quinta-feira, 31 de março de 2011

Os EUA dos tempos modernos - me fez lembrar do Brasil.

Ehhh!!!! A "coisa" tá feia! Muito feia!
Como gostamos de copiá-los... sabem o que nos espera, né!

A última coluna de Bob Herbert no "New York Times"

Via Blog Luis Nassif
por Por Luiz Lima

Amig@s,

cheguei a este artigo - que o blog do Gadelha traduziu e postou - através da indicação de um amigo em uma lista de discussão. Trata-se da última coluna de Bob Herbert - sem dúvida o comentarista mais liberal (no sentido que esta palavra tem nos EUA) do "NYT", e que escreveu para o jornal durante dezoito anos.

Trata-se de um triste - e preciso - retrato do que são os Estados Unidos nos dias em que vivemos.
Luiz Lima
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Perdendo o rumo
Bob Herbert

Cá estamos despejando rios de dinheiro em outra guerra, dessa vez na Líbia, e, simultaneamente, demolindo os orçamentos escolares, fechando bibliotecas, demitindo professores e policiais e destruindo nossa qualidade de vida.

Bem-vindo à América da segunda década do século 21. Um exército de trabalhadores permanentes desempregados por todo o país, consequências humanas da Grande Recessão e de longos anos de políticas econômicas mal planejadas. O otimismo está em baixa. Os poucos empregos criados muito frequentemente pagam uma ninharia, insuficiente para abrir as portas para um padrão classe média de vida.

Arthur Miller, ecoando o poeta Archibald MacLeish, gostava de dizer que a essência da América foram as suas perspectivas. Isso foi há muito tempo. A ganância sem limites, o poder desenfreado das corporações e uma dependência feroz de petróleo estrangeiro nos levaram a uma era de guerra perpétua e de declínio econômico. Os jovens de hoje estão diante de um futuro que será inferior ao dos mais velhos, uma reversão que deve chacoalhar todo mundo.

Os EUA não apenas se equivocaram em suas prioridades. Quando o país mais poderoso de todos os tempos mergulha facilmente no horror da guerra, mas torna quase impossível encontrar um trabalho digno para o seu povo ou oferecer educação de qualidade para seus jovens, é que já perdeu o rumo totalmente.
Cerca de 14 milhões de americanos estão desempregados e as perspectivas para muitos deles são desagradáveis. Uma vez que existe apenas um posto de trabalho disponível para cada cinco pessoas à procura de trabalho, quatro dos cinco se deram mal. Em vez de uma terra de oportunidades, os EUA são cada vez mais um lugar de expectativas limitadas.

Um professor universitário em Washington me disse essa semana que alguns de seus graduados conseguiram emprego, mas sem ganhar bem, certamente não o suficiente para pensar em aumentar a família.

Há uma abundância de atividade econômica nos EUA, e muita riqueza. Mas, como crianças gulosas, as pessoas no topo estão pegando pra elas quase todas as "bolas de gude". As desigualdades de renda e de riqueza chegaram a níveis que fariam corar o terceiro mundo. Como informou o Instituto de Política Econômica, os 10 por cento mais ricos dos americanos receberam injustos 100 por cento do crescimento médio da renda nos anos de 2000 a 2007, o período mais recente período de expansão econômica.
Os americanos comportam-se como se isso fosse algo normal ou aceitável. Não deve ser, e não costumava ser. Durante grande parte do pós-Segunda Guerra Mundial, a distribuição de renda era muito mais justa, com os 10 por cento das famílias do topo conquistando apenas um terço do crescimento médio da renda, e os 90 por cento da base recebendo dois terços. Isso agora é realmente coisa do passado.


A má distribuição da riqueza atual é escandalosa.
Em 2009, os 5 por cento mais ricos pegaram 63,5 por cento da riqueza da nação. Enquanto a maioria esmagadora, os 80 por cento da base, pegou apenas 12,8 por cento.

Essa desigualdade, no qual um segmento enorme da população luta e uns poucos afortunados ficam no bem bom, é a receita para a agitação social. A mobilidade descendente é um fusível em curto, pronto para levar a graves consequências.

Um exemplo gritante dessa injustiça tão generalizada estava no título do The New York Times de sexta-feira: "Estratégias da GE permitem evitar impostos completamente." Apesar dos lucros de 14,2 bilhões dólares - 5,1 bilhões dólares em suas operações nos Estados Unidos - a General Electric não teve que pagar qualquer imposto nos EUA no ano passado.

Como David Kocieniewski do Times escreveu: "O êxito extraordinário é baseado em uma estratégia agressiva que mistura forte lobby para benefícios fiscais com contabilidade inovadora que permite concentrar os seus lucros no exterior."

A GE é a maior corporação do país. Seu principal executivo, Jeffrey Immelt, é o líder do Conselho sobre Emprego e Competitividade do presidente Barack Obama . Você pode imaginar como os trabalhadores devem olhar para este acolhedor arranjo governo-corporações e concluir que ele não está plenamente comprometido com os interesses do povo trabalhador.

Os profundos desequilíbrios entre riqueza e renda, inevitavelmente, levarão a enormes desequilíbrios de poder político. Assim, as corporações e os muito ricos continuam muito bem. A crise do emprego nunca é encarada. As guerras nunca terminam. E a construção da nação nunca tem apoio entre nós.

Novas idéias e novas lideranças nunca foram tão necessárias.
[O interessante é que o Brasil na era FHC seguia este mesmo rumo, elegemos Lula em 2003 e ele veio com novas ideias e estamos, hoje, vivendo um de nossos melhores momentos mesmo com o mundo estando passando pela maior crise deste 1929.]

Esta é minha última coluna do The New York Times, após quase 18 emocionantes anos. Saio para escrever um livro e aumentar os meus esforços em nome dos trabalhadores, dos pobres e de outros que estão lutando em nossa sociedade. Agradeço a todos os leitores que foram tão bondosos comigo ao longo dos anos. Daqui pra frente posso ser encontrado através do e-mail bobherbert88@gmail.com.

Bob Herbert

Fonte: Blog Luis Nassif

quarta-feira, 30 de março de 2011

Morre o Vice-Presidente José de Alencar

José Alencar com certeza fará falta para o Brasil... Grande perda.


Fonte: Portal R7 - Record - acessado em 30mar2011

Fonte do post: Conversa Afiada - Paulo Henrique Amorim

terça-feira, 29 de março de 2011

domingo, 27 de março de 2011

Agrotóxico no Leite materno

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Atualizado dia 28 de março de 2011
(...) a exposição de um morador a agrotóxicos no município de Lucas do Rio Verde durante um ano é de aproximadamente 136 litros por habitante, quase 45 vezes maior que a média nacional — de 3,66 litros.
Desde 2006, ano em que ocorreu um acidente por pulverização aérea que contaminou toda a cidade, Lucas do Rio Verde passou a fazer parte de um projeto de pesquisa coordenado pelo médico e doutor em toxicologia, Wanderlei Pignatti, em parceria com a Fiocruz. A pesquisa avaliou os resíduos de agrotóxicos em amostras de água de chuva, de poços artesianos, de sangue e urina humanos, de anfíbios, e do leite materno de 62 mães. A pesquisa referente às mães coube à mestranda da Universidade Federal do Mato Grosso, Danielly Palma.
A pesquisa revelou que 100% das amostras indicam a contaminação do leite por pelo menos um agrotóxico. Em todas as mães foram encontrados resíduos de DDE, um metabólico do DDT, agrotóxico proibido no Brasil há mais de dez anos. Dos resíduos encontrados, a maioria são organoclorados, substâncias de alta toxicidade, capacidade de dispersão e resistência tanto no ambiente quanto no corpo humano.

Blog Viomundo, Luiz Azenha

Ouça a entrevista que a pesquisadora
Danielly Cristina deu para o Blog Vi o mundo de Luiz Carlos Azenha no final deste post atualizado.


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Soja usa 5 milhões de litros de agrotóxico e chega ao leite materno em MT
Thais Tomie
Redação 24 Horas News

O município de Lucas do Rio Verde, localizado ao norte do Estado de Mato Grosso é caracterizado como segundo maior produtor de grãos do Estado. Em 2009 cultivou 410 mil hectares de soja e milho.Para isso, utilizou nada mais nada menos que cerca de 5 milhões de litros de agrotóxicos. Bom para a indústria, bom para os negócios, péssimo para a saúde da população. Principalmente de mães, cujos filhos estão em idade de amamentação. Uma pesquisa revelou a presença de agrotóxico no leite materno das gestantes que residem no município. Isso mesmo: agrotóxico no leite materno.
“Após a aplicação, parte desses produtos atinge a peste alvo, enquanto que o restante pode ser disperso no ambiente e acumular-se no organismo humano” – explica Danielly Cristina de Andrade Palma, mestranda em Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso. Nas amostras de leite coletadas de 62 nutrizes, foram encontradas pelo menos um tipo de agrotóxico. A coleta foi feita entre a 3ª e a 8ª semana após o parto. Entre as variáveis estudadas, ter tido aborto foi uma variável que se manteve associada à presença de três agrotóxicos.
O estudo é uma alerta para os moradores da região, pois os resultados podem ser oriundos da exposição ocupacional, ambiental, alimentar do processo produtivo da agricultura que expôs a população a 114,37 litros de agrotóxicos por habitante na safra agrícola de 2009/2010...
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De acordo com o secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Lucas do Rio Verde, Edu Pascosk, o que aconteceu no município foi um fato esporádico que ocorreu devido a uma pulverização de uma aeronave que passou dentro do perímetro urbano. “todas as providências já foram tomadas e os agricultores estão seguindo normalmente a legislação federal”, informou.
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“Por suas características fisiológicas e vulnerabilidade à exposição a agentes químicos presentes no ambiente, este leite ao ser consumido pelos recém-nascidos pode provocar agravos à saúde” – diz a pesquisadora.

(...) há até 13 metais pesados, 13 solventes, 22 agrotóxicos e 6 desinfetantes na água que se bebe;

(...) Na safra de 2009 pra 2010, Mato Grosso usou 105 milhões de litros de agrotóxico. O Brasil usou 900 milhões, quase 1 bilhão de litros de agrotóxicos. É o maior consumidor do mundo. E Lucas do Rio Verde usou 5 milhões em 2009.

(...) quando você mexe com agrotóxico e fertilizante químico no Mato Grosso, está mexendo com as três grandes bacias do Brasil: a do Araguaia, a Amazônica e a do Pantanal. A bacia do Pantanal é uma questão mais séria ainda porque ela vai atingir outros países, como Paraguai, Argentina e Uruguai. Tem três grandes bacias e três biomas no estado: o pantanal, o cerrado e a floresta.

(...) As nascentes dos rios dessas bacias estão dentro das plantações de soja. É o mesmo caso da bacia do Xingu, o maior parque índigena do Brasil.

(...) Os agrotóxicos proibidos lá fora, aqui no Brasil são permitidos. Os mais tóxicos são proibidos lá e aqui permitidos. Isso por causa da nossa dependência econômica. Quem governa o Brasil? Aqui, no Mato Grosso, os grandes governantes são fazendeiros, assim como no Goiás. Falo de governantes não só do executivo, mas do legislativo também. Deputados estaduais, os veradores, uma boa parte é fazendeiro e comprometido com esse modelo de desenvolvimento.
Entrevista de Wanderlei Pignati ao
Blog Vi o mundo - Luiz Azenha



Ouça a entrevista dada pela Danielly Cristina ao blog
viomundo de Luiz Carlos Azenha

Para ler e ouvir a reportagem de Danielly Cristina direto no
Blog Viomundo, clique aqui


Fontes:

sábado, 26 de março de 2011

Futebol - Thomas Donohue o Pai do Futebol Brasileiro

Charles Miller sempre foi conhecido como o homem responsável por trazer o futebol para o Brasil. Porém, uma pesquisa feita pelo curador do Museu do Futebol Escocês, em Hampden, aponta que o escocês Thomas Donohue é que teria apresentado o esporte para os brasileiros. A eterna rivalidade entre Escócia e Inglaterra só aumenta a dimensão e a repercussão dessa pesquisa, já que Miller era filho de uma inglesa.

Segundo o estudo, Thomas Donohue trabalhava com tinturas e foi recrutado, em 1893, para uma indústria no Rio de Janeiro. Como era um jogador de destaque em Glasgow, sul da Escócia, ele já veio disposto a criar seu time. Teve dificuldades para conseguir os equipamentos, mas finalmente conseguiu realizar aquela que teria sido a primeira partida de futebol no Brasil, em abril de 1894, com apenas dez jogadores em campo.
Portanto, o jogo criado por Donohue teria acontecido de fato antes de Charles Miller começar a criar sua equipe em São Paulo - os registros mais conhecidos sobre essa história dizem que ela só aconteceu seis meses depois.
O autor da pesquisa, Richard McBrearty, desenvolveu inclusive uma tese para explicar porque Charles Miller foi quem entrou para a história como o responsável por trazer o futebol para o Brasil. "A sociedade brasileira era dividida em linhas raciais e Charles Miller habitava um conjunto social diferente de Donohue", anunciou ele.

McBrearty acredita que Miller atraiu mais brancos do que negros para o futebol. E teriam sido esses brancos, por ainda dominar a classe social mais alta do Brasil no final do século 19, que teriam divulgado a ideia de que o inglês apresentou o futebol para o país.

Sendo assim, os escoses preferem exaltar o legado de Donohue. Ao lembrarem que ele fez o futebol ser popular entre os negros, eles citam Pelé, Garrincha e outros afrodescendentes que construíram a história vitoriosa do futebol brasileiro.

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Thomas Donohue foi um dos fundadores do
"The Bangu Athletic Club"
O time do Bangu - RJ

O clube fundado por britânicos completou noventa e nove anos no mês de abril deste ano. Em 1891, quatro entusiastas do association football – Andrew Procter, Thomas Donohue, Thomas Hellowell e William French – deixaram a Pat Brothers, sediada na cidade inglesa de Southampton, para reforçar o quadro de funcionários da Fabrica Bangu.


Foto: Museu dos esportes acessada 26mar2011
O primeiro time do Bangu em 1906.
Em abril de 1894, o escocês Donohue viajou ao Reino Unido e retornou das férias com bolas e chuteiras na bagagem. Donohue teria promovido peladas em terreno próximo aos prédios da Fabrica Bangu, seis meses antes que Charles Miller voltasse da Inglaterra.

Charles Miller foi o paulista filho de ingleses que voltou da pátria de seus pais em outubro de 1894 [seis meses depois de Donohoue], trazendo a exemplo de Donohue, bolas e chuteiras, introduzindo o futebol entre nós, de acordo com a história oficial que está em todas as enciclopédias. História que Santos Neto começa a desmistificar e que outros pesquisadores estão procurando provar, via Bangu, que é tão somente parte importante da introdução do futebol no Brasil.

As peladas que Procter, Donohue, Hellowell e French começaram a jogar todos os domingos logo se transformaram no principal lazer dos britânicos naquele mundão de Bangu de fim de século. Em 1897, tomou corpo entre a colônia a possibilidade de se fundar um clube para a prática do futebol. Restava apenas assinar a ata, mera formalidade. Mas o secretário da Fabrica, Eduardo Gomes Ferreira, abortou a iniciativa, alegando que jogos, e não importava de que natureza, eram nocivos à sociedade. Pois não fosse o tal Eduardo e o Bangu teria sido o primeiro clube fundado no Brasil para a prática do futebol.

Donohue e os companheiros, entretanto, não desanimaram. Trataram de ir aos poucos semeando o gosto pelo chamado esporte bretão entre os operários. No começou de 1904, Eduardo saiu de cena e a nova administração da fabrica resolveu apoiar os britânicos. No dia 17 de abril daquele ano, era criado o The Bangu Athletic Club. João Ferrer, o secretário que substituira o intransigente Eduardo, foi aclamado presidente honorário. As cores adotadas foram o vermelho e o branco, em homenagem a São Jorge, padroeiro da Inglaterra.

Dois gatos importantes na história do Bangu. O clube tomou parte na fundação da primeira liga de futebol do Rio de Janeiro no dia 21 de maio de 1905. E foi o primeiro clube no Brasil a escalar um negro em seu time: Francisco Carregal. O ato só foi definitivamente reconhecido, 96 anos depois, em 24 de maio de 2001, quando a Assembléia Legislativa do Estado concedeu ao alvi rubro a Medalha Tiradentes, “por sua luta contra a discriminação racial”.

Prós a Thomas Donohue:
  • Era jogador de futebol em seu país de origem;
  • Ter sido o primeiro a organizar um jogo de futebol no Brasil seis meses antes de Miller;
  • Ter ajudado a fundar o Clube do Bangu;
Contras a Thomas Donohue:
  • Não ser rico, como seu rival;
  • Não possuir o marcketing da mídia para promovê-lo;
    [já que, segundo dizem, "a história é contada pelos vencedores"]


Fontes:

IDEB de Escola carente sai de 2,7 para 8,7



Foto: Correio do Brasil,
acessada em 26mar2011
Em 2005, a nota do índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) da escola estadual Dom Bosco, em Eirunepé, sudeste do Amazonas, era de 2,7, numa escala que vai de zero a dez. Quatro anos mais tarde, em 2009, a nota foi de 8,7. O aumento, de 322 pontos percentuais, é o maior registrado em todo o país. A escola atende a 340 estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental e lida com crianças em situação de risco social. Mais de 70% dos estudantes vêm de famílias que recebem Bolsa Escola.

A diretora Maria de Fátima Libânio da Silva aponta duas estratégias como as responsáveis pelo salto de qualidade da escola Dom Bosco.

A primeira é o projeto "Aula de reforço é compromisso de todos".
O nome do projeto cai bem. Pais e professores se uniram para superar o principal obstáculo às aulas de reforço: a falta de merenda.

– O Estado manda a merenda para o turno regular, mas como eles viriam estudar no contraturno sem comer? –, questiona Maria de Fátima.

Com recursos dos próprios professores e frutas e verduras produzidas pelos pais dos estudantes, foi possível garantir o lanche.

– Até a saúde deles melhorou, porque muitos só se alimentam na escola mesmo –, relata.
A outra estratégia utilizada pela escola é a "Brincando também se aprende", que, mais uma vez, se desenvolve no contraturno.
Aulas de amarelinha e atividades lúdicas são utilizadas como forma de estudo. Assim, os professores driblam dificuldades com conteúdos formais como matemática, por exemplo.

– Temos um terreno grande aqui. Eles podem brincar à vontade –, explica.
O empenho dos servidores da escola foi reconhecido dentro e fora do estado. Todos os servidores receberam, do governo do estado, um 14º salário, em dezembro de 2010.

– Foi um prêmio pelo crescimento –, explicou a professora Sueli Pinheiro Neblina, coordenadora regional de educação da secretaria estadual de educação de Eirunepé.

A diretora Maria de Fátima, por sua vez, foi uma das dez educadoras condecoradas com a medalha da Ordem Nacional do Mérito pela presidente Dilma Rousseff, na segunda-feira, em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília.

Fonte: Jornal Correio do Brasil

quinta-feira, 24 de março de 2011

Golpe de 64 - O Apoio americano ao golpe militar no Brasil

Do Arquivo de Segurança do EUA, disponibilizado no site da George Washington University

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tradução via google:

BRASIL MARCA 40 º ANIVERSÁRIO DO GOLPE MILITAR

Documentos desclassificados lançam luz sobre o papel dos EUA 
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Fita de áudio : o presidente Johnson pediu tomar "todos os passos que pudermos" para apoiar a derrubada de João Goulart
Embaixador dos EUA requerido pré-posicionado de Armamento para ajudar golpistas; Reconhecido operações encobertas apoio as manifestações de rua, as forças cívicas e grupos de resistência

Editado por Peter Kornbluh
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Washington, 31 mar 2004 - "Eu acho que devemos tomar todas as medidas que podemos, estar preparado para fazer tudo o que precisamos fazer", o presidente Johnson instruiu seus assessores sobre os preparativos para um golpe de estado no Brasil em 31 de março de 1964. No 40 º aniversário do putsch militar, o National Security Archive publicado hoje documentos recentemente desclassificados sobre as deliberações políticas dos EUA e as operações que levaram à derrubada do governo Goulart em 01 de abril de 1964. Os documentos revelam novos detalhes sobre a disponibilidade dos EUA para apoiar as forças golpistas.

Os documentos do arquivo incluem uma fita de áudio desclassificada de Lyndon Johnson a ser informado por telefone no seu rancho no Texas, como os militares brasileiros mobilizaram-se contra Goulart. "Eu colocaria todos que tinham alguma imaginação ou esperteza ... [o director da CIA John] McCone ... [secretário de Defesa Robert] McNamara" em garantir que o golpe ia para a frente, Johnson é ouvido a instruir o subsecretário de Estado George Ball. "Nós simplesmente não podemos levar um presente", a fita registra opinião de LBJ. "Eu ia ficar bem em cima dele e arrisco meu pescoço um pouco."
 
Foto: www.gwu.edu, acessado 24mar2011
LBJ Library Photo by Yoichi Okamoto
(Image Number: W1-20)
Entre os documentos são Top Secret cabos enviado por embaixador dos EUA, Lincoln Gordon, que pressionou vigorosamente Washington pelo envolvimento directo no apoio aos golpistas liderados pelo Chefe do Estado Maior do Exército general Humberto Castello Branco. "Se nossa influência deve ser exercida para ajudar a evitar um grande desastre aqui, que pode tornar o Brasil a China dos anos 1960, isso é que tanto eu como todos os meus conselheiros senior acreditamos que nosso apoio deve ser colocado", escreveu Gordon ao alto Departamento de Estado, Casa Branca e responsáveis ​​da CIA em 27 de março de 1964.

Para assegurar o sucesso do golpe, Gordon recomendou "que as medidas sejam tomadas mais rápido para se preparar para uma entrega clandestina de armas de origem não-EUA, a ser disponibilizado para torcedores Castello Branco em São Paulo." Num telegrama a seguir , desclassificado Mês passado, Gordon sugeriu que estas armas fossem "pré-posicionadas antes do eclodir da violência", a ser utilizado pelas unidades paramilitares e "militares amigos contra militares hostis, se necessário." Para esconder o papel dos EUA, Gordon recomendava que as armas fossem entregues através de "submarino não identificado e serem desembarcadas à noite em pontos isolados do litoral do estado de São Paulo ao sul de Santos".

Os telegramas de Gordon também confirmam medidas encobertas da CIA "para ajudar a fortalecer as forças de resistência" no Brasil. Estes incluíram "apoio encoberto para comícios de rua pró-democracia ... e incentivo [de] sentimento democrático e anti-comunista no Congresso, as forças armadas, trabalho amigável e grupos de estudantes, igreja, e as empresas." Quatro dias antes do golpe Gordon informou Washington que "podemos pedir um modesto financiamento suplementar para outros programas de acção encoberta no futuro próximo." Ele também pediu que os EUA enviassem navios de carga "POL" de petróleo, óleo e lubrificantes para facilitar as operações logísticas dos conspiradores militares golpistas, e desdobrar uma força-tarefa naval para intimidar apoiantes de Goulart e estar em posição de intervir militarmente se o combate se tornou prolongadas.

Embora a CIA é amplamente conhecido por ter sido envolvido na acção encoberta contra Goulart que levou ao golpe, seus arquivos operacionais sobre a intervenção no Brasil continuam a classificar para a consternação dos historiadores. Arquivo analista Peter Kornbluh pediu à Agência para "levantar o véu do segredo de um dos episódios mais importantes da intervenção dos EUA na história da América Latina" por completo desclassificação dos registos das operações da CIA no Brasil. Tanto as administrações Clinton como Bush efectuaram significativas desclassificações sobre os regimes militares no Chile e na Argentina, observou ele. "A desclassificação dos registos históricos sobre o golpe de 1964 e os regimes militares que se seguiram promoveria os interesses dos EUA no fortalecimento da causa da democracia e dos direitos humanos no Brasil e no resto da América Latina", afirmou Kornbluh.

Em 31 de março, mostram os documentos, Gordon recebeu um telegrama secreto do Secretário de Estado Dean Rusk afirmando que a administração decidira mobilizar imediatamente uma força-tarefa naval para tomar posição ao largo da costa do Brasil; expedição navios da Marinha dos EUA "POL" de Aruba, e montar uma ponte aérea de 110 toneladas de munições e outros equipamentos, inclusive "CS agent" um gás especial para o controle da máfia. Durante uma reunião de emergência da Casa Branca em 01 de abril, segundo um memorando de conversa da CIA, o secretário de Defesa Robert McNamara disse ao presidente Johnson que a força tarefa já navegava e que um petroleiro da Esso com gasolina de aviação e logo estaria na vizinhança de Santos. Uma ponte aérea de munições, relatou ele, estava sendo preparada em New Jersey e poderia ser enviado para o Brasil dentro de 16 horas.

Tal apoio militar dos EUA para o golpe militar provou desnecessária; As forças de Castello Branco conseguiram derrubar Goulart muito mais depressa e com muito menos resistência armada, em seguida, os decisores políticos EUA antecipado. Em 2 de abril, agentes da CIA no Brasil retorcidos que "João Goulart, presidente deposto do Brasil, deixou Porto Alegre cerca de 13:00 hora local para Montevidéu."

Os documentos e telegramas referem-se às forças do golpe como "a rebelião democrática". Após a aquisição general Castello Branco, os militares governaram o Brasil até 1985.

Fontes:___________________________________

Ouvir / ler os documentos
l) Gravação feita na Casa Branca, o presidente Lyndon B. Johnson a discutir o golpe iminente no Brasil com o subsecretário de Estado George Ball, 31 de março de 1964

Este clipe áudio está disponível em diversos formatos:
    • Neste minuto fita Casa Branca 05:08 obtidos a partir do Baines Biblioteca Lyndon Johnson, o presidente Johnson é registado a falar ao telefone de seu rancho no Texas com George Ball subsecretário de Estado e Secretário Adjunto para a América Latina, Thomas Mann. sumários Bola Johnson sobre o estatuto da ofensiva militar no Brasil para derrubar o governo de João Goulart, que autoridades dos EUA vêem como um esquerdista estreitamente associado ao Partido Comunista Brasileiro. Johnson dá a Ball luz verde para apoiar activamente o golpe se o apoio dos EUA é necessária. "Eu acho que devemos tomar todas as medidas que podemos, estar preparado para fazer tudo o que precisamos fazer", ele ordena. Em uma aparente referência a Goulart, Johnson declara "simplesmente não podemos levar um presente." "Eu ia ficar bem em cima dele e arrisco meu pescoço um pouco", ele instrui Ball.
    2) Departamento de Estado, Top Secret Cabo do Rio de Janeiro, 27 março de 1964 - Clique aqui para ler
      • O embaixador Lincoln Gordon escreveu este extenso, de cinco partes, o cabo para o maior de agentes de segurança nacional do governo dos EUA, incluindo o diretor da CIA John McCone e os secretários de Defesa e de Estado, Robert McNamara e Dean Rusk. Ele fornece uma avaliação de que o presidente Goulart está a trabalhar com o Partido Comunista Brasileiro para "tomar poder ditatorial" e urge os EUA a apoiarem as forças do general Castello Branco. Gordon recomenda "uma entrega clandestina de armas" para os adeptos Branco, bem como a transferência de gás e petróleo para ajudar os golpistas conseguem, e sugere que tal apoio será complementado por operações encobertas da CIA. Ele também exorta a administração a "preparar-se sem demora contra a contingência de necessária intervenção aberta numa segunda fase."
    3) Departamento de Estado, Top Secret cabo de Amb. Lincoln Gordon, 29 mar 1964 - Clique aqui para ler
      • Atualizações embaixador Gordon altos funcionários dos EUA sobre a deterioração da situação no Brasil. Neste cabo, desclassificado em 24 de fevereiro de 2004 pela Biblioteca Presidencial LBJ, ele reitera a necessidade de "distribuidor" para ter um carregamento secreto de armas "pré-posicionadas antes do eclodir da violência" para serem "usadas pelas unidades paramilitares trabalhando com democratas grupos militares "e recomenda uma declaração pública por parte da administração" para reassegurar o grande número de democratas no Brasil que não somos indiferentes ao perigo de uma revolução comunista aqui. "
    4), cabo de Inteligência da CIA sobre "Planos de conspiradores revolucionários em Minas Gerais," 30 de março de 1964 -  Clique aqui e leia
      • A estação da CIA no Brasil transmitiu este relatório de campo a partir de fontes de inteligência em Belo Horizonte, que declarou sem rodeios "uma revolução pelas forças anti-Goulart vai ficar definitivamente em curso esta semana, provavelmente nos próximos dias. O cabo transmite informações sobre planos militares para" marcha em direção ao Rio de Janeiro. revolução "A", "a fonte de inteligência previu," não será resolvida rapidamente e será sangrenta ".
    5) Departamento de Estado, Cabo Segredo para Amb. Lincoln Gordon, no Rio, 31 de março de 1964 - Clique aqui e leia
      • Secretário de Estado Dean Rusk envia Gordon uma lista das decisões da Casa Branca "tomar a fim [para] estar em posição de prestar assistência no momento apropriado às forças anti-Goulart se for decidido que isto deve ser feito." As decisões incluem o envio de navios da Marinha EUA carregados com gasolina, gasóleo e lubrificantes de Aruba para Santos, Brasil, reunindo 110 toneladas de munições e outros equipamentos para as forças pró-golpe, e despachar uma brigada naval incluindo um porta-aviões, destróieres e vários acompanhantes para conduta ser posicionados ao largo da costa do Brasil. Algumas horas depois, um segundo cabo é enviado, que altera o número de navios, e as datas estarão chegando ao largo da costa.
    6) CIA, Memorando secreto da conversação sobre "Reunião na Casa Branca 01 de abril 1964 Assunto-Brasil," 01 de abril de 1964 - Clique aqui e leia
      • Este memorando de conversação registra uma reunião de alto nível, realizada na Casa Branca, entre o presidente Johnson e seus principais assessores de segurança nacional no Brasil. CIA vice-chefe de operações do Hemisfério Ocidental, Desmond Fitzgerald registou a informação dada a Johnson ea discussão sobre o andamento do golpe. Secretário da Defesa informou sobre os movimentos da vela da força-tarefa naval towad Brasil, e as armas e munições que está sendo montado em New Jersey para reabastecer os golpistas se necessário.
    7) da CIA, Inteligência da Informação a cabo na "Partida de Goulart de Porto Alegre para Montevidéu", 2 de abril de 1964 - Clique aqui e leia
      • A estação da CIA no Brasil, relatou que o presidente deposto, João Goulart, deixou o Brasil para o exílio no Uruguai em pm l, em 02 de abril. Sua saída marca o sucesso do golpe militar no Brasil.

    Para baixar todo o material compactado, WinRar, clique aqui.


    Fonte do post: Luis Nassif online

    terça-feira, 22 de março de 2011

    segunda-feira, 21 de março de 2011

    A atuação das Embaixadas brasileiras

    Assista reportagem da TVNBR via YouTube sobre a atuação das Embaixadas Brasileiras no suporte aos brasileiros no exterior.


    sexta-feira, 18 de março de 2011

    O Caso Líbia - A operação Iraque se repete... motivo, petróleo

    [Tudo isso para tentar chegar ao irã... e a questão como sempre é petróleo]

    Líbia: o controle russo do espaço aéreo

    Enviado por luisnassif,
    sex,18/03/2011 - 22:09
    Por Stanley Burburinho

    A partir de informações do serviço secreto russo, o Pravda publicou matéria muito esclarecedora sobre a situação na Líbia. Por exemplo:
    • a contratação de mercenários pelo Pentágono através da Halliburton [empresa petrolífera] e da Blackwater [empresa que fornece paramilitares e mercenários] 
    • o serviço secreto da Rússia, que controla 100% do espaço aéreo da Líbia, garante que nenhum avião levantou vôo na Líbia desde o inicio das manifestações.
    Acho que essas informações nunca veremos publicadas na velha mídia do Brasil:
    “O serviço secreto russo confirmou ontem através de Nicolai Patrushev, que na verdade o que está existindo é um verdadeiro bombardeio da mídia internacional contra Kadhafi, pois a Russia controla totalmente o espaço aéreo do norte da África e cem por cento da Líbia e que os aviões que supostamente levantaram vôo para executar os bombardeios contra o povo líbio não saíram do chão e portanto não executaram qualquer ação militar; que somado a isso, por não existirem imagens de qualquer vôo, configura uma armação do Pentágono. O Secretário de Defesa do EUA admitiu o erro das informações dizendo que podem ter sido outros aviões, mas setores independentes da mídia internacional já haviam colocado a entrevista dos russos no ar e assim desmoralizado a ação do Pentágono.”
    “Outro escândalo que ronda Washington é a participação de mercenários contratados pelo Pentágono, através da Halliburton e da Blackwater para participarem das batalhas na região de Cerenaica, em especial Bengazhi e Trobuk ao lado dos opositores que começam a perder terreno para os simpatizantes de Khadafy. A missão dos mercenários que ficariam sob controle da CIA, Agência Central de Inteligência e até executariam ações secretas com a aliada Al-Qaeda de Bin Laden, contra Khadafi seria manter o controle dos poços de petróleo já sob controle da oposição na região de Bengazhi.”
    “Ontem um dos principais líderes da oposição a Kadafi, Khaled Maassou, na região de Cerinaica, confirmou que estava desistindo da luta por não concordar com a participação de mercencários e militares norte americanos em território líbio contra Kadhafi, e que em nenhuma situação irá contribuir com a CIA, que agora começa a assumir com a Al Qaeda o comando da situação na região de Cirenaica.”
    ___________
    Líbia: Terroristas anti-Gadafi massacraram civis

    15.03.2011
    KHATARINA GARCIA e PETER BLAIR
    De WASHINGTON e BENGAZHI 
    REDE MUNDO\MIDIA LATINA; 06.03.11.

    Depois de quase um mês onde duas guerras se realizam na Libia, uma interna, entre khadafystas e opositores do líder revolucionário, e uma no ocidente através da mídia, com o controle total das noticias pela Casa Branca e somente indo ao ar ou tendo imagens liberadas após filtragem do Pentágono ou do Departamento de Estado, a situação começa a mudar no mais emblemático país do norte da África.

    Após a exibição pela TV líbia e ainda a reprodução pela Telesur e da Internet de imagens do assassinato de 212 partidários do Coronel Muammar Khadafy, em Bengazhi, mortos a sangue frio, depois de terem sido presos e sem qualquer resistência por seus opositores, o mundo árabe e membros da oposição começam a desistir de lutar contra Khadafy, considerando que já existem grandes divisões no meio dos opositores pela aliança feita por alguns setores com os EUA, inimigo histórico dos povos árabes e que inclusive bombardearam o país matando milhares de líbios.
    Outro escândalo que ronda Washington é a participação de mercenários contratados pelo Pentágono, através da Halliburton e da Blackwater para participarem das batalhas na região de Cerenaica, em especial Bengazhi e Trobuk ao lado dos opositores que começam a perder terreno para os simpatizantes de Khadafy. A missão dos mercenários que ficariam sob controle da CIA, Agência Central de Inteligência e até executariam ações secretas com a aliada Al-Qaeda de Bin Laden, contra Khadafi seria manter o controle dos poços de petróleo já sob controle da oposição na região de Bengazhi.

    O serviço secreto russo confirmou ontem através de Nicolai Patrushev, que na verdade o que está existindo é um verdadeiro bombardeio da mídia internacional contra Kadhafi, pois a Russia controla totalmente o espaço aéreo do norte da África e cem por cento da Líbia e que os aviões que supostamente levantaram vôo para executar os bombardeios contra o povo líbio não saíram do chão e portanto não executaram qualquer ação militar; que somado a isso, por não existirem imagens de qualquer vôo, configura uma armação do Pentágono. O Secretário de Defesa do EUA admitiu o erro das informações dizendo que podem ter sido outros aviões, mas setores independentes da mídia internacional já haviam colocado a entrevista dos russos no ar e assim desmoralizado a ação do Pentágono.

    O ministro das Relações Exteriores da Libia, Mussa Kosa, em nota distribuida à imprensa mundial, apoiou a proposta do Presidente da Venezuela Hugo Chavez, da formação de uma Comissão Internacional de Paz, afirmando ainda que o Coronel Muammar Khadafy sugeriu também que a Comissão de Direitos Humanos da ONU venha à Libia e faça a investigação que desejar e não que tome qualquer decisão com base em informações da mídia comprometida com o complexo industrial militar norte americano.

    Ontem um dos principais líderes da oposição a Kadafi, Khaled Maassou, na região de Cerinaica, confirmou que estava desistindo da luta por não concordar com a participação de mercencários e militares norte americanos em território líbio contra Kadhafi, e que em nenhuma situação irá contribuir com a CIA, que agora começa a assumir com a Al Qaeda o comando da situação na região de Cirenaica.

    Quanto a decisão da ONU de congelar os bens de Kadhafi e seus familiares no exterior, Maassou afirmou que é uma medida inócua pois Kadhafi não tem bens no exterior e que a ele interessa é o poder, e não o dinheiro. Que o problema de Khadafy não é corrupção, pois ele não é corrupto, o problema de Kadhafi é o autoritarismo e a necessidade de alternância de poder que ele não entende.

    Ontem um grupo de palestinos simpatizantes de Kadhafi foi expulso da região de Bengazhi porque se recusavam a lutar contra o líder líbio.

    Toda a região de Fezzan, que compreende as cidades que vão de Sabha a Al Kufrah e praticamente toda a Tripolandia, estão sob controle das forças leais a Kadhafi. Apenas parte da região de Cirenaica, no extremo norte, está sobre controle dos opositores.

     Leia também:
    Fonte: Luis Nassif - online

    quinta-feira, 17 de março de 2011

    Obsolescência programada - uma estratégia de descartalização

    Obsolescência programada é o nome dado à vida curta de um bem ou produto projetado de forma que sua durabilidade ou funcionamento se dê apenas por um período reduzido. A obsolescência programada faz parte de um fenômeno industrial e mercadológico surgido nos países capitalistas nas décadas de 1930 e 1940 conhecido como "descartalização". Faz parte de uma estratégia de mercado que visa garantir um consumo constante através da insatisfação, de forma que os produtos que satisfazem as necessidades daqueles que os compram parem de funcionar, tendo que ser obrigatoriamente substituídos de tempos em tempos por mais modernos.
    Fonte: Wikipédia

    segunda-feira, 14 de março de 2011

    Tsunami no Japão

    Imagens do Tsunami na cidade o Japão. Começou com uma pequena enxurrada foi aumentando o volume de aǵua, começou carregando pequenos carros, depois, com cerca de 3 metros de altura, barcos e caminhões e terminou carregando casas e lojas de comércio.



    ________________
    Na segunda imagem abaixo dá-se para ver a força do tsuname carregando e destruindo tudo que encontra pela frente: casas, carros, barcos, estufas, etc... Se observar bem dá-se para ver, no lado direito da tela, carros que fugiam via rodovia asfaltada serem "carregados" pelo tsuname e, no lado esquerdo, caminhões que conseguiram escapar em uma parte alta da rodovia em que aos seus condutores restara apenas observar a violência da onda.
    Fonte: YouTube



    Fontes do post: The guardian e YouTube

    domingo, 13 de março de 2011

    Produção de Leite Orgânico

    O mercado de leite orgânico ainda é muito pequeno no país, não chega a 1% do que é produzido nacionalmente. No entanto, o sistema está ganhando espaço e crescendo graças às exigências do consumidor, que está buscando alimentos mais naturais e saudáveis. O leite orgânico paga 50% a mais do que o convencional para o produtor e faz com que ele tenha um posicionamento diferenciado no mercado. No entanto, é preciso que o produtor esteja disposto a fazer alterações radiciais no sistema produtivo. O manejo da propriedade é totalmente diferente e proíbe o uso de qualquer tipo de químico, seja na adubação da pastagem ou no tratamento sanitário, como carrapaticidas, por exemplo.

    Manejo diferenciado para produção de leite orgânico

    Sistema paga 50% a mais pelo litro, mas proíbe qualquer tipo de químico, desde adubos a tratamentos sanitários, e usa vacas com genética adaptada às condições brasileiras.

    O leite orgânico é produzido de forma completamente diferente do convencional.
    • A pastagem não pode receber nenhum tipo de adubo químico, ela tem que ser desenvolvida em sistema orgânico;
    • os animais não podem receber nenhum tipo de antibiótico ou medicamento produzido quimicamente. Os produtores só podem utilizar produtos fitoterápicos, homeopáticos ou naturais
    • o leite para envaze e resfriamento tem que passar por vários processos que são diferenciados dos mesmos tratamentos feitos na produção do leite convencional.
    • Os produtores de leite que querem entrar no sistema orgânico precisam ter no mínimo 12 meses de produção para entrar no sistema de transição.
    Somente após estes 12 meses o produto dele pode começar a ser considerado orgânico — explica o especialista João Paulo Guimarães, pesquisador na área de sistemas orgânicos de produção animal da Embrapa Cerrados.

    Uma das transformações radicais para os produtores é o uso de produtos homeopáticos e fitoterápicos, com a proibição do uso de antibióticos e carrapaticidas. No entanto, Guimarães explica que a principal mudança está no manejo diferenciado da lavora.
    É preciso mudar a forma de pensar a produção na fazenda. 
    • Uma das principais medidas é utilizar vacas mais adaptadas ao clima brasileiro porque um fator muito importante para o desenvolvimento de carrapatos é a temperatura e umidade. Com animais mais adaptados, eles se tornam mais resistentes e facilitam o controle.
    • Outra medida importante é a adoção de rotação de pastagem. Segundo pesquisas feitas pela Embrapa Cerrados, 80% dos carrapatos nas pastagens são controlados apenas com o manejo rotativo dos piquetes.
    • No caso dos animais que forem infectados com os parasitas, é recomendado o uso de medicamento à base de nim, que é uma árvore indiana com princípio repelente. O nim mara os carrapatos, faz com que as fêmeas percam sua capacidade de ovulação e mata as larvas jovens também.

    — Como nós estamos em um país tropical e temperatura e umidade são os principais agentes que podem funcionar como proliferadores dos carrapatos, animais que são mais adaptados ao nosso clima são mais resistentes. A combinação de genótipos adequados para produção de leite, assim como o manejo rotativo dos pastos para interromper o ciclo de reprodução do carrapato (que é de 21 dias) a gente consegue reduzir ao máximo a infestação dos carrapatos — explica.

    No caso da adubação das pastagens também é preciso fazer mudanças radicais. Os principais nutrientes utilizados na agricultura [tradicional] são o nitrogênio, fósforo e potássio.
    • Na produção convencional de leite, as pastagens são adubadas com ureia, supersimples ou super triplos e com cloreto e sulfato de potássio. 
    • No sistema orgânico, a fonte de nitrogênio passa a ser a adubação verde através do plantio de leguminosas que fixam nitrogênio no solo
    • Já o fósforo e potássio são oferecidos ao solo na forma de pó de rochas naturais fosfatadas ou potássicas.

    Para oferecer mais nitrogênio ao solo, os produtores orgânicos também podem fazer aplicações de fungos micorrízicos. Os pesquisadores utilizam os micorrizas presentes naturalmente no solo e produzem uma quantidade muito maior para ser aplicada nas culturas. Estes fungos aumentam a capacidade de absorção de nutrientes das raízes das plantas, melhorando a nutrição.

    Sacrifícios que compensam

    Todo este esforço na mudança do sistema produtivo pode compensar muito o produtor, já que o leite orgânico é supervalorizado no mercado.

    O preço dele chega a ser mais do que 50% maior do que o convencional. No Rio de Janeiro, por exemplo, o pesquisador da Embrapa Cerrados diz que o valor pago pelo leite convencional é de 0,80 centavos por litro enquanto com o leite orgânico o produtor ganha R$ 1,20 por litro. No caso de Brasília, Guimarães diz que esta diferença é ainda maior.

    No entanto, a produção no sistema orgânico é menor já que o animal consome uma alimentação diferente e a vaca utilizada é mais mestiça porque é adaptada às condições tropicais. A média diária de produção fica entre 8,2l e 10 litros.

    — Para o produtor conseguir equilibrar os custos da produção do leite orgânico, o valor pago ao leite deve ser em torno de 50% maior do que o valor do leite tradicional. Os custos de produção são menores. Você usa menos adubo, menos insumos de fora da propriedade. Entretanto, a mão-de-obra tem que ser muito bem remunerada e a qualidade tem que ser maior. Isso acontece porque o sistema evita a utilização de máquinas agrícolas, trabalha com plantio direto, com compostos orgânicos. O que acontece é que no Brasil o canal de comercialização do produto orgânico geralmente é feito em feiras, mercados direcionados para um público que está disposto a pagar por aquilo, além do mercado ser localizado. Antigamente, a gente dizia que o produto orgânico era um nicho pequeno de mercado e hoje a gente não pode mais dizer isso. O mercado para estes produtos já bem maior — pondera o pesquisador.
    Para mais informações sobre o sistema de produção de leite orgânico os produtores podem entrar em contato com a Embrapa Cerrados pelo telefone (61) 3388-9898.

    Manejo diferenciado para produção de leite orgânico

    Sistema paga 50% a mais pelo litro, mas proíbe qualquer tipo de químico, desde adubos a tratamentos sanitários, e usa vacas com genética adaptada às condições brasileiras

    Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=j8I0qrlzWzA

    Vídeo que trata da Produção de leite orgânico
    no assentamento Conquista da Liberdade,
    localizado em Piratini/RS


    Fontes:

    segunda-feira, 7 de março de 2011

    Carnaval - Esperando a quarta-feira de cinzas

    A repórter Rachel Sheherazade da TV Tambaú na Paraíba fez, por meio de um editorial, alguns questionamentos sobre o carnaval. Discordo de alguns pontos, pois afinal, escolhemos o capitalismo como modelo, mas concordo com outros pontos.

    Ela só esqueceu de duas questões que para mim são mais importantes: 
    • A Primeira, é a poluição sonora, um problema de saúde pública, que no carnaval é tão intensa que chega a rachar casas e derrubar casarões bicentenários;
    • A Segunda, são os "filhos(as) do carnaval", fruto da irresponsabilidade de foliões que engravidam nesta época e, contando com a cumplicidade de seus pais, não assumem a responsabilidade advinda da "brincadeira"  acabando por  jogar nas "costas" do Estado a tutela destes(as) que terá de cuidar e criar até os 18 anos os filhos abandonados nas portas de orfanatos. Isso sem contar os que são "assassinados" via aborto. A questão não é fazer sexo ou engravidar, mas sim não assumir a responsabilidade e transferi-la para o Estado;
    Um fato bom é que são quatro dias de descanso, isso se conseguir diante de tanto barulho e sujeira... Para mim, o problema não é o carnaval, mas o que se faz nele...

    Assista o editorial com o depoimento de Rachel Sheherazade e tire suas conclusões...

    Se não abrir clique aqui



    FONTES: Rachel Sheherazade, TV Tambaú e original do video

    sábado, 5 de março de 2011

    Neoliberais - O próximo ataque é contra os funcionários públicos

    The Economist diz que “próxima batalha” é contra funcionários públicos e seus sindicatos

    Mar 5th, 2011 by 
    Marco Aurélio Weissheimer

    Foto: acessada,5mar2011,RSUrgente
    Bernard Cassen
    Le Monde Diplomatique
    A revista The Economist é o lugar onde são expostas com maior radicalismo – e também com talento – as teses ultraneoliberais. É conhecida a grande influência que este semanário britânico exerce sobre as autoridades políticas, influência esta que vai muito além do mundo anglosaxão. O que The Economist preconiza transmite-se frequentemente para as políticas dos governos, em primeiro lugar na Europa.

    Por isso, é preciso levar muito a sério a capa da edição de 8 de janeiro passado e o conteúdo do informe especial: “A próxima batalha. Rumo ao confronto com os sindicatos do setor público”.

    A tese da revista é de uma simplicidade evangélica e pode ser resumida em três pontos:
    1. todos os Estados europeus enfrentam déficits públicos abismais;
    2. para reduzir o gasto público, é preciso reduzir os efetivos, os salários e os sistemas de pensões dos funcionários;
    3. os governos ganharão com maior facilidade a opinião pública incentivando a denúncia dos “privilégios” (em especial a estabilidade no trabalho) dos “acomodados” do setor público, que supostamente vivem a custa do conjunto dos contribuintes.
    Em nenhum momento o informe recorda que os déficits públicos são em grande parte consequência das ajudas colossais aos bancos e outros responsáveis pela crise atual. Tampouco que estes déficits aumentaram devido aos presentes sob a forma de isenções fiscais outorgadas aos ricos. Nem sequer se deixa claro que, em troca de seu salário, os funcionários prestam serviços indispensáveis para o bom funcionamento da sociedade. Em particular os professores, atacados muito especialmente neste informe.
    O jornalista que escreveu um dos artigos deve estar muito desinformado sobre as reais condições de trabalho dos professores para ter coragem de escrever que “65 anos deveria ser a idade mínima para que essa gente que passa a vida em uma sala de aula se aposente”.

    The Economist festeja que vários governos europeus – dois deles dirigidos por “socialistas”, Grécia e Espanha – tenham rebaixado os salários de seus funcionários e que, em toda a União Europeia haja “reformas” – seria mais justo falar de contrarreformas dos sistemas de pensões já realizadas ou em vias de realização.

    Por ideologia, os liberais são hostis aos funcionários e demais assalariados do setor público. Em primeiro lugar porque privam o setor privado de novos espaços de lucro. Em segundo porque, protegidos por seu estatuto, podem ser socialmente mais combativos que seus companheiros do setor privado, até o ponto de que, às vezes, fazem greves “por delegação” e representam os trabalhadores do setor privado que não podem fazê-las. Esta solidariedade é a que os governos querem destruir a todo custo para reduzir a capacidade de resistência das populações contra os planos de ajuste e de austeridade implementados em toda a Europa. Os déficits públicos constituem assim um pretexto inesperado para modificar as relações sociais conflitivas em detrimento do mundo do trabalho.

    Defender os serviços públicos é defender o único patrimônio do qual dispõem as categorias mais pobres da população. A aposta na caça aos funcionários públicos e a seus sindicatos proposta por The Economist não é apenas financeira. É política ou ideológica.

    Fonte: RSUrgente - Marcos Weissheimer

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