opening it, Assange had claimed residency in Geneva.

"Assange cannot provide proof of residence in Switzerland and thus does not meet the criteria for a customer relationship with PostFinance," the bank said.

As of Monday evening, the PostFinance website was unavailable.

Operation Payback also promised a hack attack on PayPal, the online payment service that last week cut off WikiLeaks, denying the group a major tool for collecting donations from supporters.

With the financial noose tightening around WikiLeaks even as a legal one tightens around its founder's neck, Operation Payback has effectively declared war on the organizations working to hobble WikiLeaks.

"In these modern times, Internet access is fast becoming a basic human right," the group says in a video posted to YouTube. "Just like any other basic human right, we believe it is wrong to infringe upon it."

The video continues: "To move to censor content on the Internet based on your own prejudice is, at best, laughably impossible. The unjust restrictions you impose on us will meet with disaster, and only strengthen our resolve to disobey and rebel against your tyranny."

WikiLeaks has in recent days been under a deluge of cyber-attacks that led to its DNS registration for its .org URL being taken down, but by mid-Monday the site had reappeared onmore than 500 different domains.

News sources in Britain reported late Monday that Assange has arranged to meet with British police on Tuesday, and will likely face a court hearing over an international warrant issued by Sweden in connection with accusations of sexual assault. The criminal probe does not allege non-consensual sex, only that Assange had sex with two women without a condom.

Supporters of the secret-spilling organization argue that the controversies surrounding WikiLeaks -- from the unusual criminal probe against Assange, to banks freezing their funds -- are part of a global campaign to shut down a website that has embarrassed world leaders on numerous occasions.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

WIKILEAKS PUBLICA TELEGRAMAS CONFIDENCIAIS DAS EMBAIXADAS AMERICANAS SOBRE O BRASIL

Press Release - Cablegate: Telegramas das embaixadas

Domingo, 28 de novembro de 2010


WIKILEAKS PUBLICA TELEGRAMAS CONFIDENCIAIS DAS EMBAIXADAS AMERICANAS


A partir do dia 28 de novembro de 2010, o WikiLeaks começou a publicar 251.287 telegramas de embaixadas americanas pelo mundo - o maior vazamento de documentos confidenciais da história.

Para a organização, os documentos vão permitir que pessoas de todo o mundo conheçam a fundo como funcionam as atividades americanas no exterior.

Os telegramas, que cobrem desde 1966 até o final de fevereiro de 2010, contêm informações confidenciais enviadas por 274 embaixadas em diversos países e pelo Departamento de Estado em Washington para essas embaixadas.


Do total, 15.652 são classificados como secretos.

"Os telegramas mostram os EUA espionando seus aliados e a ONU; ignorando a corrupção e abusos de direitos humanos em Estados ‘serviçais’; negociando a portas fechadas com Estados supostamente neutros e fazendo lobby em prol das corporações americanas”, diz o porta-voz da organização, Julian Assange.
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Os Documentos  sobre o Brasil

No caso brasileiro, o WikiLeaks obteve 1.947 documentos enviados pela embaixada em Brasília entre 1989 e 2010. Desses, 54 são classificados como secretos e 409 como confidenciais.

O ano de 2009 foi o recordista em telegramas: foram 348, quase um por dia. Em 2010, foram 59 comunicados de janeiro a fevereiro apenas.

Além deles há 12 do consulado de Recife, 119 do Rio de Janeiro e 778 de São Paulo.

Eles revelam como os diplomatas americanos realmente vêem o Brasil à medida que o país busca reconhecimento internacional – nem sempre com bons olhos – e como a embaixada faz lobby pelos interesses dos EUA, desde petróleo até a venda de equipamentos militares.

Também relatam encontros com autoridades, membros do governo e da oposição, jornalistas e diplomatas de outros países. Revelam como os diplomatas americanos narraram alguns dos acontecimentos políticos e econômicos mais importantes dos últimos sete anos. E como os EUA continuam buscando influenciar a política nacional, mesmo na era Obama, fazendo lobby contra governos vizinhos.

Entre outras coisas, os documentos mostram que os EUA trabalham proximamente com o Brasil em operações de contraterrorismo e que vêem buscando um papel maior em termos de segurança e combate às drogas.

Telegramas enviados pela embaixada dos EUA em Brasília 
Total:
  • 1.947 54 secretos
  • 409 confidenciais
Por ano:
  • 1989 - 1
  • 2002 - 1
  • 2003 - 45
  • 2004 - 196
  • 2005 - 306
  • 2006 - 391
  • 2007 - 321
  • 2008 - 279
  • 2009 - 348
  • 2010 - 59
  • Consulado em Recife - 12
  • Consulado no Rio de Janeiro - 119
  • Consulado de São Paulo - 777
Total do Brasil: 2855

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"A publicação desses documentos revela a contradição entre a persona pública dos EUA e o que a potência faz por debaixo dos panos. E também porvam que, se os cidadãos querem que seus governos hajam de acordo com as suas aspirações, devem exigir explicações sobre o que acontece às escondidas".

"Toda criança americana aprende que George Washington, o primeiro presidente dos EUA, não conseguia mentir. Se as administrações atuais seguissem o mesmo princípio, o vazamento de hoje seria apenas um pequeno vexame" diz Julian Assange. "Em vez disso, os EUA têm alertado governos ao redor do mundo - até mesmo os mais corruptos - sobre a publicação de hoje e se armando para a exposição que fatalmente irão enfrentar."

Diferentemente dos outros lançamentos do WikiLeaks, nas quais uma grande quantidade de documentos foi publicada de uma vez, a organização vai lançar os arquivos das embaixadas ao longo das próximas semanas.

"Os telegramas da embaixada vão ser lançados em etapas. Consideramos que o tema é tão importante e o alcance geográfico tão amplo que se publicássemos tudo de uma vez não estaríamos fazendo justiça a esse material”.
"Devemos a quem nos confiou material garantir o tempo necessário para que ele seja noticiado, comentado e discutido amplamente - o que seria impossível se centenas de milhares de documentos fossem publicados de uma só vez".

"Enquanto os documentos mostram cinismo e abuso diplomáticos chocantes, o fato desse material ter vazado prova que existem pessoas boas e corajosas dentro do governo que acreditam em transparência e em uma política exterior mais ética”, afirma Julian. “Essas pessoas estão buscando reformar as instituições para as quais trabalham. O lançamento de hoje mostra que elas também têm poder. Mas é a resposta o mundo a esses documentos que vai determinar se a sua publicação levará a uma mudança".

“Assim, nas próximas semanas vamos poder julgar o clima político em dezenas de países através da maneira como eles respondem. Será que vão se empenhar numa campanha para desviar as atenções ou será que vão fazer uma campanha para mudar a maneira como as coisas são feitas?”
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Os telegramas, em números:

No total, são 251.288 documentos, ou 261.276.536 de palavras (sete vezes mais do que nos arquivos secretos sobre o Iraque).

Uma pessoa lendo com atenção levaria 70 anos para ler todos os arquivos.

Os telegramas são de 1966 até o final de fevereiro de 2010 e são provenientes de 274 embaixadas, representações e consulados.

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Os principais assuntos são:

  • Relações internacionais – 145.451
  • Assuntos internos dos governos – 122.896
  • Direitos humanos – 55.211
  • Condições econômicas – 49.044
  • Terroristas e terrorismo – 28.801
  • O Conselho de Segurança da ONU – 6.532
O Iraque é o país mais discutido – 15.365 telegramas (desses, 6.677 foram enviados do Iraque)

A embaixada de Ancara, na Turquia, foi a que mais enviou telegramas – 7.918

8.017 telegramas foram enviados pelo Departamento de Estado.

15.652 telegramas são secretos, 101.748 são confidenciais e 133,887 não são classificados.


Contato (somente para veículos com público superior a 500 mil)



Fonte: WIKILEAKS


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terça-feira, 9 de novembro de 2010

Ficaram tentando derrubar a concorrência na TV aberta e nos blogs e esqueceram das Teles

Saiu no Blog Conversa Afiada de Paulo Henrique Amorim


O Conversa Afiada reproduz comentários do amigo navegante Tricolor das Laranjeiras


TRICOLOR DAS LARANJEIRAS disse:

PHA,

O senador biônico vitalício da Globo Evandro Guimarães (EG) não tem mais prestígio, seus senadores suplentes – Artur Vírgilo, Heráclito Fortes, Marco Maciel e Tasso Jereisatti – foram banidos do Senado. Outros aliados como Flexa de Lima, Collor e Álvaro Dias preferem atender a um pedido do Demo a encarar o EG. O concessionário Globo de plantão ACM Jr dará lugar ao combativo companheiro Walter Pinheiro que definitivamente não divide seu pão com a Globo.

Evandro já arrumou um clone para substituí-lo no Senado. O caudilho metido a promotor dos pampas, Tonet da RBS.

A Globo vai aceitar a regulação [dessa parte eu discordo, vai combater como sempre fez ao longo da história e a ABERT estará junto, é só ler aqui e aqui também]. Franklin pisou no calo e acertou no alvo quando disse que as teles irão engolir a radiodifusão.
[Aproveite e veja uma enquete sobre quem mais saiu perdendo nestas eleições, clique aqui]

A coisa está tão feia que mapeamento mostra que entre os parlamentares reeleitos e novos a bancada das teles conta com 115 parlamentares e a radiodifusão global terá 21 simpatizantes. Record e Band que jogam no time da Dilma elegeram – sem a turma do Garotinho – 46 [mas na hora do "vamo vê" eles correm para o lado da Globo, sempre foi assim].

A Oi negocia transmissão por demanda da Copa de 2014. A Record levou as Olimpíadas de 12. Os jornais cada vez vendem menos e tem dada para acabar, 2030. Viva a maravilhosa globosfera!

Fonte: Conversa Afiada - Paulo Henrique Amorim

Leia também:

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domingo, 7 de novembro de 2010

Paraná sai na frente, novamente, e é exemplo para Plano Nacional de Banda Larga

Quem quiser ter uma ideia do que deve se tornar o Plano Nacional de Banda Larga pode olhar para o Paraná. Lá, a Copel Telecomunicações, empresa criada pela empresa estadual de energia [ambas são empresas sob controle do Governo do Paraná], já começou a vender acesso no atacado a provedores de acesso à internet, em moldes muito semelhantes ao que a Telebrás pretende fazer em âmbito nacional.

O Plano Estadual de Banda Larga do Paraná já prevê, em decreto de agosto deste ano, a venda do Megabit no atacado a R$ 230, mesmo preço pretendido pela Telebrás. Além disso, o mesmo texto estipula preços máximos ao consumidor, ao definir que os provedores deverão disponibilizar no mínimo 15% da capacidade em conexões de 256 kbps por até R$ 15, e outros 15% em velocidades de 512 kbps por R$ 30.

“Começamos em setembro e já temos mais de 50 contratos”, explica o diretor comercial da Copel Telecom, Orlando Cesar de Oliveira, que apresentou os primeiros resultados do projeto no Futurecom 2010. Em média, cada provedor vem adquirindo 50 MB e atende cerca de 1,5 mil pessoas. “A procura é grande, porque saímos de um preço médio de R$ 600 por Megabit, cobrado pelas empresas privadas, para R$ 230”, comemora Oliveira.

A Copel Telecom se vale da rede de fibras ópticas que a estatal de energia começou a erguer há mais de uma década, por meio dos cabos para-raios. Além disso, leva fibras até os clientes, podendo-se dizer que essa infraestrutura vai até a “penúltima milha”. Essa capilaridade já está em 230 dos 399 municípios do estado, com meta de cobertura total em três anos.

Os investimentos na área de telecomunicações começaram ainda em 1998, com a instalação das fibras ópticas na rede de transmissão de energia elétrica. Segundo Oliveira, desde então eles representaram cerca de 10% dos custos da Copel. “O investimento pode ser considerado pequeno, e mesmo assim a Copel Telecom já é mais lucrativa que as outras duas empresas do grupo, a de distribuição e a de geração e transmissão”, diz ele.

Este ano, a Copel Telecom deve atingir receita de R$ 190 milhões, com lucro bruto de 25% e líquido de aproximadamente 15%. A empresa atua também com rede de transporte como IP e atrai contratos com prefeituras, além de ser responsável pela comunicação de dados do governo estadual.

Pioneira, a Copel Telecom pode facilmente ser vista como um projeto piloto do que pretende o Plano Nacional de Banda Larga, seja pelos preços no atacado e no varejo, pelo uso das redes de fibras ópticas do setor elétrico e pelo provimento do serviço de dados à administração pública.
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