Mostrando postagens com marcador serra. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador serra. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Privataria Tucana, entrevista de Amaury Jr aos blogueiros

Assista trechos da entrevista de Amaury Ribeiro Jr aos blogueiros tidos como "sujos" (Luis Nassif, Luiz Carlos Azenha do viomundo, Rodrigo Vianna do Escrevinhador dentre outros) compactado em quinze minutos. A entrevista completa durou mais de duas horas em que ele fala sobre o livro, como conseguiu as documentações que estão no livro e diversas outros assuntos.

Fonte: YouTube 


Para baixar a entrevista completa com 2h27m, clique aqui

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Entrevista de Amaury Ribeiro Jr com Paulo Henrique Amorim

Entrevista de Amaury Ribeiro Júnior para Paulo Henrique Amorim na Record falando sobre o seu livro "Privataria Tucana" lançado recentemente.

Fonte do vídeo: Notícias.R7



Fontes:  Notícias.R7 e Blog Conversa Afiada

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

FHC e Serra, na visão de Luis Nassif

FHC: o trololó de um intelectual vazio

por luisnassif, seg,
24/01/2011-10:28

Três ou quatro anos atrás, no Summit de Etanol, fui debatedor de uma mesa que tinha, entre outros, o megaempresário George Soros e Fernando Henrique Cardoso. Um dos temas qera a questão do aumento das commodities.

Soros foi objetivo, alertando para o risco da "doença holandesa" - fenômeno em que as exportações de produtos primários crescem tanto, atraem tanto dólares que provocam uma apreciação da moeda local matando a manufatura.

FHC limitou-se a dizer que a alta desmentia a teses cepalina e, especialmente, Celso Furtado - que sempre alertava para a perda nas relações de troca. Era uma bobagem incandescente, porque fugia da questão central, que era a promoção do desenvolvimento. Detalhe: naquele mesmo dia saíra um artigo do Ilan Goldjan no Estadão sobre o mesmo tema. FHC simplesmente se inspirara no artigo para não falar nada.

Aliás, o artigo limitava-se a repetir o mesmo mantra que em 1980 ouvi de Rosenstein-Rodan, economista ortodoxo que se opunha às teorias industrializantes da Cepal. Ele dizia isso em relação ao aumento dos preços do petróleo. Trinta anos depois, o boom do petróleo não gerou nenhuma nação desenvolvida.

No artigo, Ilan tentava rebater justamente os argumentos sobre a necessidade de superar o mercadismo e definir uma vocação clara de desenvolvimento para o país.

Meses atrás conversava com um colega jornalista que fora iludido pela suposta erudição de FHC, assim como eu fui pela do Serra. Descobrimos o truque de ambos. Cada vez que ele (analista político) ou eu (econômico) levantávamos alguma tese diferente, o senador FHC ou o deputado Serra ligavam, endossavam as ideias e se apresentavam como se a ideia já fizesse parte de seu repertório intelectual.

A impressão era das melhores. Além de espicaçar a vaidade de nós, jornalistas, passavam a sensação de que eles eram os "caras", antenados com as novas ideias e novas tendências. Ledo engano! Eram apenas leitores de jornais repetindo ideias interessantes sem sequer assimilá-las.

Esse vazio intelectual ficou claro em FHC presidente e, em especial, na entrevista que me concedeu e que está no final do livro "Os Cabeças de Planilha". Incapacidade absoluta de enxergar o novo, identificar os fatores portadores de futuro, as grandes linhas que determinam a diferença entre desenvolvimento e estagnação. No Summit, quando me levantei para comentar as apresentações, aliás, ele tentou ironizar me desafiando a fazer a síntese sobre os "fatores portadores de futuro" - sinal de que havia lido o livro e a crítica pegara no fígado.

Com Serra, essa falta de ideias ficou claro na prefeitura e no governo do Estado, quando não tinha mais o álibi de supostamente ser uma voz dissidente no PSDB fernandista para não se pronunciar. Quando se tornou o protagonista maior do PSDB percebeu-se que não se manifestava por não ter ideias. A campanha eleitoral mostrou de forma dramática sua total incapacidade de assimilar conceitos básicos de modernização desenvolvidos ao longo dos anos 90 e 2000.

Acesse o Ethanol Summit 2007

Fonte: Blog Luis Nassif

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

WikiLeaks - Serra ia entregar pré-sal à exploração norte-americana

O informe da Embaixada dos EUA divulgado pelo WikiLeaks só confirma o que eu já havia divulgado várias vezes, mas que a maioria preferia achar que era teoria conspiratória dos blogueiros.
_________________________________________________

O refino do petróleo garante a
produção de gasolina e outros derivados
As petroleiras norte-americanas contavam com o apoio do candidato derrotado à Presidência da República José Serra para não se submeter às novas regras definidas no marco de exploração de petróleo na camada pré-sal que o governo aprovou no Congresso. A Chevron chegou a ouvir do então pré-candidato favorito à Presidência, José Serra (PSDB), quando estava à frente da presidente eleita, Dilma Rousseff, a promessa de que a regra seria alterada caso ele vencesse. A revelação está em um telegrama diplomático dos EUA, datado de dezembro de 2009, e vazado pelo site WikiLeaks.

“Deixa esses caras (do PT) fazerem o que eles quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava… E nós mudaremos de volta”, disse Serra a Patricia Pradal, diretora de Desenvolvimento de Negócios e Relações com o Governo da petroleira norte-americana Chevron, segundo relato do telegrama.

O despacho relata a frustração das petrolíferas com a falta de empenho da oposição em tentar derrubar a proposta do governo brasileiro. O texto diz que Serra se opõe ao projeto, mas não tem “senso de urgência”. Questionado sobre o que as petroleiras fariam nesse meio tempo, Serra respondeu, sempre segundo o relato: “Vocês vão e voltam”.

A executiva da Chevron relatou a conversa com Serra ao representante de economia do consulado dos EUA no Rio. O cônsul Dennis Hearne repassou as informações no despacho “A indústria do petróleo conseguirá derrubar a lei do pré-sal?”.

O governo alterou o modelo de exploração –que desde 1997 era baseado em concessões–, obrigando a partilha da produção das novas reservas. A Petrobras tem de ser parceira em todos os consórcios de exploração e é operadora exclusiva dos campos. A regra foi aprovada na Câmara este mês.

O diário conservador paulistano Folha de S. Paulo teve acesso e divulgou os seis telegramas do consulado dos EUA no Rio sobre a descoberta da reserva de petróleo, obtidos pelo WikiLeaks. Datados entre janeiro de 2008 e dezembro de 2009, mostram a preocupação da diplomacia dos EUA com as novas regras. O crescente papel da Petrobras como “operadora chefe” também é relatado com preocupação.

O consultado também avaliava, em 15 de abril de 2008, que as descobertas de petróleo e o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) poderiam “turbinar” a candidatura de Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil. O consulado cita que o Brasil se tornará um “player” importante no mercado de energia internacional. Em outro telegrama, de 27 de agosto de 2009, a executiva da Chevron comenta que uma nova estatal deve ser criada para gerir a nova reserva porque “o PMDB precisa de uma companhia”.

Texto de 30 de junho de 2008 diz que a reativação da Quarta Frota da Marinha dos EUA, na época da descoberta do pré-sal, causou reação nacionalista. A frota é destinada a agir no Atlântico Sul, área de influência brasileira.
________________________________________

Porque as petrolíferas apostavam em Serra

Enviado por luisnassif,
qua, 15/12/2010 - 09:11


Coluna Econômica

A divulgação pela WikiLeaks das conversas entre a representante da Chevron (uma das sete irmãs petrolíferas) e o então candidato a presidente José Serra foi significativa. Nelas, Serra aconselhava as multinacionais a saírem do país e aguardarem sua eleição – quando então mudaria a lei do petróleo para permitir sua exploração por estrangeiros.

É apenas um capítulo na imensa reestruturação por que passa o setor.

Segundo Edmar Luiz Fagundes de Almeida, do Grupo de Energia do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE-UFRL), na década de 70 a ideia predominante era do fim da era do petróleo.

A elevação dos preços do petróleo, sua geopolítica extremamente complexa (produção concentrada em áreas em litígio), dificuldades com novas reservas, lançaram como prioridade a questão da segurança energética – um país ser auto-suficiente na energia consumida.

A maioria dos países produtores passou a explorar seus campos com suas próprias empresas estatais, deixando as antigas sete irmãs meio perdidas atrás de um reposicionamento.

No único local do globo em que se abriu para elas a possibilidade de exploração – a África – viram-se à frente com uma feroz competição chinesa.

***

Hoje em dia analisam-se os combustíveis sintéticos (carvão e gás) e há incertezas sobre o combustível potencialmente vencedor. Em uma temporada parece ser o etanol de cana, na outra, a alga, agora é o verão do óleo de palma.

Nos Estados Unidos, por exemplo, metade de produção de gás sai de energia não convencional do xisto. Há uma onda de carvão sustentável com captura de CO2. Pelo menos quarenta países consideram a possibilidade de investir pesadamente em energia nuclear.

***

Diante de tantas possibilidades, explica Edmar, a discussão está muito focada apenas na tecnologia, que é um dos espaços de possibilidades. Para que uma energia seja viável, necessita de aceitação social, economicidade.

De 2002 a 2007, auge da produção de petróleo, sem conseguir renovar seus campos de exploração, essas empresas foram se tornando cada vez mais empresas de gás.

As cinco maiores ficaram com enormes sobras de caixa, sem ter onde investir. A maior parte amortizou dívidas ou distribuiu mais dividendos do que investimentos, ou então recomprou suas próprias ações.

Na década de 90, um presidente da Exxon declarou que não iria jogar dinheiro do acionista em energia alternativa. A Shell dizia que jamais investiria em etanol de primeira geração. Agora, associou-se à brasileira Cosan.

***

O pior , para elas, é que o petróleo continuará sendo a energia dominante nos próximos trinta anos, explica Edmar, mas não mais sob seu controle.

Óleo barato não está mais acessível. Quem dispor de tecnologia de ponta conseguirá obter renda tecnológica.

Nesse cenário, o pré-sal representa a fronteira geológica de maior viabilidade econômica, mais viável do que o óleo betuminoso, que o petróleo pesado da Venezuela.

Por aí se entende a razão da vitória de Serra interessar tanto às grandes petrolíferas.


Fontes:

Leia o que foi dito sobre serra e sua submissão aos EUA: